sábado, setembro 29, 2007

Nulo...certo


Soube a pouco, este empate, embora o resultado espelhe bem o jogo. A equipa do Sporting foi, sempre mais arrumada, mais forte, mesmo quando foi obrigada a defender. Tivemos oportunidades (poucas) mas foram desperdiçadas e o nulo manteve-se. O jogo foi mexido, mas ambos os treinadores preocuparam-se em primeiro lugar com a segurança defensiva. Ainda assim, o Benfica no inicio foi mais perigoso, mas pouco a pouco, o Sporting foi tomando conta do jogo. Romagnoli, sobretudo, foi a gazua que abria a defesa contrária, mas Yannick e, sobretudo Vukcevik, não traduziram em golo o ascendente da primeira parte.

2ª parte muito equilibrada, com a emoção do golo espreitando nas duas balizas. Pena foi o rendimento abaixo do habitual de Moutinho e Liedson que debilitou a equipa. A altíssimo nível continua Polga e também o já mencionado Romagnoli. Da parte do Benfica, Rui Costa criou perigo num remate de longe que Stojkovic defendeu para a recarga de Nuno Gomes que falhou a centímetros do poste; foi a grande oportunidade deles! Também deu nas vistas C. Rodriguez, o “cebola”.

Paulo Bento ainda lançou Celsinho (mal se viu), e continua a construir uma equipa forte que sabe bem o que fazer em cada jogo, e será, certamente, candidata à vitória final. Estamos a 7 pontos do Porto, é uma distância que não pode ser alargada (e aí aumenta a pressão) mas temos apenas dois maus resultados: derrota no dragão e empate com o Setúbal. No calendário já visitámos os outros candidatos. Continuemos com tranquilidade, sabendo que o próximo jogo é fundamental (Guimarães).

Um derby tem sempre alguma polémica. É indiscutível que os critérios de arbitragem foram diferentes na Amadora e na Luz: o assistente avisa o árbitro que viu penalty, e num caso o árbitro aponta, enquanto no outro lança “bola ao solo”. Será tema de discussões intermináveis.

Aproxima-se o jogo de Kiev. Somos capazes de lá ir ganhar. Acreditem leões.

segunda-feira, setembro 24, 2007

Balde de água gelada

Quando, no minuto 90, a bola, delicadamente, suavemente, passou centímetros ao lado do poste esquerdo, rematado pelo “comprido” Purovic, o suspense que durou toda a 2ª parte terminou. Afinal o final não seria feliz. Castigo severo para uma equipa que durante a maior parte do 1º tempo não teve a garra leonina do costume, que deixou andar, adormecida no seu convencimento de superioridade, de que a vitória chegaria. Que raio de costume, só em caso de extrema necessidade (a perder) é que vamos “para cima deles”!! Lembram-se do Sporting na parte final da temporada passada? Os resultados devem ser construídos logo a abrir, como muito bem se fez o ano passado.

E a equipa até entrou bem no jogo. No primeiro quarto de hora encostámos os sadinos na sua área, atacámos pelas alas (Vukcevic na esquerda) e ganhámos cantos. Mas foi apenas uma promessa. Cedo optámos pelo facilitismo do jogo directo (não houve progressão pelo chão) e pelos cruzamentos a ¾ do campo, sem perspectiva de sucesso. Ou seja, não causámos perigo, nunca houve verdadeiras oportunidades de golo (excepção ao remate de Moutinho, com defesa do guarda-redes setubalense), mas a “facada” do 0-1 à beira do intervalo foi demasiado.

Enfim, Paulo Bento mexeu ao intervalo (se não me engano, uma estreia) e tirou o “dorminhoco” Farnerud, que aparentemente não sabia exactamente a sua posição e vagabundeou pelo campo, ao sabor … das ondas, entrando Romagnoli, para “nº 10”, e fez entrar Izmailov para o lugar de Gladstone (descendo Veloso a central e Moutinho para médio recuado).

Como foi dito, a história da 2ª parte teve final infeliz mas o “enredo” foi completamente diferente, para melhor. A atitude e a garra demonstrada, permitiram que a equipa jogasse com velocidade e objectividade; oportunidades de golo sucediam-se com uma cadência elevada, mas “só” aos 15’ conseguimos o empate (penalty de Moutinho), e a “certeza” da vitória percorreu todo o Estádio, pela forma como dominávamos o jogo. Entrou Yannick por Vukcevic, e a bancada não gostou da saída do montenegrino, um dos melhores.
Mas o futebol teima em surpreender-nos, e aqui reside a sua fantástica atracção, nunca há certezas; aos 75’, completamente contra a corrente do jogo, num remate de fora da área, Stojkovic foi mal batido (“frango!”), mesmo concedendo que a bola o atraiçoou ao bater na maltratada relva! Balde de água gelada!

Mas a reacção foi de autênticos leões; a equipa não aceitou a infelicidade e numa jogada de insistência pela direita, Abel (mais uma vez, pois a falta que deu o penalty foi sobre ele) cruzou com “peso, conta e medida” para Purovic se estrear a marcar, de cabeça, ele que já começava a exasperar o público, com a sua ineficácia para ganhar bolas, especialmente de cabeça.

E o 3-2 esteve à vista, aos 90’. Seria fantástico, mas a sorte nada quis connosco. Moutinho foi inacreditável é um jogador extraordinário. Polga tem estado também a alto nível, Abel muito bem neste início de época, e Ronny tem surpreendido pela positiva. Veloso tornou-se fundamental e Romagnoli é cada vez mais importante. Vukcevic é o que mais tem demonstrado ser um verdadeiro reforço e apenas o ataque não tem estado ao nível: Liedson tem sido irregular (e simulador contra o Manchester) e Purovic ainda não se ambientou à forma de jogar, mas estreou-se a marcar, o que foi importante.

Assim, o Porto segue já com um avanço tranquilo, aproveitando um início irregular do Sporting. Após a derrota no Dragão, vencemos o Belenenses (Moutinho falhou um penalty), mas Liedson resolveu, e não demos hipóteses na Amadora (0-2), podendo chegar facilmente à goleada (2 golos anulados e dois penalties perdoados). Agora este empate com o Setúbal, após a estreia com mau resultado na Champions contra o Manchester, acaba com um certo estado de graça e aumenta a exigência nos próximos jogos de grau de dificuldade máxima: em Guimarães, Taça da Liga, depois a visita ao vizinho-rival Benfica e por último uma viagem decisiva à Ucrânia. Cada jogo é um risco, mas isso são os “ossos do ofício” de um grande clube como o nosso. Sem medos.

terça-feira, setembro 18, 2007

"MÁXIMO RESPEITO. MÁXIMA ILUSÃO."


É isso mesmo, mister Camacho. Respeito, humildade, trabalho. Sabemos que estamos a jogar com o Campeão da Europa. Mas com toda a ilusão. Com toda a ambição. Vontade de ganhar.



É só isto que queremos. Sabemos que a qualificação para os oitavos de final não depende deste jogo. Essa, vamos discuti-la com o Shaktior e com o Celtic. Desse ponto de vista este é o jogo mais fácil. Não temos nada a perder.



Vamos espantar a Europa. Eu tenho confiança.



Saúdinha

Da arbitragem

Não costumo falar das arbitragens, não gosto de focar esse aspecto do jogo, revoltam-me as pessoas que apontam o dedo aos árbitros. Mesmo com o Apito Dourado, continuo a confiar na honestidade da maioria.
No entanto... não consigo resistir a colocar aqui a minha perplexidade pelo que por aí se tem passado. Não vou falar dos 2 penalties por marcar na Amadora, nem dos foras-de-jogo. O Sporting ganhou esse jogo, marcou 2 golos em jogo, 2 aparentemente fora-de-jogo e ainda deu para um penalty se reverter contra o jogador que foi atropelado na área. E isso tudo antes do intervalo!
O que me deixa espantado ainda é o tema do passe-corte de Polga que Stojkovic agarrou. Mas também não me vou enredar na discussão gramatical do texto, se o "deliberadamente" é com o pé ou é com intenção, como já li por aí em alguns blogs, ou se os passes constituem falta e os cortes não. Esses temas deveriam ser claros, objectivos e cristalinos, logo, sem necessidade de discussão. Quando surgisse alguma dúvida, os especialistas deveriam analisar, debater e depois explicar e divulgar.
Em Portugal, é tudo ao contrário. O árbitro que tomou aquela decisão (e repito que não quero discutir aqui o mérito da decisão) veio a terreiro defender-se - o que acho louvável - afirmando que "a lei é clara e objectiva - passe com o pé é falta" (cito de fraca memória). Bom, se há algo que essa lei não é, é clara e objectiva. E tendo o árbitro em questão sido o melhor classificado da época passada, dá que pensar no grau de conhecimento que os árbitros têm das leis que aplicam.
Mas enfim, felizmente há outras estruturas no futebol português que podem esclarecer a questão, pois com tudo o que se escreveu na altura só deu para chegar a uma conclusão - é fundamental o esclarecimento, tanto até que na jornada seguinte, num lance decalcado daquele do Dragão, mas em que o beneficiado seria o Sporting, o árbitro não aplicou a lei da mesma forma.
Ora, como as leis se fizeram para que o jogo não fosse regido de forma arbitrária, seria importante um esclarecimento. E o esclarecimento veio: "um chuto com o pé para o guarda-redes pode ser falta". Cito com má memória, mas o "pode" assinalado a bold estava lá. Não era "deve", nem "tem", mas sim "pode". Umas vezes sim, outras não, deixa-se ao simpático critério do árbitro de ocasião. Pode ser que sim, mas também pode ser que não. Que belo serviço prestado à arbitragem!
Este fim-de-semana foi marcado por mais um episódio desta lamentável história. Parece que o chefe dos árbitros finalmente esclareceu que afinal não é "pode" e sim "tem". Tem de ser falta. Óptimo. Concorde-se ou não, fica pelo menos clarificada uma das regras do jogo. Mas atenção! Esclarecem-se os árbitros, mas não se esclarecem os outros participantes. Garantir que os participantes num jogo não conhecem as regras todas assegura espectáculos melhores, como se sabe. Esclarecer a interpretação de uma regra sem informar os clubes e os jogadores é de um ridículo atroz. Que belo serviço prestado ao futebol!

terça-feira, setembro 11, 2007

VAMOS SAÍR DO LIMBO?


Daqui a 24 hrs a selecção de Portugal chegará ao céu, descerá aos infernos ou…permanecerá no limbo. Isto consoante o resultado com a Sérvia seja a vitória, a derrota ou o empate.
Desde 96 que Portugal está nas fases finais das maiores competições de futebol com a excepção do França 98. No Euro 96 em Inglaterra fomos eliminados pela R. Checa pelo sádico chapéu de Poborsky ao Vítor Baía já nos quartos de final. No Euro 2000 na Holanda/Bélgica caímos na meia final perante a França com o penalty de má memória de Abel Xavier. No Mundial 2002 na Coreia/Japão fomos humilhados pelos USA e Coreia do Sul. No nosso Euro 2004 perdemos a final com os surpreendentes Gregos. E, finalmente, no Mundial 2006, na Alemanha apenas tombámos na meia final com um penalty oferecido pelo Ricardo Carvalho.
Com estes resultados, a selecção de Portugal é hoje uma das potências do futebol mundial, estando nos últimos anos sempre entre as primeiras selecções do Mundo, segundo a classificação da FIFA.
Com jogadores que jogam nos melhores clubes do mundo como o Man United, Barcelona, Valência, Juventus, Chelsea, Estugarda, W.Bremen, At. Madrid, etc, a selecção de Portugal bate-se com as melhores selecções do Mundo.

Perante isto como explicar a dificuldade desta qualificação para o Euro 2008? Com um grupo aparentemente fácil, selecções que estão muito abaixo da nossa no ranking da FIFA, é dificil de compreender o sério risco de perdermos essa qualificação, caso não ganhemos amanhã à Sérvia. Seria o inferno.

No jogo com a Polónia tivemos o momento de decidirmos a qualificação. E a verdade é que quando se continua a dizer que nos próximos jogos é que vamos conseguir, e vamos deixando passar essas oportunidades sem ganhar… Era o jogo da Polónia que devíamos ter ganho. Agora estamos no limbo. Porque falhámos?

Foi azar, concordo. É futebol. A Polónia não jogou o suficiente para marcar um golo quanto mais dois! São coisas do futebol. Aos 87 minutos, depois de conseguirmos virar o resultado, aquele golo assombrado… Mas para além disso, que é verdade, que é futebol, temos que tentar perceber o que permitiu que os polacos tivessem essa sorte.
Na minha opinião Portugal está a jogar na base do individualismo. Passa-se a bola ao Ronaldo e ele faz as jogadas. Ou ao Simão. Ou ao Quaresma. Ou ao Deco. Ou espera-se um grande remate do Deco, ou do Petit. Ou do Manniche. Portugal tem que ser antes de tudo uma equipa de colectivo. E as individualidades aparecem nesse colectivo. Contra a Polónia faltou muito colectivo. E depois, quando fizemos o segundo golo, sentiu-se a equipa a recuar, a querer acabar o jogo. E Scolari também passou essa mensagem com as substituições operadas. Sentiu-se que a equipa só queria segurar o jogo. E, como acontece tantas vezes, a equipa que só defende, sofre.

Amanhã é outro dia e espero que a equipa tenha outra atitude, outra confiança. Temos que ganhar, para estarmos no Euro. Já ninguém aguenta ver uma fase final e ter de escolher outra selecção para torcer.

Na minha opinião a equipa poderia ser: Ricardo, Bosingwa, J. Andrade, F. Meira e Miguel; Raul Meireles, João Moutinho; Ronaldo, Simão e Quaresma; Nuno Gomes.
Seja a equipa que for: GANHEM!

Saúdinha

sábado, setembro 01, 2007

ORGULHO NACIONAL II



Obrigado Campeã do Mundo!