terça-feira, fevereiro 27, 2007

Leitura imprescindível


Absolutamente imprescindível a leitura da resenha histórica da criação do Ben...Ben...da agremiação dos lampiões feita, com total rigor e objectividade, no Mãos ao Ar pelo Bulhão e pelo Sancho. Na ocasião dos 98 anos da "instituição", é sempre bom lembrar, através de textos que denotam notável isenção, como germinaram as papoilas saltintantes.

Em Novembro de 2005 tive a oportunidade de assistir a um espectáculo único: o jogo do Benfica contra o Lille no Estádio de Franca (em Paris), onde estiveram 45.000 Portugueses a apoiar o Glorioso. Como na altura o disse, o Benfica é o único clube do mundo capaz de, em terras estrangeiras, conseguir por no estádio mais adeptos do que os da casa.

Quis o destino que o Benfica voltasse a jogar em Paris para as competições Europeias. Não sei se o feito se vai repetir (provavelmente não porque desta vez é uma equipa de Paris) mas pelo menos este adepto vai voltar a trilhar as autoroutes para assistir ao espectáculo. Desta vez a “Maré Vermelha” dá lugar ao “Assalto a Paris”.

Só mesmo quem nunca assistiu a um jogo do Benfica no estrangeiro é que ainda não percebeu a verdadeira dimensão e a grandeza deste Clube!

segunda-feira, fevereiro 26, 2007

"NA LUZ SOMOS IMBATÍVEIS"


Disse Fernando Santos antes deste jogo.
Desta vez acertou em cheio no discurso. A verdade é que o Benfica demonstrou, num jogo que não foi fácil, estar muito forte, seguro e concentrado. Desde o ínicio que o Benfica quis resolver o jogo e a verdade é que até aos 2-0 o Benfica não deixou o Paços saír do meio-campo.
Grande exibição de toda a equipa. Os médios de ataque muito vagabundos, os laterais a subirem, os avançados sempre em movimento... Foi dos melhores períodos de futebol vistos esta época.
Aos 45' golo do Paços após a bola tabelar oito (8) vezes em vários jogadores... Lembrei-me do jogo em Paços, que depois do Benfica ter oportunidade de matar o jogo, sofreu um golo aos 92', perdendo dois pontos... De facto, bastou o Benfica descansar cinco minutos e logo sofreu um golo!
Estaria a Deusa a gozar, mais uma vez, connosco?
Na segunda parte o Paços entra muito bem, com uma grande oportunidade, onde Luisão perdeu um lance infantilmente. Após o primeiro quarto de hora o Benfica voltou a ter o controlo de bola e , naturalmente, chegou ao terceiro golo, num trabalho magistral do Miccoli.
Finalmente Nuno Gomes marcou. E que grande golo! Miccoli e Simão foram os melhores jogadores, mas estiveram todos bem. Também o Paços jogou muito bem, deu tudo o que tinha, e o futebol é, assim, muito bonito.
Estiveram presentes 35 114 adeptos.
Agora, e como sempre pensei, a luta é entre o Porto e o Benfica. Lembrem-se da fantástica segunda volta que vaticinei.
A inqualificável eliminação da Taça, às mãos do Varzim, onde os jogadores, depois de conseguirem o empate, convenceram-se que o jogo estava ganho, pode ter servido de aviso para o resto da época.
Na outra frente, a taça UEFA, depois de afastarmos, como se previa, o Dínamo, de uma forma convicente ganhando os dois jogos, vamos tentar eliminar o Paris St Germain. É possível e é muito importante para mantermos o prestígio europeu. Seria o 2º ano consecutivo que chegaríamos aos quartos de final. É possível e é provável. Temos que nos assumir como favoritos, tanto que na bolsa de apostas, o Benfica já é um dos favoritos à taça UEFA.
Uma palavra para os outros europeus. O Braga: proeza histórica! Vitórias em casa e fora contra uma boa equipa italiana! Foi formidável. Os oitavos de final foi o máximo que este clube conseguiu e e já lá está. Boa sorte para os jogos com o Totenham. Seria glorioso!
No Porto-Chelsea diria que não houve surpresa. Se antes deste jogo só um milagre salvaria o Porto, agora teria que haver uma hecatombe para os tripeiros eliminarem Mourinho. Resta acreditar. O Porto tem que acreditar. Jogou muito bem na 1ª mão. Fez tudo o que podia, o Chelsea é, realmente, muito forte.
Saudações futebolísticas.

Oh! Desgraça das desgraças!


Não é fácil perceber este desperdício de pontos. A distância para o primeiro, reduzida a 3 pontos (graças a 2 derrotas improváveis do FC Porto) voltou, novamente a 7 pontos. Nas últimas temporadas tivemos sempre a pressão de lutar jornada a jornada por encurtar diferenças e fizemos, sobretudo o ano passado a melhor 2ª volta. Agora, assim, efectivamente não dá, não é alargando a diferença para o primeiro que se chega a campeão. Os últimos jogos (depois da nulidade no Restelo) e a euforia dos golaços de Bueno ao Nacional, tinham mostrado um Sporting a melhorar (nomeadamente em Paços de Ferreira), a dobrar o cabo dos maus jogos e, portanto havia razões para optimismo.

Jogo em casa, contra o último. Paulo Bento vinha experimentando um novo sistema, de ataque continuado, melhor dito, “em avalancha” com 3 avançados de área, uma linha média de quatro, com extremos a abrirem a toda a largura e apenas 3 defesas, que deveriam cortar de raiz toda e qualquer veleidade do adversário. Em fase de desespero contra o Nacional e para consolidar este novo esquema (3-4-3) contra o Pinhalnovense, o sistema tinha dado bons frutos: 11 golos! E a intenção terá sido essa: com Tonel castigado, P. Bento terá pensado “nem é tarde nem é cedo”, e Caneira, Polga e Veloso foram “os três centrais”, Custódio (defensivo) e Moutinho (organizador) ficaram no miolo enquanto Nani e Ronny encostaram-se às linhas a “fazer jogo” para Yannick, Bueno e Liedson.

A primeira parte foi, numa palavra, uma desgraça. O treinador no final de jogo assumiu a culpa: “ tivemos a devida penalização”, ou seja, o castigo foi merecido. As razões, penso que se repartem: por um lado este novo esquema, obrigou a um futebol mais directo, de passe longo com os avançados muito parados, presos das marcações em superioridade numérica dos das Aves, ou seja o esquema não permitiu que o colectivo funcionasse, a melhor arma da equipa; por outro lado, a completa desinspiração dos jovens Ronny e Nani, o brasileiro com medo de falhar, evidenciou uma preocupante fragilidade psicológica; e o misterioso Nani que arrisca, procura sempre desequilibrar (e bem) mas ao contrário de Midas, todo e qualquer lance lhe saiu mal. Sempre! Inacreditável!

A falta de dinâmica da equipa foi evidente desde os primeiros minutos e a intranquila bancada de Alvalade não ajudou… esta foi a receita para a desgraça: um esquema que resultou noutra circunstâncias, mas que nesta “roubou” o colectivo da equipa, com os avançados estáticos, e sobretudo os responsáveis pela despesa ofensiva, os “extremos” completamente fora-de-jogo. A ajudar à festa, o “desapoio” do Estádio, que podia (devia?) ser diferente. É verdade que a equipa é jovem, e deve ser “levada ao colo” pelos seus adeptos, mas na realidade isso não acontece. Destaque positivo vai para Polga que esteve sempre bem a roçar a perfeição.

Acredito que ao intervalo os jogadores tenham ouvido “o bom e o bonito” e a 2ª parte não tão má. Houve algumas oportunidades de marcar, não aconteceu, e o empate com sabor a derrota já ninguém nos tira. Gostei da entrada de Farnerud e continuo a dizer que Alecsandro deve ser o companheiro de Liedson.

Restam muitos jogos, nada está perdido, serão os lugares-comuns apropriados. É triste mas o primeiro lugar, que estava à mercê, está neste momento longe. A luta pelo 2º é também difícil (muitas saídas importantes, Luz, Dragão, Braga, Leiria), e atenção ao 4º, U. Leiria, nosso anfitrião na próxima deslocação. Entretanto jogamos uma cartada decisiva na Taça, contra a Académica. Força Sporting!

sábado, fevereiro 24, 2007

Assim não dá!

Esta sexta-feira voltei ao estádio! O último jogo que tinha ido ver foi contra a Académica (vitória tangencial, com uma exibição miserável) e entretanto, por uma série de razões, não tinha voltado lá. Também já não devo voltar até ao fim da época. E nem quero saber da Taça de Portugal!
Começo a estar saturado. Se antes, com Paulo Bento, ainda havia um consolo do resultado, agora nem resultado, nem exibição. Tanta mediocridade. Tanta displicência. E virem sempre com a desculpa que a equipa é jovem, já cansa. Ouço essa lenga-lenga, pelo menos desde os tempos do Figo.
E pior que isso, questiono se realmente devo incentivar o meu filho a ser do Sporting. Para estar não sei quantos anos sem ver a sua equipa ser campeã? Para ver a sua equipa a fazer figura triste contra qualquer equipazeca da Europa? Para ver os seus jogadores de formação mais talentosos a jogarem depois contra a sua equipa? Se calhar mais vale incentivá-lo a torcer pela selecção.
PS: por questões de vária natureza só hoje regresso ao RdJ. Espero retomar agora o ritmo normal.

terça-feira, fevereiro 20, 2007


Uma bola perdida a meio-campo. F consegue ficar com a bola e corre em direcção à baliza. Do banco grita-se “faz um passe!”. O passe é feito mas sai frouxo e a bola fica a meio caminho. O guarda-redes antecipa-se e consegue afastar a bola. A ocasião de golo estava perdida. Do banco o treinador salta como uma mola “oh minha Maria-alice, então isso é passe que se faca?! Tás aqui para jogar futebol ou para fazer festinhas à bola!? vê lá mas é se começas a jogar como tu sabes ou então vens para aqui aquecer o banco!”*

Escuto com admiração. Isto é que é o papel do treinador: intervir na altura própria com critica assertiva e incentivo através do desafio. O jogador tem que se sentir acossado. O treinador aguça-lhe os instintos através de um misto de enxovalhamento e reconhecimento das suas qualidades.

Ao meu lado uma adepta comenta: “bruto!”. Tento explicar-lhe o meu raciocínio. Responde-me com desdém: “oh senhor, as crianças tem apenas cinco anos!”. …


PS: aproveito para anunciar que iniciei actividade como empresário de futebol. Ainda não estou acreditado na FIFA mas já meti os papéis.



* este texto não é literal. Foi adaptado do original. Assim como uma tradução do francês “a la Ranys”.

segunda-feira, fevereiro 19, 2007

O NOSSO LIEDSON... MAS COM TÉCNICA!



Esta frase sensacional ouvi-a eu no Estádio da Luz. Referia-se, o adepto, claro está ao melhor jogador do Benfica: Miccolli.
De facto, estamos todos ansiosos por saber até que ponto é este jogador tão extraordinário como parece. Se nos lembrarmos bem dos jogos em que ele participou, são raros aqueles onde não se distinguiu como o melhor em campo. Basta ver o números de vezes é que coloquei imagens de Fabrizio nos meus posts. É incomparável o Benfica com Miccolli e o Benfica sem Miccolli. Sem desprimor para Simão, Luisão, Katsouranis, Rui Costa, Leo, Quim, Petit e N.Gomes. Miccolli faz diferença.

O jogo na Choupana felizmente resolveu-se. Se Nuno Gomes fosse um matador o jogo resolvia-se na 1ª parte. Ultrapassámos o Sporting para nunca mais nos deixarmos ultrapassar. Agora vamos em encalço do Porto! Foi um resultado muito importante, não se podia deixar fugir a oportunidade, não havia lugar a falhas, mais uma vez (embora com o Boavista... foi bruxedo).
E também era importante por causa do Dínamo. É muito importante não deixar escapar os oitavos de final...
Negativamente temos a nova (?) lesão de Rui Costa. É um golpe muito duro! A todos os níveis. Rui Costa assusta os adversários. Não repararam naquela jogada que ele, com a biqueira da bota tirou toda a equipa do Nacional da frente e atacou com um passe para N.Gomes que, muito bem dá de primeira para a esquerda, onde Simão isolado não cruza... Rui Costa é uma grande perda. Só espero que na segunda feira, com o Paços R.Costa possa ser titular.
Saúdinha
PS o título não é para provocar, é uma graça... Considero o Liedson um grande jogador. Aliás, julgo que faz com João Moutinho o par de grandes jogadores do Sporting. Mas o que se vislumbra de Miccolli... É outro nível... é com técnica...eh eh eh eh eh!

domingo, fevereiro 18, 2007

Porto 4 - crise 0?

Sem desprimor para com a Naval, a pergunta que deixo é esta mesmo, será que o Porto goleou a crise? Quero acreditar que sim, que este jogo com a Naval seja a mensagem clara que estamos a "golear a crise". A Naval acabou por ser o adversário ideal, para moralizar uma equipa rumo aos jogos da champions league com o Chelsea de Mourinho, revelou-se um adversário inofensivo que quase não incomodou Helton. Jesualdo surpreendeu ao apostar no losango do meio campo e ao colocar na ponta desse losango em apoio aos avançados Bruno Moraes. Não se deu mal e prova disso foi a excelente abertura de Moraes para Lizandro fazer o primeiro golo, dando alguma tranquilidade e dando rumo a um jogo que estava sem muita emoção.

A Naval tentava fechar-se o máximo que podia e quando isso acontece é dificil criar-se desiquilibrios, é preciso surgir um central, Pepe, a ir á linha como se de um ala se tratasse e fazer o centro para o 2-0, mais um golo para Lucho. Estava feito o resultado da primeira parte.
O segundo tempo começou práticamente com o 3-0, Lizandro novamente oportuno, solicitado por uma abertura de Postiga, que tem andado afastado dos golos, mas continua a contribuir para eles.

O resto do jogo não tem muito que se lhe diga tirando um remate de Postiga e do golo de Adriano que tinha entrado para o lugar de Lizandro, que marcara 2 golos, regressando também ele aos golos. Resumindo tudo correu bem desta vez, criaram-se oportunidades, marcaram-se golos, missão cumprida.

Já se prepara o jogo com o Chelsea, será concerteza um grande jogo, espero um Quaresma descansado e endiabrado também, mas como nem só de Quaresma vive esta equipa, espero que os jogadores do Porto não tenham medo do Chelsea, como sugeriu Mourinho com os seus "mind games", vamos antes respeita-los como grandes adversários que são mas não vamos ter medo.
Eles que venham. :)

quinta-feira, fevereiro 15, 2007

Notas Saltitantes

1. O Benfica continua a ter um futebol triste. O Fernando confirma-se incapaz de incutir nos mocos alegria e vontade de jogar. Excepcoes como o jogo contra o Boavista apenas servem para confirmar a regra. Companheiro, lamento, mas continuo a achar que estavas melhor na Grécia.

2. O Rui é um grande jogador e um grande Benfiquista (as suas lágrimas ficar-nos-ao para sempre na memória), mas a sua contratacao foi um erro de casting. Quer se queira quer nao a idade nao perdoa e tres ou quatro "passes/cruzamentos cirurgicos" nao chegam para compensar a lentidao causada pela sua presenca na equipa.

3. O Nuno também é muito bom rapaz e é também um grande Benfiquista. Decerto que ainda tem muito para dar ao clube em actividades ligadas ao Departamento de Relacoes Publicas ou como pivot do futuro Canal Benfica; para jogar à bola preferia que se apostasse antes no Derlei!

4. Somos a maior associacao desportiva do mundo, somos uma das marcas portuguesas mais prestigiadas, somos um dos 20 clubes de futebol mais ricos da Europa,.... o Benfica é um ganda clube (mai nada) e tem uma massa associativa fabulosa. A equipa devia corresponder mais!

segunda-feira, fevereiro 12, 2007

Peseiro Calimero

Começa a ser enfadonho o aproveitamento que a comunicação social faz de treinadores ressabiados com o Sporting. Com Octávio Machado nem vale a pena perder tempo, vocês sabem do que é que eu estou a falar.
Mas agora, quem anda à carga é o lampião desempregado José Peseiro: hoje, dá entrevista de quatro páginas ao Record em que, do princípio ao fim, mais não faz do que desfiar um chorrilho de argumentos de vitimização. Ele é um grande treinador mas, coitado, diz-se vítima de uma uma cabala, uma guerra de poderes movida pelos inimigos internos de Dias da Cunha.
Compreendo que Peseiro queira limpar a imagem de treinador frouxo, maricas, inconsistente e perdedor que deixou entre nós. Podia ter ganho tudo ao serviço do Sporting, é verdade. Mas como é maricas, não ganhou nada. Tem agora o descaramento de dizer que entrou na Luz, no célebre jogo em que o cotovelo de Luisão valeu um campeonato nacional, para ganhar. Deve pensar que somos todos desmemoriados.
Dos episódios de indisciplina, diz coisas fantásticas como esta: "Antes de mais, essa situação foi explorada de forma concertada e maquiavélica. (...) O Rochemback pediu-me desculpas perante os colegas e justificou que a expressão que usou não tem no Brasil a mesma conotação ofensiva que aqui se dá.". Para quem não se lembre, Peseiro estará a falar do célebre "Vai tomar no cú!" que Rochemback lhe dirigiu em pleno estádio do Dragão. É. No Brasil, isto quer dizer "Aí, meu irmão".
Onde quero chegar: deixem o Sporting em paz. Peseiro, ultrapassa. Aturámos-te muita incompetência. Sim, eu sou sportinguista e não gosto de ti. Por muitas entrevistas que dês, não te reabilitas ao meu olhar. Se queres chegar a treinador do Benfica, tenta outras vias. Continuares a desdobrar-te em "entrevistas Calimero" não me parece a melhor via.
Aos senhores jornalistas: já sabemos o que o homem pensa. Não chega já? A quem é que esta entrevista pode interessar? Irra!
PS. Bom fim-de-semana de futebol, este que passou. Golo "monumental" de Liedson, vitória folgada do Sporting e um ensuredecedor silêncio de tripeiros e lamps, aqui no RdJ. Há segundas-feiras "futebolísticas" assim, quase perfeitas.

terça-feira, fevereiro 06, 2007

Força Selecção

segunda-feira, fevereiro 05, 2007

Manual "How to score goals for dummies"

A pedido do El Coelhone (V. post anterior), aqui deixo o tal manual. Espero que ajude, se bem que me parece que neste manual tanto há golos para "dummies" como golos para génios do futebol (sim, estou a falar do Liedson e "daquilo" fabuloso que ele fez).

A normalidade do momento

Parece que agora a normalidade no FCP é perder jogos, não sei o que se passa, ou melhor até sei, não se marcam golos e como há muito se diz quem não marca arrisca-se a sofrer. Foi assim em leiria, acabou por ser assim também neste fim de semana. Se já com o Atlético a humilhação foi grande, agora com o Estrela foi ainda maior na medida em que o treinador "pediu" que os adeptos acorressem ao estádio para apoiar a equipa, resultado saiu-lhe a fava e teve assobios.

Há dias assim, o Benfica ainda este fim de semana também teve um, atacou rematou e a bola foi para todo o lado menos para dentro da baliza, já o jogo do Sporting até pde dar um case study sobre os efeitos de um golo irregular. E já agora parece que anda por aí também um "sindrome do apito dourado", agora para não serem acusados de nada os senhores árbitros até ja marcam fora as faltas que foram dentro da área, na dúvida é melhor não dar a favor do Porto em caso algum não vá aparecer uma investigação qualquer. Mas é o que temos e é com isso que temos de contar.

Espero que esta fase má se acabe e se instale de novo o bom futebol e se afine a pontaria, mas se calhar, pelo sim pelo não, é melhor arranjar um daqueles manuais amarelo e preto, "how to score goals for dummies". :)

Nuno Gomes, mas em Bueno

domingo, fevereiro 04, 2007

Fintar o destino: estamos candidatos

Um quarto de hora do fim. A derrota surgia inapelável. Após tantas vezes “morrermos na praia” não acreditava que desta vez seria diferente. Até o penalty, Liedson falhara, não havia hipótese. Sporting na mó de baixo.
No entanto, a equipa estava a fazer um bom jogo. Dando razão à euforia que se vivia em Alvalade, devido ao resultado dos outros (0-0, Benfica na Luz, 0-1, Porto no Dragão) ninguém acreditava que não ganhássemos à nossa “besta negra”, o Nacional, e a equipa como que confirmou, fazendo 10’ de bom nível com Yannick desde logo a mostrar que estamos já diante de uma verdadeira pérola. Rápido com a bola e sem ela, deu aos ataques do Sporting uma vivacidade e criatividade que têm andado ausentes. Mas não houve golo. O Nacional treinado por um dos bons treinadores portugueses, o Carlos Brito é uma boa equipa de futebol: sabe defender, atacar e controlar o jogo. Acabaria por inaugurar o marcador, fazendo com que um frio gelado invadisse subitamente o estádio, ainda antes da meia-hora. O ritmo de jogo continuava de construção de ataque do Sporting e, agora com maior controle dos madeirenses. A continuar a jogar e a produzir ataques, com tranquilidade, o golo acabaria por aparecer, pensei. Mas tranquilidade, é uma palavra, o difícil é implementar o seu significado. E Carlos Martins e Nani não demonstraram saber fazê-lo. A falta de confiança que se gera de fora para dentro, sempre nestas situações ameaçava o pior. O intervalo chegou com o resultado desfavorável.
No futebol só os golos contam. Aquilo que se faz para os obter depende muito do resultado que se verifica em cada momento. Já manifestei a minha opinião, que é mais difícil jogar em futebol de ataque continuado, (também defendendo) quando “se corre atrás do prejuízo”, do que jogar a favor do resultado, controlando e aproveitando os espaços nos ataques rápidos. Mérito há sempre para quem está a ganhar, ao intervalo e fora, e logo mérito inquestionável dos da Madeira.
O que se exigia do Sporting? Sobretudo não desistir. Sem a chamada sorte do jogo, era necessário sacudir esta fatalidade. E no segundo tempo continuei a acreditar, a equipa fazia-me acreditar, mesmo quando tinha que defender e pressionar o adversário. Nunca vi desunião nem falta de espírito de equipa. Isso só vi nas bancadas. Paulo Bento mexe. E arrisca: Yannick recua, Bueno entra como ponta de lança plantado na área (sai Martins), e entra Pereirinha para o miolo (por Tonel, já com o amarelo), alterando por completo o meio-campo. Veloso recua para a posição de central e Moutinho fica, ainda mais, a organizar todo o jogo do Sporting. Adulto, (a jogar à mais de 50 jogos) Moutinho, ainda assim impressiona pelo ritmo, força, esclarecimento e certeza no passe: é o nosso capitão, espero pelos próximos anos.
A diferença entre ganhar e perder, no futebol é por vezes tão ténue; se tivéssemos um golo, não desperdiçássemos mais oportunidades tudo podia ainda virar. Encurtar significativamente a distância ao líder FC Porto e a resposta rápida à ultrapassagem do Benfica estava à mercê: bastava ganhar. E, em jeito de expoente máximo de emotividade, temos à hora de jogo, um penalty a nosso favor (forçado, erro do árbitro). Com o falhanço de Liedson, ao estilo de Beckham, deixei de acreditar, (verdadeiramente só ficou aquela esperança “espúria”). Como sempre o futebol surpreendia “tragicomicamente”. O Benfica iria ganhar 1 ponto a Sporting e Porto.
Pessoas saíram do estádio. O manto pesado da tristeza, mágoa e revolta era abafador. Sempre esta fatalidade.
Paulo Bento inventou: faltavam pouco mais de 20’ e, “aproveitando” uma lesão de Tello altera a táctica: 3-4-3. Os três centrais, com Caneira à direita e Veloso à esquerda, Polga no meio, e três avançados, pois Romagnoli fez subir Yannick. O tudo por tudo.
Um quarto de hora do fim. A derrota surgia inapelável.
Mas que quinze minutos! 5 golos, à média de 0.3 golos/minuto, fez o delírio de Alvalade. Bueno, um panzer, saltou com tudo para fazer o golo do empate (em falta que até no Estádio se viu, no maior erro da arbitragem), fez o 2º numa magnifica jogada de envolvimento com Romagnoli a assistir, o 3º é uma obra-prima naquele chapéu-alto de calcanhar de Liedson, o quarto, o culminar de um contra-ataque com uma primorosa assistência de Yannick para Bueno fazer o hat-trick e o fecho de ouro, com Liedson a dar a Bueno, “El loco” a oportunidade de brilhar como nunca, tirar o guarda-redes do caminho, desviar dois defesas e com o pé esquerdo fazer o poker, 4 golos!
Afinal a sorte madrasta não estava connosco. Grande vitória, a dar motivação extra e a pressionar enormemente o Porto. Este sobe-e-desce de emoções é o espectáculo do futebol. É verdade que estávamos na mó de baixo, como dizia o Alex. Agora somos candidatos reais. E, após jogos fracos (em Belém foi muito mau) espero que a equipa se mantenha fiel à sua personalidade: disputar cada jogo como se uma verdadeira final. Só assim se luta pelo título. E nós bem o sabemos, porque nos últimos 3 anos, fomos nós que lutámos até ao fim, sem nunca o ganhar, mas já temos cada vez mais experiência, pese embora a juventude da equipa. Pereirinha não engana e pode ter um peso fundamental nesta equipa. Yannick nas suas “amarelas” pode vir muito em breve a tornar-se um caso muito sério. Para mim foi ontem o melhor jogador do Sporting, tirando o caso excepcional de Bueno, que provou ser também uma boa opção. Próxima jornada (após a Taça, que queremos estar nos quartos de final após Pinhanovense) será com o Paços, de amargas memórias. Já não perdem no seu estádio há mais de um ano. Mas por aqui passa o título. O Benfica visitará o Nacional, enquanto o Porto recebe a Naval. Entretanto terão as competições na Europa.

RIVALIDADES. O ALIMENTO DO JOGO!

É interessante conhecer as causas que originaram certas rivalidades no futebol português. É que há rivalidades imortais, aquelas, cuja origem se perdem na bruma do tempo, mas que permanecem, sempre de forma renovada.
Todos conhecemos a grande rivalidade entre o Benfica e o Sporting, tendo o nascimento do Sporting originado essa eterna rivalidade. Mas há outras, locais, regionais ou nacionais.
Serve isto a propósito de termos assistido a mais uma rivalidade emergente entre o Belenenses e o Gil Vicente, surgida da queda de divisão do Belenenses, que se queixou dos gilistas, a propósito da utilização de Mateus e deu origem ao que todos sabemos. Agora, com a fuga de Carlitos de Barcelos, com a passagem mal contada pela Madeira e com a chegada ao grande inimigo, o Belenenses, temos mais dois Emblemas que serão inimigos fidagais. A rivalidade é, em si, uma coisa saudável, faz aumentar a adrenalina em cada contenda, mas Carlitos vai ficar para a história de Barcelos, e do Gil, como o grande traidor.
Outra rivalidade emergente é entre o Sporting e o Nacional da Madeira. Desde as bocas de Rui Alves, quando não quis deixar P. Assunção e depois Adriano para o Sporting, pois não podia reforçar equipas do mesmo campeonato, que estes dois clubes tem uma história particular. A primeira batalha foi na última jornada da época 2004/2005, onde depois de ter perdido o Campeonato para o Benfica e a Taça UEFA para o CSKA, o Sporting também perdeu a entrada directa nas Champions, ao perder com este Nacional por 4-2! Este jogo, que custou mais do que à primeira vista possa parecer, uma vez que sem essas receitas, o Sporting se viu numa situação grave, que teve de renegociar as suas dívidas e terminou no processo actual de venda de património.
Essa desfeita, foi, talvez, vingada ontem com a goleada por 5-1. Mas a rivalidade conheceu mais um episódio e manter-se-á.
Saúdinha

Jornada buena

O futebol é estranho...
O Sporting andava na mó de baixo, depois de dois empates na Liga. Em Belém jogámos mal. No Bessa merecíamos ter ganho, mas um penalty fortuito, juntamente com uma expulsão escusada, dificultaram enormemente a tarefa.
O Benfica estava eufórico, com um início de ano com resultados fulgurantes. Vitórias num torneio no Dubai e frente à Académica e ao Belenenses, acompanhadas por uma subida ao segundo posto, faziam com que os habitantes do Lampionário, esse planeta tão cheio de lágrimas amargas e de visões megalómanas, se enchessem de empáfia e proclamassem, mais uma vez, a menor valia do Sporting e o excelso valor das águias. O facto de, em dois jogos no Dubai, terem feito zero golos, e de terem sido dominados de forma quase avassaladora por academistas e belenenses, não os detinha. A eficácia do ataque benfiquista permitia-lhes cantar de galo, mesmo que durante 80 minutos em cada jogo se curvassem e amochassem.
O FC Porto era um caso à parte. Melhor plantel da liga, melhor ataque, melhor defesa, campeão nacional, único representante na Liga dos Campeões, muito bem servido no mercado de Inverno. 2007 começava bem. O pior é ter de provar tudo isso semana a semana. Derrotas com o Atlético e com o Leiria surgiram apenas como acidentes de um percurso inevitavelmente vitorioso, teoria bem resguardada na catrefada de pontos de avanço sobre os rivais de Lisboa.
Em dois dias tudo mudou. O Benfica, irreconhecível perante mais de 50.000 espectadores, fez um jogo brilhante. Dominou, atacou, rematou, controlou, brilhou. Mas a bola não entrou... exactamente a antítese dos últimos jogos!
O FC Porto não jogou mal. Atacou, não conseguiu marcar. Depois dos 90 minutos, Anselmo marcou o golo que gelou o Dragão. Jesualdo tem de se mexer.
Para o Sporting sobrava a oportunidade de reequilibrar as contas desta Liga, levando de vencida um Nacional aguerrido, bem comandado por Carlos Brito. As coisas não corriam bem, aos 75 minutos estávamos a perder por 0-1, depois de Liedson ter falhado um penalty. Mal marcado, ainda por cima! Os fantasmas que assombram Alvalade nos momentos-chave pareciam ter marcado presença novamente, e o cenário era sombrio. Eis senão quando aparece um festival de golos de Bueno. Nada mais nada menos que 4 golos no último quarto-de-hora, que mudaram a feição da Liga e ficarão na memória e na alma sportinguista durante muitos anos. Aos 75 minutos, quem diria que isto iria suceder? O futebol é mesmo estranho...

sábado, fevereiro 03, 2007

ISTO É FUTEBOL! FRENÉTICO E ALICIANTE!

Mais um emocionante espectáculo que o Benfica ofereceu aos 50 222 adeptos presentes ontem na bela Catedral. Infelizmente, este teve um triste final.

De facto num jogo em que o Benfica atacou muito e bem, em que criou oportunidades de golo suficientes para ganhar todos os jogos até ao Natal do ano que vem, a bola não entrou uma única vez na baliza de William.
Não se pode acusar os jogadores, nem o treinador, nem o público. Todos fizeram o que deviam. Isto é futebol! E independentemente, das jogadas, dos remates à baliza, das defesas do guarda-redes, das bolas que batem na trave,… só vale quando a bola entra! Quando não entra… não vale nada!
Evidentemente, que ao rebobinarmos o filme, vemos dúzias de bolas que só não entraram porque a Deusa não quis, talvez compensando as vezes em que o Benfica foi muito eficaz (nomeadamente no último, com o Belenenses). Com este jogo, ficamos a haver bastantes jogos cheios de eficácia!
Mas o que quero vincar, é que o futebol também é bonito quando, apesar do resultado não nos sorri, vivemos apaixonadamente, um confronto entre duas equipas que dão tudo o que têm e o que podem, quando o público aplaude, incentiva e puxa dando um ambiente único a este maravilhoso jogo. Quando ninguém vem falar da arbitragem, falando em habilidades, em nomeações, em cartões, em simulações… Quando não se acusa a outra equipa de anti jogo, ou de só jogar à defesa.
Assim é bonito, isto é futebol. I love this game!
Quanto ao Benfica, ontem fez uma bela exibição. Simão esteve a grande altura, bem acompanhado por Leo. Nuno Gomes e Katsouranis ainda hoje devem estar a bater a cabeça nas paredes pois, que me lembre, só à conta deles perdemos 7 golos! Derlei estreou-se. Pouco se pode dizer, apenas que é uma boa alternativa, principalmente para o 4-3-3.
E o Campeonato? Foi pena. Imediatamente depois de conseguirmos ganhar três pontos…perdemos dois! Foda-se!! Uma tirada à Mourinho seria dizer que, neste momento já temos um ponto mais à frente, estamos a 4 do FC Porto e 2 à frente do Sporting...
Mas o campeonato não está entregue. Contem connosco! Estamos na luta do título. Miccolli, regressa depressa, fazes muita falta. Esta equipa com Miccolli é extraordinariamente forte!
Saúdinha