quarta-feira, novembro 08, 2006

ARBITRAGEM ÚNICA


Fui surpreendido por uma notícia acerca da arbitragem de Paulo Costa num jogo na Ucrânia entre o S. Donetsk e o Dínamo Kiev. Aparentemente não existem árbitros de nível para os jogos mais difíceis da Ucrânia.
É uma ideia brilhante!
Porque não alargar este conceito a toda a Europa? Sabemos a suspeição que existe entre nós acerca dos árbitros. Naturalmente que os árbitros portugueses gostam de futebol e é normal que tenham as suas simpatias futebolísticas por algum dos grandes cá do burgo. Sabemos que os árbitros estão envolvidos com todos os agentes do futebol, que sofrem pressões de todos lados e que muitas vezes o estado de permanente tensão que transportam para os estádios não lhes permite libertarem-se dessas pressões e ficam condicionados, ora para demonstrar que são isentos ora para não afrontarem outros.
Se um árbitro não estivesse por dentro, não convivesse com as guerras que existem no nosso futebol, acredito que estaria muito mais concentrado no seu trabalho e a suspeição do mundo do futebol seria muito menor. Ninguém imagina que Pinto da Costa convencesse um árbitro checo da qualidade da sua “fruta” pois não?
Assim, porque não uma Comissão de arbitragem Europeia? Quando em quase todos os sectores se defendem mercados únicos, porque não uma arbitragem europeia? Penso que traria mais paz e transparência ao futebol.
Que pensam disto?
Saúdinha

7 Comments:

Blogger MMS said...

Acho brilhante a escolha do Paulo Costa... e vá lá, vá lá, o António Costa já se reformou!

quinta-feira, novembro 09, 2006 11:40:00 da manhã  
Blogger El Ranys said...

Lamneto, mas não estou de acordo.
Ou pensarás tu que a corrupção e a suspeição é um fenómeno exclusivamente português?
Não será mais fácil ao FC Porto (é só um exemplo que, não sei porquê, me ocorreu) oferecer "frutinha" e "quinhentinhos" a um árbitro, digamos, ucraniano ou romeno, do que a um português?
O português, ao menos, conhecemos,sabemos quem é, conhecemos-lhe o "histórico", as inclinações e simpatias.
A investigação sobre eventuais fraudes encontrarão mais indícios, masi pegadas, se os árbitros forem portugueses.
Assim, constituir uma "Comissão Europeia de Arbitragem" parece-me um erro grave.

quinta-feira, novembro 09, 2006 2:36:00 da tarde  
Blogger Alex said...

Urubex, não considero que a profissionalização seja a solução miraculosa, embora não esteja contra. A questão mais importante é a independência, quer dizer a questão da arbitragem saír da Liga, pois a Liga são os clubes, e é para mim evidente que um juiz não deve depender de uma estrutura dos seus "julgandos".
El Ranys, como se percebe discordamos. As razões que apontas para defender o combate à suspeição, o histórico, as inclinações e simpatias são as razões que considero como causas para essa suspeição. E não, El Ranys, não considero que a suspeição e corrupção seja um fenómeno exclusivamente português.
Saúdinha

quinta-feira, novembro 09, 2006 3:18:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Cheira me a esturro.Serà que as màfias do leste jà alinham no esquema da fruta e do cafè com leite? Serà que o Pintinho e seus acólicos, mais orelhudos e o cabeça de gel jà espandiram o negócio là para as bandas da Rùssia?
"Bergen Op Zon."

quinta-feira, novembro 09, 2006 5:37:00 da tarde  
Blogger El Ranys said...

Nesse caso, porque não consegues imaginar "Pinto da Costa a convencer um árbitro checo da qualidade da sua fruta?"
Porque, na República Checa, a fruta é melhor?
Afinal, em que ficamos?

Aliás, a ideia ucraniana de convidar um árbitro português para o derby nacional foi tão "brilhante" (como lhe chamas) que Paulo Costa tinha milhares de adeptos à sua espera para lhe fazerem a folha à saída do estádio. Houve incidentes e agressões e só uma vigorosa intervenção policial conseguiu garantir a integridade física da equipa de arbitragem. Acho que, mesmo assim, não escapou sem umas "bolachas".

É mais fácil resolver internamente o problema da nossa corrupção na arbitragem. Com mais transparência. Assim haja vontade. Devo dizer-te, aliás, que tenho muita fé naquilo que Vitor Pereira, novo presidente da Comissão de Arbitragem da Liga, possa fazer para combater todo este clima.
Outra coisa que podia ajudar a resolver o problema era, no Benfica, por exemplo, dizerem ao José Veiga para se calar de vez. E, aí, até sei que estás de acordo comigo.

O problema não são os árbitros portugueses. O problema, como denuncia o Sporting há anos, é o "sistema". Sim, esse, de que vocês se riem tanto. É com isso que é preciso acabar.

quinta-feira, novembro 09, 2006 5:43:00 da tarde  
Blogger Alex said...

Eu consigo imaginar PC (não estou a difamar só personifica a tese)a oferecer fruta a um ucraniano ou checo ou espanhol ou italiano e até a um alemão. Considero que é mais simples fazer isso a quem se conhece, se calhar a terra dele e os seus amigos, que possivelmente já almoçou com as familias...
O mau desempenho de Paulo Costa na Ucrania não é relevante para a discussão. O que me parece, é que o sistema de que falas tem que ser alterado e isto é uma forma de alterar o sistema, não só em Portugal mas na Europa. E isso trazia benefícios. Haveria um aumento de custos mas quanto à independência dos árbitros não tenho dúvidas.
CALA-TE VEIGA. VAI PRÓ TEU CLUBE!
Saúdinha

quinta-feira, novembro 09, 2006 10:38:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Eu gostei de saber que foi um árbitro português para a Ucrânia. Só tenho pena que ele tenha voltado e que não tenha levado mais com ele.
Cumps

quarta-feira, dezembro 06, 2006 1:51:00 da manhã  

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