Adeus, pá
Por um lado, tenho pena que Carlos Martins, esse projecto de jogador da bola, se vá embora.
Por outro lado, é com algum alívio que vejo esse artista pelas costas.
Será que vai finalmente encontrar o seu caminho e tornar-se um jogador à séria ou vai manter viva a chama da eterna esperança?
Carlos Martins esteve 14 anos ligado ao Sporting. É muito. As ligações que se estabelecem numa relação desta duração podem ser muito nefastas. Um tipo de paternalismo de um lado, sempre pronto para a condescendência ("o meu filho é uma jóia de moço"), conjugado com uma inclinação para enfant terrible, resultam invariavelmente nestas saídas pela porta pequena.
Agora, sem a tutela do clube que o formou, pode ser que ele abra os olhos e se faça à vida. Ou então não, e não va sair da cepa torta.
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