sexta-feira, janeiro 13, 2006

O "nosso" presidente

O meu presidente deu hoje (sexta-feira 13) uma entrevista ao jornal oficioso do Benfica. Lá tive eu de comprar a Bola.
Li a entrevista e gostei. Acho que a única coisa que me desagradou foi mesmo o jornal ao qual Filipe Soares Franco resolveu dar uma entrevista. Acaso não sabe ele que a Bola é mais benfiquista que o jornal do Benfica?


Já ontem o mesmo Filipe Soares Franco havia dado uma entrevista na SIC Notícias, que não pude acompanhar integralmente, mas pelo que consegui observar me pareceu interessante e sobretudo mostrou uma pessoa mais cativante que o seu antecessor.
Aparentemente Soares Franco vai ser candidato. E até ver, tem o meu voto.
Tem ideias que não são novas, mas que provam a vontade de continuar o caminho do rigor iniciado por Roquette e Dias da Cunha. Parece-me correcto questionar tudo aquilo que representa um custo (ou um não proveito) e que não tem a ver directamente com o futebol. Estamos a falar de vender património e de rever a viabilidade das modalidades profissionais (andebol e futsal), do bingo e do jornal do clube. Sendo o Sporting um clube historicamente eclético, é penoso constatar a necessidade de enveredar pelo caminho oposto, mas nos dias que correm não é sustentável ter modalidades de nível profissional, quando estas obtêm receitas de nível amador.
De resto a destacar o eterno dilema, entre investir ou não investir na equipa profissional e neste domínio o “nosso” presidente manteve uma vez mais a coerência com os seus antecessores. Tenho uma opinião diferente. Acho que devem ser feitos investimentos pontuais mas eficazes no futebol profissional (jogadores), porque a capacidade que uma equipa como Sporting tem para captar talentos ao nível das camadas mais jovens está também relacionada com o sucesso que o Sporting enquanto equipa alcança. Os “miúdos” deixam de querer ir para o Sporting se este não ganha títulos. Por outro lado, ganhando títulos torna-se mais fácil obter receitas, quer pela via das assistências nos estádios, quer pela via da publicidade e do “merchandising” que daí advêm. Não esquecendo também que hoje em dia participar na Liga dos Campeões é uma importante fonte de receitas.
Nos últimos anos tem-se assistido a uma política de investimento orientada para “prata da casa”, o que sendo meritório, tem-se repercutido nos resultados desportivos.
Vamos esperar para ver se aparece mais se assume como candidato. Os nomes que se têm falado, não me entusiasmam por aí além, com a excepção do Miguel Ribeiro Teles, que já havia deixado uma boa impressão quando passou recentemente pelo futebol profissional do Sporting.

1 Comments:

Blogger manolo said...

Repito este comentário já tardio sobre o post sobre a formação. Hoje Soares Franco afirma que acabou o projecto Roquette. Concordo, no sentido em que deixou um rasto indicando uma direcção que influenciou o futebol português e o Sporting em particular. O caminho da ambição, mas para sempre (projectado no futuro, daqui a 10 , 20 anos). Para o atingir, os pilares definidos foram e continuam a formação, orçamentos rigorosos, transparência de processos. Não está totalmente conseguido? Pois não, para lá se caminha. E os resultados desportivos não são assim tão maus: 2 vezes campeão,Inácio e Bolöni, Taça e Supertaça, finalista vencido da UEFA, isto nos últimos 6 anos. Longe do Porto é certo, mas quem durante tantos anos chegava ao Natal fora da corrida do título, é evidente que foi melhor. Por isso o projecto acabou mas teve sucesso.

sábado, janeiro 14, 2006 2:26:00 da manhã  

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