segunda-feira, julho 31, 2006

TORNEIO DO GUADIANA



O Sporting obteve o seu 1º título da nova época. Deseja-se que seja o único.
Mas venceu com todo o mérito. Foi a equipa mais forte. O Sporting apareceu com uma disposição competitiva que surpreendeu toda a gente inclusive os sportinguistas. Paulo Bento que na época passada incutiu disciplina e agressividade parece que vai evoluir nesta época para um jogo mais rápido, cheio de tabelinhas e desmarcações. Sinceramente gostei do jogo do Sporting, principalmente contra o Depor. Quanto aos jogadores sobressaíram Ronny, Romagnoli e Carlos Martins. Confirmaram a sua categoria Liedson e Doualla. Ficamos à espera dos próximos capítulos.
O Benfica foi uma verdadeira desilusão. Depois do bom jogo conseguido frente ao Bordéus esperava-se muito melhor. No jogo com o Sporting Rui Costa esteve muito marcado, sem espaço e o Benfica não jogou. Depois sucederam-se os erros, os maus passes, a bola a não chegar aos avançados… Contra o Depor e depois de Moretto oferecer o golo o Benfica teve a bola mas… não conseguiu abrir a defesa do D. Corunha. Assim, começamos a época da pior maneira. Como optimista temos que dizer que quem começa mal…
E pode ser que estas derrotas façam bem ao Benfica. Os jogadores compreenderam que tem que lutar mais, correr mais, ter mais empenho senão não vão a lado nenhum. Ainda não perdemos nada, temos tudo para ganhar e este torneio deve ser encarado como uma lição. Espero que Fernando Santos e os jogadores tenham aprendido essa lição e demonstrem amanhã, num teste muito importante frente ao AEK que a assimilaram.
O torneio do Guadiana também serviu para tirar algumas dúvidas. Moreira é o guarda-redes titular. Nelson é muito melhor lateral que Alcides. Manu pode ser uma opção muito importante. Também no que respeita a dispensas penso que estes jogos foram conclusivos : Beto, Karyaka, Paulo Jorge e Maciel, façam-se à vida!
Saúdinha

domingo, julho 30, 2006

ABORTOU!...


Simão regressou a Lisboa porque não chegou a acordo com o Valência. Segundo o Record e o Jogo, Benfica e Valência acordaram nos valores para a transferência mas Simão pediu valores que o fariam o jogador mais bem pago do plantel.
Estávamos todos a contar com esta venda. Mais, o esquema táctico do Benfica de Fernando Santos é construído em redor de Rui Costa, o 442 não conta com Simão. Se este permanece tudo o que foi pensado e treinado volta à estaca zero!
Serão incompatíveis? Temo que sim, mas…

Por outro lado julgo que o Benfica desperdiça uma excelente oportunidade de encaixar um valor muito importante, e congratulo-me por ter negociado e chegado a acordo com o Valência. Não sei qual o valor acordado, mas sei que LFV nunca recuou, publicamente, dos 20 milhões.

Finalmente o terceiro aspecto do caso, Simão considera-se um jogador galáctico! Ser o jogador melhor pago do plantel do Valência? Mas, não se encherga?

Rezo para que ainda haja um volte face. Este desenlace é uma má notícia para o Benfica. Apesar, atenção, de considerar o Simão um grande jogador e ser, sem qualquer espécie de dúvida uma mais valia para a equipa.

Saúdinha

sexta-feira, julho 28, 2006

Sá Pinto no Standard

Depois do outro a bater no áribitro agora vem este, ainda capaz de dar uma galheta ao treinador.... estes Belgas sao loucos!

Sacanas de Sorte!

Não é que o Benfica calhou com uma equipa da treta? O Áustria de Viena!

O lado positivo é que pela primeira vez vamos ter tês equipas na fase de grupos.

Por favor... não embandeirar em arco!

Afinal só ganhámos dois jogos: contra o Real Massamá e contra o Benfica!

O Post Óbvio

Primus Milhus Pardalaris Est!

Acordar

Fui acordado por um plano que não estava mas devia estar.
Hoje o Benfica recebeu uma lição de humildade. E, apesar de esta derrota não estar nos planos, é agora o momento de acordar.
O Sporting com uma equipa no sentido literal da palavra conseguiu um belíssimo resultado frente a um conjunto de excelentes praticantes mas que não conseguiram ser uma equipa.
Katsouranis pareceu-me um médio com grande qualidade e confesso que anseio por vêr o Petit a jogar ao lado dele. Rui Costa continua um jogador de eleição mas está a reaprender ritmo de jogo depois de dois anos em que esteve mais tempo no banco do que em campo. O lance do primeiro golo é disso exemplo. Aquilo não se faz nos jogos.
Mas antes de particularizar os jogadores a diferença foi: dum lado esteve uma equipa e do outro onze jogadores.
Agora é o momento de acordar! De se lembrarem de que o futebol é para ser jogado com dois toques, rapidez, garra genica e muita tesão (apesar de ser um blog civilizado esta palavra não é virgem por aqui) mas é mesmo isto. É preciso tê-los no sítio, jogar como equipa, amarem-se uns aos outros em campo e muita tesão!

Sobre o jogo há

De positivo:
Yannick. Aparece em grande. Que continue assim porque o futebol português precisa de avançados de qualidade.
Liedson. Continua a ser o motor do Sporting. Como é que o Benfica não o foi buscar?

De negativo:
Quezílias desnecessárias entre jogadores colegas de profissão. Uma entrada de Ricardo Rocha sobre Liedson com o cotovelo por trás além de desnecessário pode lesionar gravemente.
Selvagem a entrada de Carlos Jorge sobre João alves. Merecia vermelho directo.

Meus caros começa agora a época...e já estamos de pau feito.

P.S. Acreditem ou não mas hoje vou jantar com cinco Finlandesas :)

quinta-feira, julho 27, 2006

Carlos Buena mierda?

Ou a história de mais-um-jogador-com-um-grande-futuro-à-sua-frente-que-não-se-evidenciou-em-lado-nenhum-mas-que-talvez-no-Sporting-relance-a-sua-carreira?
O novo reforço do Sporting chega hoje a Lisboa e vem emprestado pelo PSG. Bem vindo e junta-te à galeria de notáveis, onde constam nomes como Pinilla, Skuhravy, Nalitzis, Koke, Mota, Kutuzov e Mahon, entre muitos outros.

quarta-feira, julho 26, 2006

Novo Ponta na Luz


Francisco Fonseca, internacional mexicano do Cruz Azul, deverá assinar contrato válido por 3 épocas com o Benfica.
Pelo estilo e pelo penteado, documentados na fotografia, receia-se que o papel desempenhado até agora por Nuno Gomes no balneário benfiquista seja posto em causa.

É já na próxima quinta-feira

O jogo é a feijões. Não interessa para nada. Estamos na pré-época e o resultado final não vai ter qualquer significado nem nenhuma consequência no desenrolar do Campeonato. Mas é um Benfica-Sporting, porra! Vamos lá a ganhar isso. Spooorting!

terça-feira, julho 25, 2006

Antevisao 2006/2007

Esta coisa da canícula e a proximidade das férias, não ajudam à concentração e desviam a nossa atenção dos afazeres profissionais. Enquanto uns se entretêm a vasculhar as origens dos nomes das ruas (preocupação provavelmente originada durante a ébria saída de alguma casa de entretenimento nocturno) eu decidi sentar-me ao computador e ir até ao Merdex mandar uma posta sobre um tema preocupante da actualidade (para mais que já percebi que andam por aqui uns co-blogers prontinhos para irem assinar o abaixo-assinado do MPPM). Mas depois pensei: eh pá e depois lá vem a polémica e tal e tá um calor do caraças e depois há uma data de nomes que eu nem sei muito bem como se escrevem… é melhor não! Vou mas é ao RdJ mandar uma posta sobre a bola.

E pronto, aqui estou para dar a minha antevisão da época 2006/2007:

O nosso Benfica: O Benfica construiu uma equipa simpática. É impossível não gostar de ver o Rui Costa e o Miccoli a jogar à bola, os gregos parecem bons rapazes, o antipático Simão vai-se embora, o Luisao ficou, renascem as esperanças que é desta que nos vemos livres do Beto… enfim toda uma série de ingredientes que fazem com que os sócios do Benfica já estejam de pau-feito e com a libido cheia de volúpia! Mas infelizmente acho que não temos equipa para aguentar muitas frentes. Como acho que o F.Santos é um gajo pragmático vai-se concentrar na Liga e nas outras é o que der.
Previsão: 1º no Campeonato; Meias-Finais da Taça de Portugal; 8 Final da Liga dos Campeões.

O Porto: Continuam com o melhor plantel mas estes treinadores holandeses são demasiado modernaços cá para o nosso campeonato: ele é futebol espectáculo, treinadores de técnica individual, eu sei lá…. estão aqui também lhes estão a por os pezinhos em banho-maria como fazem no Chelsea! Á conta destas 'variacoes' os tripeiros vao andar o campeonato a oscilar entre o resulta e o não-resulta. Ao contrário do ano passado acho que vao ter mais sucesso no campo internacional.
Previsão: 2º ou 3º no Campeonato; Final da Taça de Portugal (com o Vitória de Setúbal); Meias-Finais da Liga dos Campeões.

Sporting: Não sei porquê mas o Sporting está com um ar muito pouco convincente. Acho que a boa época que fizeram no ano passado se deveu mais a um factor “reacção” do que a outra coisa qualquer. Este ano como já não tem esse catalisador não lhes auguro nada de bom e já estou mesmo a dislumbrar um ganda descalabro em todas as frentes!
Previsão: 4º ou 5º no Campeonato; eliminado da Taça de Portugal nas primeiras mãos; último do grupo na Liga dos Campeões.

Outras equipas: As outras equipas que vão andar a discutir os primeiros lugares são o Braga (que agora com o João Pinto ainda está melhor), o Beira-Mar (o Jardel vai ser o melhor marcador da Liga) e depois aquelas do costume: Marítimo, Boavista, Leiria….

segunda-feira, julho 24, 2006

O Voo da Águia

Pormenores: Rui Costs e Miccoli tiveram pormenores sublimes. Julgo que ambos mostraram que são realmente jogadores de excepção, bem acima da média. O Benfica “ancorado” nestes dois jogadores pode surpreender.

Picos no Cu: O Beto e o Manduca. Por mais que me digam que estes são do tipo de jogadores que os treinadores gostam de ter, o “simiismo” do primeiro e a total falta de técnica e visão do segundo só me faz querer vê-los bem longe do meu Benfica. O Manu e o Marco Ferreira são também fortes candidatos a Picos no Cu! O Paulo Jorge e o Karyaka, ehh!

Promessas: Assim de repente o único daqueles jogadores tipo “de que nunca tinha ouvido falar e que aparecem em catadupa todos os princípios de época e depois volto a nunca mais ouvir falar deles até à próxima pré-temporada” que me parece interessante é o Diego: é forte, tem técnica e remata bem.

Desilusões: Já não é de agora mas estes jogos que vi da pré-temporada acentuaram esta minha pequena desilusão. Não sei se foi devido a lesões ou a algum problema familiar mas aquele rapaz o Nelson que a principio mostrou muito (lembro-me de ouvir muita gente dizer que até já estava a fazer esquecer o Miguel (!!!)) agora parece-me menos interessante. Nada por aí além a defender e pouco consequente a atacar. Ora agora que vão ser os laterais que vão funcionar como extremos, pareceu-me importante dizer isto.

Reforços: Com o dinheirinho do Manuel Fernandes e do Simão deviam ir buscar dois laterais (esquerdo e direito): o esquerdo com características mais defensivas (o Leo é bom moço e ataca muito bem mas a sua compleição física não é a ideal no caso de ser preciso defender “rancudamente”) e o direito com características mais ofensivas (pelo que já disse em cima em relação ao Nelson). E depois se sobrasse podiam ir buscar mais um avançado: aqui iria optar por um jovem africano que ande por aí ainda a despontar e que ainda não seja muito caro: um género de Kalu há uns anos atrás e que pudesse vir desenvolver a sua carreira para o Benfica. Quem sabe não nos saia algum Eto’o ou Drogba (ou Eusébio!!!!!).

Conclusão: Acho que vou gostar do meu Benfica este ano. A minha equipa: Moreira, Nelson, Luisao, Anderson, Leo, Katsouranis, Petit, Karagounis, Rui Costa, Micolli e Nuno Gomes. No banco: Quim, Ricardo Rocha, Alcides, Diego, Nuno Assis, Mantorras e Marcel (+ os novos reforços)

domingo, julho 23, 2006

VOLÚPIA !



Rui Costa, benfiquista desde pequenino é o grande reforço do Benfica para esta época. Como disse Liedson, veio também aumentar a qualidade da nossa Liga.
Quando a bola chega a Rui Costa, como diria o nosso Scolari, ela não chora. Põe um sorriso do tamanho do universo.
Quando a bola chega ao Maestro, parece que um anjo desce à Terra ! Ficamos todos suspensos com a beleza, com o souplesse com a inteligência do número 10 !
Parece ter veludo nas botas, recebe-a, afaga-a, sempre suave, sempre com toques perfeitos e exactos, balança o corpo, um braço, a cabeça, apenas com o olhar, vai tirando jogadores da frente e depois com um passe curto ou longo, rasteiro ou em altura, a bola desenhando figuras perfeitas, rectas ou curvas, mas terminando, no pé do companheiro ! É tão grande que até os adversários inclinam a cabeça, com respeito e admiração !
É volúpia, meus caros. Pura volúpia !
É o Maestro de uma orquestra que ele conduz, com a música que compõe. Il Fantasista criando o mundo mágico do jogo de futebol.
Ninguém, nenhum clube do mundo tem um Rui Costa como nós temos.

Música maestro !
Saúdinha !

sábado, julho 22, 2006

OS MOTORES JÁ AQUECEM !


Acabou o Mundial e os motores já aquecem para a próxima época.
Se bem que os plantéis não estão fechados já se pode dizer qualquer coisa acerca da próxima época.
Primeiro as eleições para a Liga. Espero que se arranje alguém “intocável” (ver post anterior). Para já sabe-se que o major não voltará. O que é bom. Era fundamental para o ambiente do nosso futebol que viesse alguém de fora do futebol, que todos respeitassem.
Segundo o quadro de equipas. Voltámos a ter um campeonato de 16 equipas o que, na minha opinião, pode tornar a Liga mais competitiva, ainda. Desgraçadamente, temos o “caso Mateus” por resolver e cada vez mais embrulhado. Por exemplo na 1ª jornada o Benfica recebe o Gil Vicente. Ou o Belenenses...
Terceiro os treinadores. FC Porto e Sporting mantêm os seus treinadores. À partida é uma vantagem. Penso que Adriaanse está à partida mais forte e moralizado. Conseguiu criar um sistema de jogo que o vai aperfeiçoar. Paulo Bento, na minha opinião, não completou, como idealiza, o seu sistema de jogo. O futebol de Paulo Bento ainda não flui como os sportinguistas gostariam. Por último Fernando Santos. O Benfica mudou de treinador, o que trás sempre um período de ambientação e de instabilidade. Koeman não deixou saudades e por isso a mudança foi desejada. Fernando Santos é benfiquista e é o seu grande mérito, por enquanto.
Quarto, os plantéis. FC Porto mantém todos os seus jogadores importantes (e já tinha o melhor plantel). Reforçou-se com opções para os titulares. João Paulo, Ezequias, Diogo Valente são boas opções. Sektiou, o marroquino parece ser reforço a sério. Fala-se de Hesselink. Julgo que Jorginho vai perder importância. De resto vamos continuar a ver Helton, Pepe, Paulo Assunção, R. Meireles, Adriano, Benny. Na minha opinião o grande reforço pode ser Anderson. É, talvez o mais forte candidato ao título.
O Sporting, reforçou-se bem, mas em pouca quantidade. É verdade que não perdeu nenhum dos principais jogadores (Sá Pinto, Koke). Doualla é incógnita. Foi buscar Moisés para um sector muito carenciado, mas à excepção de Abel, não tem laterais. Foi no meio campo que se reforçou melhor : Paredes e Farnerud. No ataque espera-se por um avançado. Subiram uma série de jogadores da formação que podem ser surpresas (ex. :Djaló, ). Pode ser que dê, mas continuo convencido que, dos três grandes é o plantel mais fraco.
O Benfica perdeu apenas Geovanni e M. Fernandes. Está tudo à espera que Simão também saia. Se saír (venham lá esses 20 milhões!) é a única saída importante. Continua com uma defesa muito boa faltando apenas mais um defesa esquerdo (Miguelito ?). No meio campo é uma revolução. Katsouranis e acima de tudo Rui Costa. Com estes dois jogadores, mais Petit e Karagounis o Benfica fica com um meio campo muito forte. No ataque a manutenção de Micolli é uma grande contratação. Manu, Diego, Paulo Jorge podem ser opções. Mantorras e Nuno Assis também podemos chamar de reforços. Ainda esperamos um avançado, mas já considero que o Benfica é a equipa que melhor se reforçou. Espero e desejo que lute pelo título e que no final grite : “E ninguém pára o Benfica!...”

Já tenho água na boca para o ínicio do Campeonato. Amanhã, na Luz apresenta-se o Glorioso frente ao Bordéus. Já estou de pau feito. Daqui a uma semana sabemos quem temos que eliminar para estar presentes na Liga dos Campeões. Não podemos falhar ! Não era bonito, depois do quarto lugar no Mundial termos 3 equipas na Champions ?
Saúdinha

quinta-feira, julho 20, 2006

Homenagem


Joaquim Agostinho.
Esforço, Dedicação, Devoção e Glória.
Eis o Sporting.

Outro episódio de "A Quinta Dimensão"

No seguimento do post anterior, mais um episódio que se enquadra perfeitamente nesta loucura passageira, nesta incompetência inconsequente, que ataca as pessoas quando chamadas a pronunciar-se sobre assuntos de bola.
Nuno Assis foi apanhado num controlo anti-doping e foi suspenso por 6 meses. Isso foi há 5 meses atrás. Agora, que falta 1 mês, o CJ da FPF decide que os técnicos afinal não percebem nada de nada e anula a suspensão. O CJ, note-se bem. Juízes, misteriosamente mais preparados que os técnicos do CNAD e do LAD para falarem de PH e de assuntos correlacionados, a tomarem decisões ao arrepio de todas as normas internacionais.
E assim vamos, alegres e contentes, com esta justiça (em minúsculas, mesmo) e estas palhaçadas sazonais. Só cá falta a Rainha de Copas para o circo se juntar todo...

Coisas do Mundo do Futebol

O Mundo do Futebol parece ser por vezes a Twilight Zone, ou um País das Maravilhas onde Alice foi passear, regidos por um Chapeleiro Louco qualquer (não, isto não é uma crítica velada nem ao Madaíl, nem ao Scolari nem sequer ao Pinto da Costa; é uma análise da nossa postura - nossa, de todos nós - quando o assunto versa a bola). As regras do bom-senso são invertidas, a lógica transforma-se em bizarria, o que é verdade hoje pode ser mentira amanhã (e vice-versa).
O que pode explicar o atraso (de vida) do "caso Mateus"? Só no futebol seria possível uma anedota desenrolar-se desta forma.
O que pode justificar os comentários feitos sobre a saída de Manuel Fernandes do Benfica? O homem quintuplicou o ordenado, e acusam-no de falta de "amor à camisola". Onde é que esta gente trabalha?!
Por fim, a delicada questão das naturalizações de âmbito desportivo. Se Liedson- ou Deco - fossem profissionais de outro ramo, ninguém criticava . Mesmo se fossem desportistas mas praticassem outra modalidade, também não haveria qualquer problema - Francis Obikwelu e as suas medalhas, a espalharem o nome de Portugal no Mundo, aí estão para o demonstrar. O que se passará então no futebol para causar estas reacções tão negativas? É uma questão de patriotismo? Alguém julgará que Humberto Coelho é menos patriota por ter sido seleccionador da Coreia? E que dizer do treinador do México, argentino de gema, que defrontou a selecção do seu país no Mundial deste ano e quase ganhou? Seria menos patriota se tivesse ganho? Ou ao contrário: seria mais patriota se tivesse feito por perder?
Porque é que invariavelmente as pessoas têm dificuldades em verem esta profissão como... uma profissão? Porque é que o "amor à camisola" deveria justificar que alguém ficasse satisfeito por receber 20% do que outra empresa do mesmo ramo lhe paga? Porque é que Liedson não se há-de naturalizar? Já cá trabalha há 3 anos. Foi em Portugal que mais cresceu profissionalmente. Acredito que é uma mais-valia para Portugal. Julgo que Liedson não estará para aí virado, tendo esta questão sido induzida pelo jornalista. Mas se for bom para ele e bom para Portugal, porque não avançar com o processo? Porque não?

quarta-feira, julho 19, 2006

Liedson na Selecção? - Mais uma acha

Esta questão, abordada pelo Dever na posta anterior, é-me cara.

Já a levantei algumas vezes, "aqui atrasado" (conferir arquivos RdJ e RdM), numa altura em que teria sido ainda possível Liedson vestir a camisola das quinas no Mundial (e que jeito teria dado).
Defendo a naturalização de Liedson por uma razão simples: não há, nem se vislubram num futuro próximo, pontas de lança portugueses de qualidade. Pauleta já era, Nuno Gomes nunca foi ponta de lança. Hélder Postiga? - eu falei de qualidade! Talvez Hugo Almeida, agora que foi para a Alemanha, se torne um bom jogador, mas por enquanto revela ainda muitas insuficiências. Parece que, nos juvenis do Sporting, há um jovem de elevado potencial, de seu nome Rui Fonte (irmão de José Fonte). Mas ainda só tem 15 anos.
Assim, qual a solução para os próximos Europeu e Mundial? - Só vejo uma, Liedson.
O "levezinho" é um excelente jogador, explodiu em Portugal (antes era um anónimo) e já está cá há alguns anos. Na minha opinião, é mais fácil justificar a naturalização de Liedson agora do que foi a de Deco, antes. Para a posição onde Deco joga, no "miolo" do campo, tinhamos (à altura da sua primeira chamada à Selecção por Scolari) outras opções, genuinamente portuguesas. Talvez nenhuma com a qualidade do "mágico", mas não era tão gritante a ausência de alternativas como é agora, para encontrar um ponta de lança.
Em tempos (creio que no RdM), lancei um abaixo-assinado com o título "Liedson à selecção". Ninguém assinou e recebi vários comentários críticos. Saúdo o facto de se voltar agora (o próprio Liedson, o jornalista que lhe fez a pergunta) a levantar a questão. Eu, mais do que apoiar, defendo a solução. É pena não haver pontas de lança portugueses. É pena, sim, mas não deixa de ser menos verdade por isso.

Selecção Nacional?

Ontem, Liedson abordou o tema da naturalização, de forma a poder jogar por Portugal. E, aparentemente, encara o assunto de forma positiva.

Admiro imenso o “levezinho” e não sou contra a utilização de “aportuguesados” na selecção. Mas tem a ver com equilíbrio. É certo que quem chama o Deco, chama o Liedson. Como a seguir pode chamar também o Derlei, o Helton, o Jorginho e o Adriano. E a seguir uma série infindável de jogadores.

Não fui contra a ida do Deco para a selecção nacional: se do ponto de vista social, era um indivíduo integrado na sociedade portuguesa, do ponto de vista desportivo, o valor de Deco é inquestionável: é melhor que Rui Costa a atacar e dá-lhe 10-0 a defender. A chamada do “levezinho”? Não há assim tantas diferenças para o caso de Deco, excepto o facto deste último ter, à data da sua chamada à selecção, mais anos de vivência em Portugal. Por outro lado, não obstante Deco estar num patamar muito alto em termos de qualidade, Liedson acaba por ser também uma mais-valia porque desempenha funções em que nós temos dificuldades em encontrar jogadores de nível superior. A verdade é que, objectivamente, não encontro muitas razões para não chamar o Liedson. Mas não será que se um é bom, dois já serão demais?

Considero a selecção nacional um dos últimos baluartes do orgulho de ser português. Felizmente para muitos países, inclusive o nosso, é aqui se travam as guerras dos nossos dias. Aqui glorificamos os nossos heróis e aqui criamos os mitos dos nossos tempos.

sexta-feira, julho 14, 2006

Seja bem vindo...

Eis o que diz o Site do Sporting hoje:



"Pedro Barbosa, antigo jogador e capitão da equipa verde e branca, está de regresso ao Sporting para assumir o cargo de director do futebol profissional.

O ex-jogador leonino abandonou a carreira de futebolista e o Sporting no final da época 2004/2005. "

quinta-feira, julho 13, 2006

Teamgeist e Ascendentes

As bolas das últimas grandes competições internacionais são uma anedota ao futebol. Teamgeist e Roteiro parecem inventadas para trair os Guarda Redes em vez de ajudarem à colocação dos remates. Quem viu o primeiro golo alemão a Portugal certamente reparou que o nosso Odin das redes parecia uma borboleta maluca a poisar numa flor em dia de temporal...ou uma criança de um ano e meio atrás de um pombo. O remate de SCHWEINSTEIGER tinha alguma coisa de arte? Não. O drible, a inflexão para dentro e o remate desajeitado, com força, na direcção da baliza, um ligeiro efeito na parte de dentro do pé e vamos lá ver o que isto dá! O que dá é uma bola libelinha que se desvia de forma ridícula deixando ao acaso ao fado ou à sorte o facto de ser golo ou não. Mais à frente no jogo, passa-se algo semelhante num livre de Cristiano Ronaldo em que a bola faz um efeito caprichoso e por acaso Khan consegue socar para o lado. Os Guarda Redes são parte ingrata nesta matéria. Quem os vê a defender as bolas rematadas de longe volando-as para o ar depois apanhá-las na trajectória descendente não pode deixar de pensar que estas bolas não servem! São uma pobre sombra das suas antecessoras.
Estamos a reduzir o talento dos avançados a uma rajada de sorte.
E talentos como os de Cristiano, Rooney, Adriano e Messi merecem mais!

terça-feira, julho 11, 2006

Joga Bonito




E são estes gajos que nos acusam de...????
Vocês querem lá ver...
Arruaceiros? Provocadores? Fitosos? Nous?

Heróis... ma non troppo!

Lá porque são heróis... não pagam impostos? A FPF quer isentar de IRS os prémios dos jogadores? O Madaíl que pague... eu não.

Nao é que tenha muita importancia, mas que chateia chateia

Acabo de chegar de um pequeno evento social aqui organizado na minha repartição onde fui constantemente obrigado a esgrimir contra argumentos idiotas e falaciosos e a lutar contra as interpretações que certa imprensa (Inglesa e Francesa) conseguiu generalizar em relação a alguns factos que envolveram a nossa Selecção neste Mundial.

De facto o sermos pequeninos deixa-nos à mercê destes lobos maus que facilmente manipulam a opinião em seu favor. Para o resto da Europa (literalmente) nós agora somos os mestres do ‘diving’ e as prima dona do teatro ‘rebola no chão’, somos malandros porque piscamos o olho quando o adversário é expulso, não temos fair-play porque até somos capazes de pedir a expulsão de um amigo, e por aí em diante, num chorrilho de disparates para quem de repente o futebol se tornou num desporto de gentlemans! Ora vão badamerda seus ‘culs stupides’!

segunda-feira, julho 10, 2006

Ye Ye Ye, Portugal é que é!

Foi bonita de se ver a recepção, ontem, à nossa selecção.
Gostei de ver a malta a cantar "Campeões, campeões, nós somos campeões". Não somos, mas sente-se que estamos perto. Um dia, a sorte há-de ser nossa. Antes, éramos aquela equipa "porreira", que jogava um futebol interessante mas perdia quase sempre nos momentos decisivos.
Agora não. Três meias-finais em europeus e neste mundial, uma final Europeia...
(Não fosse a "desgraça" no Japão / Coreia do Sul)...
Agora, chateamos, eliminamos os "poderosos", deixámos de ser os "campeões morais" para lutarmos, efectivamente, pelos títulos. Já não somos os pitorescos, porreiraços e pequeninos portugueses. Somos, sempre, candidatos a seguir em frente. Somos fortes. E isso chateia aqueles povos que têm a mania que são os maiores. Azar. Nesse sentido, no espírito conquistado nos últimos anos, somos de facto campeões. Temos espírito de campeão.
Gostei particularmente (nem imaginam quanto e muito menos porquê) de ouvir os jogadores, em pleno relvado do Estádio Nacional (em cântico hoje reproduzido na Bola) a entoar "Ye Ye Ye, Portugal é que é!". Eles (os jogadores), aparentemente, lá em baixo nos relvados da Alemanha, ouviram. A coisa vai pegar. Espectáculo. Ye Ye Ye, Portugal é que é!

Balanço...

Foi um bom mundial. Para os portugueses…

Do ponto de vista técnico e táctico, foi um mundial médio. Não houve novidades em termos tácticos e nenhum jogador se revelou muito acima dos outros. Também não houve aqueles momentos especiais para mais tarde recordar (excepto o desempate na grandes penalidades em que Ricardo defendeu três penalties). No fim ganhou a Itália nas grandes penalidades. Um jogo entre a Itália e a França seria sempre um jogo chato, por isso não vi a final. Não percebi se a Itália ganhou bem, ou mal. É-me indiferente, para ser sincero. Não gosto de italianos e passei a detestar mais ainda os franceses.

Quanto ao resto, gostei de algumas equipas: destaco o Gana pelo gozo em jogar (bom) futebol e a Austrália pela raça. A outro nível também a Argentina e até a própria Alemanha. Por outro lado, o Brasil e a República Checa desiludiram-me. Quanto a Portugal, gostei. Mas queria mais. No jogo com a França fiquei com aquela sensação que os jogadores já estavam satisfeitos e não tiveram ambição para ir um pouco mais longe. Individualmente, destaco o Ricardo (obviamente), o Ricardo Carvalho (um dos melhores centrais do mundo) e o Maniche (daqui a dois anos voltamos a ouvir falar dele). Figo e Ronaldo estiveram bem mas não se evidenciaram. Deco desiludiu um pouco – o jogo com a França foi muito mau. Quanto a Pauleta foi o que se esperava: o estilo de Portugal e de Pauleta não propicia que ele marque nos jogos mais complicados e como no Mundial não há jogos fáceis…

Quanto ao treinador, Scolari, desejo sinceramente que ele continue na selecção. Continuo a achar que ele escolheu mal alguns dos 23. No jogo com a França faltava claramente um jogador de ataque (Hugo Almeida ou João Tomás) e quem sabe se um jogador como Quaresma não teria criado mais desequilíbrios? Sou da opinião também que Scolari tacticamente é médio. Teve opções questionáveis em alguns jogos, nomeadamente contra a Inglaterra e a França. Mas tem algumas qualidades que o tornam único. É um líder e sabe como ninguém unir um grupo em prol dos seus objectivos. E, acima de tudo, os resultados falam por si. Segundo lugar num europeu e quarto num mundial à frente de uma equipa como Portugal é um currículo invejável. Tem agora o desafio de manter (ou melhorar) os resultados e substituir (pelo menos) Figo e Pauleta na selecção.

Uma palavra para o melhor do mundo, Zidane. Pelos vistos é mais grave andar a fazer mergulhos do que andar a mandar cabeçadas ao adversário.

Para muitos este foi o último mundial: Zidane, Thuram, Kahn, Figo e Pauleta (entre muitos outros). Gostava de deixar uma palavra de agradecimento a Figo e Pauleta por tudo o que fizeram por Portugal. a selecção acabou mas haverá com certeza muitas outras formas de serem úteis ao vosso país. Muito Obrigado.

A minha selecção

Buffon (Ita); Zambrotta (Ita), Ricardo Carvalho (Por), Cannavaro (Ita) e Philipp Lahm (Ale); Gattuso (Ita), Maxi Rodriguez (Arg), Zidane (Fra) e Robben (Hol); Podolski (Ale) e Torres (Esp).

Escolhi ser em 4-4-2. Temos assim 4 representantes de Itália, dois da Alemanha e um de França, Portugal, Argentina, Espanha e Holanda. Falta o Brasil e Inglaterra das melhores equipas. Obviamente muitos outros jogadores poderiam ser escolhidos. Esta equipa seria imbatível.

domingo, julho 09, 2006

Deixemo-nos de tretas


Agora que Portugal ficou em 4º lugar no Mundial (depois de duas derrotas seguidas), voltam as vozes que clamam pela saída de Scolari.
Scolari fez um excelente trabalho. Não concordando 100% com todas as opções que ele tomou (seria no mínimo bizarro que essa coincidência sucedesse), apoio a 100% a sua continuação à frente da Selecção.
Vejamos uma coisa: nos últimos 4 campeonatos mais importantes (2 euros e 2 mundiais), houve apenas uma selecção - uma só! (adivinhem qual...) que esteve presente por 3 vezes nas meias-finais!
É essa consistência, essa naturalidade em terminar nos últimos 4, que é importante realçar. E Portugal é a única Selecção a poder gabar-se disso, não o esqueçamos.
Isso deve-se mais aos jogadores ou ao técnico? Enfim, os jogadores são basicamente os mesmos que no último Mundial, de triste memória. Já o seleccionador, no último Mundial, acabou em primeiro. Não haverá aqui uma lógica qualquer?
E as alternativas? Já ouvi falar de Eriksson - que Scolari encavou 2 vezes, das 2 vezes que os seus caminhos se cruzaram, entre Portugal e Inglaterra, e Manuel José - não sentiram um calafrio? Deve ser do timbre da voz, mas não suporto o homem - apesar de ser um bom treinador de futebol, julgo que não tem o perfil para chefiar a Selecção portuguesa.

What happened to FBF?


Alguém sabe o que aconteceu à FBF? Perdemos os links todos! Como recuperar isso?

Jardel no Beira-Mar?

O futebol é uma das actividades humanas onde mais surgem esperanças de regressos ao passado, geralmente condenadas ao insucesso.
Mário Jardel teve uma carreira fulgurante em Portugal, tanto no FC Porto como no Sporting. Saiu pela porta baixa, andando ao "deus-dará" nos últimos anos. Aparentemente, as bravas gentes de Aveiro acreditam em regressos ao passado. Já há uns anos atrás, Eusébio, em fim de carreira, vestiu a camisola do Beira-Mar. Neste caso, Jardel irá vestir a camisola não em fim de carreira, mas já depois. Vamos ver no que dá...

De volta à choldra

Agora que terminou a participação portuguesa no Mundial, as atenções voltam ao futebol indígena.
Depois dos jogos "à séria", do Alemanha 2006, nada melhor do que aquilo que a TVI se lembrou ontem de fazer - a transmissão em directo do Stade Nyonnais - Benfica. Tenho alguma curiosidade em saber se a audiência terá compensado o arrojo desta opção de programação...
Bom, fora as particularidades da televisão portuguesa e dos jogos de amadores, a nota mais digna de realce é a PALHAÇADA (e atenção, isto não é um insulto inconsequente, neste caso é o termo técnico mais indicado para o que se passa - inconsequente à mesma, mas enfim) do caso Mateus. Os magistrados que se encontram nas estruturas do futebol conseguem uma proeza digna de registo: além de achincalharem o futebol, achincalham também a sua profissão. Sim, senhores. Muito bom trabalho. O CJ da FPF anulou a decisão do CD da Liga. Mais um excelente serviço prestado ao futebol português! Palhaçada , é o que é!

Mundial: para mais tarde recordar

Portugal está no grupo das grandes equipas do futebol mundial. Após o Euro 2004, a fase de qualificação e esta campanha do Mundial 2006, concedeu-nos, indiscutivelmente o passaporte para o convívio dos “tubarões”. E isso é algo que Scolari construiu: uma equipa altamente competitiva, de grande coesão e ambição capaz de dificultar ao máximo a vida dos adversários. Que o digam Holanda, Inglaterra, e mesmo França e Alemanha. Assim, em primeiro lugar, mérito máximo ao “sargento Felipão”, independentemente de algumas decisões que todos (obviamente) não gostamos e criticamos; Postiga, como primeira opção e a não-convocatória de Quaresma..

Em 2º lugar, a equipa nacional, que tanto orgulho nos fez ter nesta nossa “alma lusitana”. Figo, expoente máximo, só comparável aos “Eusébios”. Aquele golo madrugador, na abertura angolana, fica como recordação inesquecível de um momento genial; arranque explosivo e assistência com mel para Pauleta; depois Maniche o pulmão do meio-campo com momento alto no golo solitário contra a Holanda; a defesa com o inultrapassável Ricardo Carvalho (que falta fez contra os germânicos) e a afirmação peremptória de Meira. O “enfant terrible” Cristiano Ronaldo mostrou aquela “centelha divina” dos predestinados, mas muito mais se pode esperar dele no futuro. O “gigante” Ricardo será uma lenda que se contará às gerações vindouras, tal como a reviravolta de 66, de 0-3 para 5-3 com 4 golos de Eusébio, frente à Coreia do Norte; ter esperança que Ricardo defendesse um era normal, pedir que evitasse dois já seria forçado, mas opor-se a três, garantindo a presença nas meias-finais fá-lo entrar na imortalidade. Foi uma demonstração (a mais evidente) de forte mentalidade. O veloz Miguel foi uma fonte de soluções de ataque, enquanto Nuno Valente, mais sóbrio, cumpriu. Costinha deu a protecção do costume, mas faltou-lhe… “o resto”. Desilusões maiores, Pauleta e, sobretudo Deco. Foi pena. Das opções, destacou-se Simão, com um belo campeonato, Petit, infeliz no auto-golo na final da consolação, enquanto Postiga é, sem dúvida, um case-study.
Infelizmente ficou o estigma, lançado por holandeses com a ajuda do árbitro russo, apimentado maliciosamente pelos ingleses e reforçado de modo vil pelos franceses, de sermos uma equipa de simuladores teatrais, uma mentira que fez história e que dificilmente será esquecida. Mas muitos sabem, aqueles que gostam de futebol, que somos uma equipa que joga bom futebol tem um estilo de jogo próprio que não fica atrás dos melhores do Mundo. Aliás, os melhores jogos que fizemos foram contra a França e a Alemanha, aqueles que perdemos! Esta campanha será recordada com saudade fazendo esquecer a gesta dos Magriços. Obrigado Portugal.

Este Mundial cimentou o futebol-resultado, que muitos se queixam, por retirar beleza (?!) ao jogo. “Antigamente” é que era bom, dizem, esquecendo que hoje o futebol não é amador, pelo contrário altamente profissional. Todas as equipas (e naturalmente aquelas que ganham títulos), preparam um esquema em que a segurança defensiva, o roubar espaços ao adversário é um “must”. Não é fácil ultrapassar isto. Não é de facto como antigamente… A primeira linha de candidatos, Brasil, Alemanha e Argentina não chegaram à final. Os brasileiros, nunca chegaram a convencer, embora superiores na primeira fase, nos oitavos de final brindaram com injustos 3-0 o Gana e tombaram com a França; o seu melhor jogador foi Kaká enquanto Ronaldinho decepcionou. Alemanha que se assumiu após o 1º jogo foi uma boa surpresa, com uma dupla atacante Klose – Podolski poderosa, e um lateral espectacular, Philipp Lahm. O seu futebol de conjunto conseguiu bater a Argentina nos quartos (desempate a penalties) e baqueou na meia-final com a Itália após prolongamento. A Argentina, começou com uma vitória feliz, e brindou com 6-0 a Sérvia, garantindo o 1º lugar no 0-0 com a Holanda. Com jogadores de nível mundial, no ataque Carlos Tevez, Saviola e Crespo, um meio-campo onde Riquelme era o maestro, Cambiasso e Mascherano davam a consistência, deram-se ao luxo de manter Aimar e sobretudo esse prodígio Messi no banco. Ao renunciar ao seu futebol, para guardar a vitória frente à Alemanha, os azuis-celeste foram eliminados. Após o resultado é fácil criticar, mas a história assim o registará.

Na segunda linha de candidatos, posicionavam-se a Inglaterra e a Itália, seguidos de perto pela França. Espanha, Portugal, Holanda e Rp. Checa (a grande desilusão) seriam os outsiders. Dos ingleses não rezará a história deste Mundial. Uma boa primeira parte contra a Suécia (e sobretudo Joe Cole) é muito pouco. Lampard e Gerrard não conseguiram impor-se, enquanto o “louva a deus” Crouch e a força da natureza W. Rooney estiveram abaixo daquilo que se esperava. A Itália, amada ou odiada, fez um Campeonato “de trás para a frente”. Beneficiada por erros da arbitragem, (Gana e Austrália), foi o carrasco da Rp. Checa e apareceu na fase final quase perfeita, 3-0 à Ucrânia (boa estreia) e, num jogo épico, afastou a grande Alemanha da final. Cansa ver Gattuso, e a sua defesa comandada por Buffon, naquela que é a equipa que melhor representa o futebol eficaz, onde não se cometem erros. A França nunca jogou mal, embora tenha obtido dois miseráveis empates. Depois num dos belos jogos deste Mundial bateu a Espanha, que estava a ser uma das melhores equipas; foi o renascer desse mago que é Zidane, um dos melhores futebolistas de sempre. O jogo com o Brasil (que não vi) garantiu a presença na meia-final de má memória contra nós. Agora vão disputar o seu 2º título com a Itália. Da Holanda a confirmação de Robben, da Rp Checa a despedida de Poborski, de Nedved (grande jogador) e a má sorte de Koller.
Por razões profissionais estive na Alemanha durante este Mundial. O ambiente foi extraordinário, difícil de descrever. A alegria de conviver com todos os adeptos, a descontracção no apoio às equipas o modo como a euforia e a desilusão permanecem próximas, faz com que o futebol e a sua vivência sejam hoje motivo de estudos sociológicos. Como transformar esta “serenidade entusiasmada” para os outros aspectos da vida? Ficou-me uma certeza: todos os povos se entendem e mesmo com a paixão própria do querer ganhar, sobra espaço para o entendimento, respeito e mesmo solidariedade. Para quando este espírito positivo no nosso Campeonato e na relação entre países?

sábado, julho 08, 2006

Adeus, Figo. E obrigado

Glup!

Tudo indica que Ricardo Costa alinhe como titular, hoje à noite, com a Alemanha. Tenho medo, tenho muito medo.

sexta-feira, julho 07, 2006

Raymond Domenech


Estou ainda a pensar na melhor forma de começar esta posta, uma vez que pretendo abordar uma matéria complexa, que tenho a certeza me fará atravessar a fronteira do "blog de futebol para pessoas civilizadas". Perdoar-me-ão os meus companheiros aqui do RdJ, mas o que tem de ser tem muita força. Começo, então, pelo nome do alarve: Raymond Domenech. Treinador da grande equipa que nos eliminou nas meias-finais do Mundial.
Quero, desde logo, dizer o seginte: não embarco no coro dos coitadinhos, de que somos um "país pequenino", "patinho feio", que nos queriam "por fora do mundial"...
Portugal fez um capeonato digno, sem brilhantismo mas com muita raça e querer. Não fomos, não somos, pequeninos. Somos grandes, enormes, e só quando entendermos isso chegaremos "lá".
Não acho, também, que tivéssemos sido prejudicados pela arbitragem. O penalty que deu a vitória a França existiu, apesar de não ser escandaloso se não fosse assinalado, até porque o francês se atirou, inteligente e nitidamente, para a piscina.
Não existiu qualquer penalty sobre Cristiano Ronaldo que - também nitidamente, mas de forma menos inteligente - se atirou para a piscina, mas sem causa suficiente para isso.
Portugal fez (ainda falta um jogo) uma bela campanha neste torneio. Fui ver ao vivo, na Alemanha, três dos jogos desta gloriosa caminhada (Irão, México e Holanda) e se entendo que a nossa selecção, em termos de futebol, nunca terá sido brilhante, ainda assim vivi intensa e apaixonadamente cada segundo de jogo. Chegámos onde chegámos com mérito, querer e muita garra. Tentar apoucar isso, dizer que os nossos jogadores são "rafeiros", "fitosos", "provocadores", "manhosos", é revelar muito medo da nossa selecção. Pode até tolerar-se, como aquilo a que se convencionou chamar "mind game", antes de um jogo.
O que é intolerável é, depois desse mesmo jogo, não se saber ganhar. Ficar no acesso aos balneários para insultar os jogadores da equipa adversária, como parece ter acontecido no caso de Raymond Domenech, merece todo o repúdio.
Os franceses são useiros e vezeiros nos assomos de chauvinismo. Domenech não é excepção. Um javardo sebento, é o que é. Espero, muito sinceramente, que os italianos lhe espetem quatro batatas na baliza, para ver se aprende alguma coisa acerca do respeito que é devido às pessoas, a todas as pessoas não francesas, a uma equipa adversária e, até, a todo um povo que faz da selecção a sua bandeira.
A mensagem que quero deixar (e que, com muita pena minha, acho que Domenech nunca vai ler) é:
Raymond Domenech, vous êtes un porc sale. Apprenez à respecter d'autres, si vous voulez être respectés, cul stupide.

quinta-feira, julho 06, 2006

França - Portugal, 1-0

Este post começou por ser um comentário ao post anterior do Alex. Mas acabou nisto...

Ontem, Portugal não fez um jogo brilhante - como aliás a França também não o fez, nem Portugal fez durante todo o Mundial.
Neste Campeonato venceu a contenção, o equilíbrio, a compensação. Não vingou o rasgo, o improviso, o génio.

Portugal despachou holandeses e ingleses com esta receita - a que se juntou muito nervo, muita garra e muita raiva, em alguns momentos. Foi agora despachado pelos franceses, que aplicaram muito bem os mesmos ingredientes. Deu para um lado, poderia ter dado para o outro. Quem com ferros mata, com ferros morre...

NÃO HÁ VITÓRIAS MORAIS

Raio dos franceses ! Pela 3ª vez põem-nos fora de uma final !
Saímos de cabeça erguida. Não fomos inferiores à França só que... não marcámos. Na 1ª parte tivemos um período em que fomos superiores mas incapazes de fazer um golo e depois aconteceu um penalty... infeliz !
Na 2ª parte a França limitou-se a controlar o jogo, abdicando de atacar. A verdade é que não conseguimos ir para a frente, encostá-los lá atrás, não os deixar respirar... Tivemos uma grande oportunidade, por Figo mas... falhou .
Não há nada a dizer, lutámos, quisemos, mas... Ficámos nas meias finais, lugar bastante honroso, lugar que nos orgulha, e que pode-se dizer, certo.
Vai ser uma grande final entre a Itália e a França.
As minhas classificações :
Ricardo (8) : Perfeito. Nem teve muito trabalho, mas as três vezes que foi chamado a actuar foi impecável. Ía defendendo o penalty, e no fim, foi lá à frente para tentar o milagre.
Miguel (6) : Viu-se grego com Malouda, mas depois acertou. Foi pouco à frente mas, antes de se lesionar fez uma grande jogada.
Ricardo Carvalho (7) : É um jogador de nível mundial. Teve azar no penalty.
Meira (6) : Andou atrás de Henry. Perdeu e ganhou lances. No fim foi para a frente e teve uma oportunidade de rematar mas fê-lo mal.
N. Valente (5) : Cumpriu mas sem ser dominador. Subiu muito pouco. Está envolvido numa bela jogada de Figo, cruzou bem, mas não havia ninguém...
Costinha (6) : O compensador. Preenche os espaços. Seguiu Zidane. Não brilhou e saíu quando Scolari decidiu arriscar.
Maniche (6) : Ajudou muito no meio campo. Teve aberturas fantásticas. Só teve um bom remate, ainda na 1ª parte, por cima.
Deco (5) : O grande organizador não teve nos seus dias, via-se as excelentes intenções, mas, ou pelo passe curto, ou pela intercepção do adversário, ou porque perdesse tempo, a bola nunca chegou ao seu destino. Foi um jogo que não lhe correu bem, embora reconheça o seu esforço e talento.
Figo (6) : O nosso líder em campo. Já não tem a explosão, já dificilmente ganha no um para um, mas sabe pautar o jogo como ninguém. Teve o prolongamento na cabeça, mas ao colocar a bola, tirando-a do guarda-redes, fê-la subir muito.
Cristiano Ronaldo (6) : O grande craque. Aumenta a velocidade, mas a maior parte das vezes, perde-se a jogada. Tem uma jogada de antologia, quando passa dois franceses no meio-campo, vem por aí fora driblando e remata mas só ganha o canto ...
Pauleta (5) : Teve poucas oportunidades. Esteve muito desacompanhado. Apenas uma grande oportunidade, quando, na área se vira e atira às malhas laterais.
Paulo Ferreira (6) : Entrou muito bem a dar ideia que merecia mais oportunidades (talvez na esquerda ?).
Simão (4) : Não entrou no jogo.
Postiga (1) : Jogou ? Mergulhou várias vezes para a piscina ! O que é que Scolari vê neste rapaz ?
Scolari (4) : O grande obreiro da melhor selecção de todos os tempos de Portugal ! Estamos todos muito gratos a este grande líder. Ninguém tenha dúvidas, graças a ele chegámos às meias finais. Hoje pela 1ª vez Portugal iniciou o jogo a perder. Eu esperava mais de Scolari. Esperava uma alteração ainda na 1ª parte. Ou Simão ou Nuno Gomes, para fazer companhia ao Pauleta. Saía Costinha ou Deco. Ou Ronaldo se juntava a Pauleta se entrasse Simão, ou N. Gomes jogava atrás de Pauleta. Enfim, é fácil falar de fora, mas senti que Scolari foi muito passivo. E depois aquela obcessão pelo Postiga...
Mas não há vitórias morais. Perdémos, vamos lutar pelo terceiro lugar ! A seguir a sermos vice-Campeões da Europa, devemos sentir-nos muito orgulhosos da nossa selecção ! E o mundo do Futebol Mundial aprende a respeitar-nos. Basta lembrar que eliminámos Holanda e Inglaterra ! E a verdade é que também não fomos superiores nesses jogos .
A final de Berlim será uma final imensa ! O meu prognóstico é vitória da Itália.
Saúdinha

quarta-feira, julho 05, 2006

Resposta ao Alex

terça-feira, julho 04, 2006

QUEM A LEVA ?



Quem será o próximo Campeão do Mundo ?

a Elegante, Altiva, Eficaz e Arrogante França ?
a Rápida, Imperial, Traiçoeira e Concentrada Itália ?,
a Forte, Organizada, Determinada e Fria Alemanha ?,
ou os Provocadores, Caceteiros e Manhosos Portugueses ?

Vamos mostrar ao mundo a grande alma deste povo ! Vamos mostrar o que é o espirito de uma equipa! Vamos mostrar o que é o querer e a vontade desta enorme Nação! Vamos dizimá-los ! !
Saúdinha !

Ausência...

Sim, eu sei que tenho estado ausente...
Ultrapassámos (em mais um jogo épico) a Inglaterra e nem sequer um post. Ricardo bate um recorde mundial, ao mesmo tempo que nos abre as portas para as meias e nem sequer um post. O nossos Sporting festeja o centenário e nem sequer um post.
Até Scolari já merecia um post (não obstante nem sempre concordar com ele e até já o ter criticado aqui no RdJ).
Nem sempre temos tempo para aquilo que queremos. Por vezes temos de dar prioridade a outras coisas.
Força Portugal!

Cúmulo do pessimismo...

(num momento de pausa em que tenho o miúdo a meio de um birra)

Sim... eu sou pessimista.
Estava pessimista com a Holanda: estávamos numa série de vitórias contra eles e seria dificil conseguirmos mais uma. Contra a Inglaterra estava ainda mais pessismista; pelas mesmas e ainda porque tínhamos passado a Holanda e não parecia crível vencermos (mais uma vez) o destino.
Contra a França estou pessimista pelas razões opostas: não ganhamos aos francius há uma porrada de anos; porque carga de água vamos ganhar agora?

SABIA QUE ... ?

Sabia que sempre, repito, sempre que a Inglaterra passou a fase de grupos foi eliminado pelo futuro Campeão do Mundo ?
São bons Augúrios !

A grande dúvida


Tenho, desde há muito, uma grande dúvida, que amanhã espero ver finalmente esclarecida.
Diz-se que o povo tem sempre razão, mesmo que, muitas vezes, os porvérbios populares incorram em grande contradição. Assim, o que será correcto:

"Não há duas sem três"

ou

"À terceira é de vez"

?????????????????????????

Que venham os franceses. Sem Abel Xavier que lhes valha, espero que Portugal ganhe sem sombra de dúvidas. Zidane, Ribery ou Henry são grandes jogadores, inseridos numa grande equipa, mas o mundo (à excepção dos franceses) está por Portugal.
Na minha passagem pela Alemanha, combinei com os adeptos alemães que Portugal e Alemanha se encontravam na final. Gosto de honrar os meus compromissos. Por isso, que à terceira seja mesmo de vez. E que os alemães ganhem à Itália, para que a festa da final seja inolvidável.
Adieu, les bleus. Ciao, Azurri.

Um post supersticioso!

Amanha joga-se o Portugal-Franca....

O Orgulho de Uma Nacao

Os feitos conseguidos pela nossa Selecção neste Mundial são para ser usufruídos por todos os Portugueses. Desde os detractores do Scolari que só porque o homem não levou os seus meninos para a Alemanha chegaram a dizer que esta não era a sua Seleccao até aos ferrenhos Benfiquistas que não conseguem escrever o nome do Ricardo num post sobre os penalties do Portugal-Inglaterra, todos temos direito de ter como nossos os triunfos destes Heróis do Mar!

Mas vão-me desculpar a impertinência e não me levem a mal se eu disser que não há ninguém que viva estes momentos com tanta intensidade como os emigrantes Portugueses.

O ‘status’ que um nacional de uma equipa semi-finalista de um campeonato do Mundo adquire é impressionante. Para os emigrantes Portugueses, habituados a ser apontados como patinhos feios de uma Europa altiva e arrogante, este súbito estatuto adquirido à custa do futebol dá-nos um orgulho desmesurado. É como se de durante uns momentos fossemos iguais ao Ingleses, aos Alemães e mesmo, oh irreverência, aos Franceses.

Por isso, para os nossos rapazes, vai daqui um muito obrigado especial daqueles que andam cá fora a lutar pela vida!

Susceptibilidade clubística

Ora aqui os co bloggers da praça ficaram ofendidos porque eu me esqueci do Ricardo no Post sobre Mentalidade...
Choraram, espernearam, moeram-me o juízo porque eu me esqueci do único jogador do Sporting na selecção...sim eu sei que o Simão, o Figo e o Cristiano Ronaldo cresceram em alvalade...Mas que seja do Sporting o Ricardo é o único.
Que o Ricardo é um belíssimo Guarda Redes toda a gente sabe, apesar daquela vozinha castrati de quem levou uma bolada com mais força nos infantis no baixo ventre e que nunca recuperou "Marca Fernando!! Em cima!!" "Ó Ricardo Carvalho agora falas com eu? Cabrão do Rooney!". Atrevo-me mesmo a dizer que dos quatro GR das meias finais Buffon é o melhor, Barthez o pior e o Lehman e o Ricardo estão ao mesmo nível...estarão as hordas de civilizados marqueses satisfeitas?
Que o Ricardo defendeu três penaltis toda a gente viu e fica para a história do futebol. E ainda bem para nós.
Hip hip viva o Luís de Matos ! Prontes!
Agora o que eu defendi no post anterior e continuo a defender é que no momento da grande penalidade um jogador como Gerrard ou como Lampard só falha se as pernas lhe tremerem. Se não tiver os tomates para suportar o momento, porque podia estar o super-homem na baliza (antes de cair do cavalo) que um penálti bem marcado não tem defesa, meus caros. E isso também é um facto estudado e documentado. Eles não os tiveram no sítio e o nosso alfaiate dos gigantes adivinhou para onde ia a bola. FIIIXE!!!
Quanto ao ter-me esquecido do Ricardo é mais forte do que eu. Não é por mal. Mas o rapaz não me marca particularmente. Na análise que fiz da selecção até me esqueci dele. Enfim deixem lá o Odin em paz que só precisa que o Fernando Meira e o Ricardo Carvalho cortem os cruzamentos para a área!
Bamos a eles carago!!

E o Barthez é frangueiro! E o Barthez é frangueiro! E o Barthez é frangueiro! oléééééé!!

Bifes mal passados

As reacções dos camones à eliminação da sua selecção pelos portugueses continuam a espantar-me. Apesar de ser o resultado mais previsível (Euro-2000 e Euro-2004, lembram-se?), o desfecho deste jogo tem despertado toda a azia e o mau-perder dos bifes. Agora criaram um site: I hate Ronaldo (!). Disgusting...


segunda-feira, julho 03, 2006

Heróis do mar



À especial atenção de Pinto da Costa e de todos os outros "intelectuais" de Portugal.

Heróis do mar

A terceira é de vez

Depois de uma atribulada (!) viagem a Gelsenkirchen para ver o Portugal – Engaland este vosso servidor prepara-se para viajar (de novo) até Munchen para assistir ao Portugal – Franca.

Vai ser o meu 3 Portugal – Franca, dos quais dois in vivo.

O primeiro já lá vão alguns anitos e como a minha memória futebolística não é assim pró particularmente forte não me lembro de todos os detalhes; lembro-me sim que estava em casa do Obelix com festarola preparada e que no fim, catrapumba! O Highland Clan (que era o que se conseguia comprar na altura) amargou na boca.

O segundo, já mais recente, fui vê-lo com bilhete comprado à última hora ao Heyzel aqui em Bruxelas. Convidei um compincha que veio expressamente de Portugal e eu, ele e mais a Maria (no que foi o seu primeiro jogo de futebol ao vivo) lá fomos os três todos engalanados ver os rapazes do Humberto. Esteve quase, quase, mas no fim lá viemos enfiadinhos no metro a ouvir os cânticos dos bleus.

O terceiro vai ser a minha última etapa neste já longo acompanhamento da selecção no Mundial. Como não gosto de fazer previsões, antevisões ou outro qualquer género de visões sobre o que pode acontecer nestes jogos, resta-me deixar-vos aqui a minha profunda convicaao de que vamos ganhar aos Franceses. Read my lips, mark my words:

Vamos ganhar….. caralho!

Mentalidade

Chegados os penaltis o que é que faz a diferença?
Quando pegamos num jogador da qualidade de Gerrard ou de Lampard e o colocamos a marcar penaltis uma tarde inteira, descontraidamente, ao Ricardo quantos penáltis é que acham que eles falham? Eu diria que um ou nenhum em cem. Mas o que fez estes jogadores falharem no momento chave? O que fez jogadores de eleição como são Gerrard ou Lampard falharem aqueles penáltis? Fazerem um gesto tão denunciado no momento do remate? A resposta óbvia é: A pressão do momento. A responsabilidade do sucesso de uma nação. Eu diria até...os tablóides ingleses que devem deprimir qualquer Inglês...ainda mais quando acabam a ser citados por imprensa que se diz credível...mas...adiante
Quando eles foram marcar os penaltis via-se na cara deles a angústia do momento. A mesma cara que Veloso fez naquela final de 88. Não aguentaram a pressão. Eles queriam sair dali em vez de apreciar o momento antes da glória. They wanted to be put out off their misery. E esta foi a grande diferença. Quando vemos a confiança com que Simão marcou o penalti inspirando fundo antes do remate como tantas vezes o vi fazer no Estádio da Luz. A certeza de Postiga de que o guarda redes inglês iria ficar no meio da baliza pensando ingenuamente no Euro 2004. Mais marcante ainda foi a alegria com que Ronaldo marcou o seu penalti. Esta foi a diferença. A diferença esteve na mentalidade com que se abordou aquele momento chave. E é esta diferença que faz os campeões e que vem de uma liderança forte, pragmática e reconhecida.O mérito desta mentalidade é de Scolari. Ele convocou os jogadores que conhecia. Que sabia que durante o mês e meio em que iriam estar juntos não criariam tensões. Quando me lembro do episódio ridículo de colocarem o Selvagenzinho Santos no mesmo quarto do João Pinto recordo-me do quão fácil é dar um tiro no pé. E com Scolari esses tiros não acontecem!
Agora com a França queremos a mesma mentalidade, o mesmo querer e a magia de Deco a iluminar o caminho da vitória! Desta vez eles temem o Pauleta. Eles conhecem o Figo e vão-se recordar para sempre do nome de Ronaldo!
Vamos a eles carago!