Raymond Domenech
Estou ainda a pensar na melhor forma de começar esta posta, uma vez que pretendo abordar uma matéria complexa, que tenho a certeza me fará atravessar a fronteira do "blog de futebol para pessoas civilizadas". Perdoar-me-ão os meus companheiros aqui do RdJ, mas o que tem de ser tem muita força. Começo, então, pelo nome do alarve: Raymond Domenech. Treinador da grande equipa que nos eliminou nas meias-finais do Mundial.
Quero, desde logo, dizer o seginte: não embarco no coro dos coitadinhos, de que somos um "país pequenino", "patinho feio", que nos queriam "por fora do mundial"...
Portugal fez um capeonato digno, sem brilhantismo mas com muita raça e querer. Não fomos, não somos, pequeninos. Somos grandes, enormes, e só quando entendermos isso chegaremos "lá".
Não acho, também, que tivéssemos sido prejudicados pela arbitragem. O penalty que deu a vitória a França existiu, apesar de não ser escandaloso se não fosse assinalado, até porque o francês se atirou, inteligente e nitidamente, para a piscina.
Não existiu qualquer penalty sobre Cristiano Ronaldo que - também nitidamente, mas de forma menos inteligente - se atirou para a piscina, mas sem causa suficiente para isso.
Portugal fez (ainda falta um jogo) uma bela campanha neste torneio. Fui ver ao vivo, na Alemanha, três dos jogos desta gloriosa caminhada (Irão, México e Holanda) e se entendo que a nossa selecção, em termos de futebol, nunca terá sido brilhante, ainda assim vivi intensa e apaixonadamente cada segundo de jogo. Chegámos onde chegámos com mérito, querer e muita garra. Tentar apoucar isso, dizer que os nossos jogadores são "rafeiros", "fitosos", "provocadores", "manhosos", é revelar muito medo da nossa selecção. Pode até tolerar-se, como aquilo a que se convencionou chamar "mind game", antes de um jogo.
O que é intolerável é, depois desse mesmo jogo, não se saber ganhar. Ficar no acesso aos balneários para insultar os jogadores da equipa adversária, como parece ter acontecido no caso de Raymond Domenech, merece todo o repúdio.
Os franceses são useiros e vezeiros nos assomos de chauvinismo. Domenech não é excepção. Um javardo sebento, é o que é. Espero, muito sinceramente, que os italianos lhe espetem quatro batatas na baliza, para ver se aprende alguma coisa acerca do respeito que é devido às pessoas, a todas as pessoas não francesas, a uma equipa adversária e, até, a todo um povo que faz da selecção a sua bandeira.
A mensagem que quero deixar (e que, com muita pena minha, acho que Domenech nunca vai ler) é:
Raymond Domenech, vous êtes un porc sale. Apprenez à respecter d'autres, si vous voulez être respectés, cul stupide.
3 Comments:
Ena!
L'hôpital qui se moque de la charité
Pour que ton insulte ait plus d'impact, je te propose une petite correction, en bon français.
"Raymond Domenech, vous êtes un sale porc. Apprenez à respecter les autres, si vous voulez être respecté."
Pour la fin, désolée mais il faudra trouver autre chose, parce que "cul stupide", ça n'existe pas en français.
Estou-me a cagar para o bom francês, cara Sabine, mas obrigadinho na mesma (já agora, como vai o teu português?). E essa de não existir "cul stupide" em francês é o mesmo que dizer que não existe "cú estúpido" em português ou "stupid asshole" em inglês...
O que existe mesmo, e disso parece não haver dúvida, é Raymond Domenech
Merci, quand même.
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