Serviços mínimos...
Jogo muito pobre do Sporting, obrigado a ganhar para manter a perseguição, contra o lanterna vermelha, e já condenado. Por motivos de trânsito, só cheguei ao Estádio cerca dos 20 ‘ de jogo, e já não vi o golo de abertura do Nani, aos 14’ num remate de fora da área, num chapéu feliz. Paulo Bento foi obrigado a resolver a ausência de Custódio e fez jogar L. Loureiro. O meio campo leonino, tantas vezes, o sector decisivo que faz pender o jogo para nós, esteve muito abaixo das suas últimas prestações. E Loureiro teve grande influência nesse facto. Ritmo lento, muitas vezes a passo, pouco pressionante, sem ganhar bolas na luta da intermediária (de cabeça, um desastre) e a revelar incerteza no passe. Algumas boas aberturas para as pontas foram excepções de um jogador que cada vez que tem uma oportunidade, teima em desaproveitá-la de um modo, digamos, ostensivo.
Há certos jogos bocejantes e este foi um deles. Certas atenuantes não podem fazer descer as exigências, é certo, mas o andamento do marcador, (1-0 aos 14’ e 2-0 aos 35’) foi talvez o principal motivo desta inércia colectiva: a vitória não esteve em causa, e a equipa adormeceu. Tudo o que um bom jogo de futebol deve ter, este não o teve, à excepção dos golos.
De positivo (para além do resultado) tivemos a defesa: Tonel e Polga mostram uma autoridade e sobriedade que jogo a jogo se intensifica. Para a Liga temos já 6 jogos consecutivos sem sofrer qualquer golo (sendo os dois últimos de penalty! Setúbal e Benfica). Abel, lateral direito é jogador para se firmar na 1ª equipa durante anos; já se percebeu que a prioridade é garantir a sua contratação; “raçudo a defender, sobe bem criando desequilíbrios na asa direita, compensando o facto do Sporting não jogar com extremos. Do lado esquerdo, o mal-amado R. Tello, que parece ter menos ansiedade e cumpriu sem ser especialmente notado. No meio temos as nossas pérolas, Nani e Moutinho. Não estiveram particularmente bem (como toda a equipa), mas ambos sobressaíram sempre que houve lancess de ataque bem gizados (poucos); são bastante diferentes, Nani é mais “brinca na areia”, mas ganhando maturidade (que já denota) vai ser um caso sério. Moutinho é um médio do antigamente: não é trinco, não é play-maker, é simplesmente um médio que ataca e apoia bem, defende e marca bem, sempre com ritmo forte. É uma mais valia, que mesmo jogando abaixo das suas capacidades (o caso de ontem) representa a alma do jogo do Sporting. João Alves também demora a adaptar-se à equipa. Marcou uma excelente bomba, mas esteve pouco em jogo, acabando por ser substituído. Para quando a sua afirmação? No ataque Liedson teve poucas bolas, e perdeu uma oportunidade para se aproximar (e ultrapassar) da liderança dos goleadores. Também saiu queixoso. Douala, que fez alguns jogos espectaculares na época passada, parece algo desaproveitado. Tem uma característica rara: capacidade de aceleração que deixa todos para trás, nunca consegue o espaço necessário. Penso que deve aparecer mais encostado às pontas em desmarcação. Exibição cinzenta. Ainda jogaram, C. Martins, Koke e Sá Pinto. Vou destacar Koke que deu algumas boas indicações.
O Sporting venceu, com tranquilidade mas apenas com os serviços mínimos, a cumprir calendário. Tantas vezes que jogámos bem e o resultado foi perder pontos. Assim com este pragmatismo (“Cinismo e eficácia”, também já lhe chamaram) garantindo o resultado é bem melhor. A verdade é que a luta continua. Não apenas os dois pontos de atraso mas também a pressão da distância que se mantém do terceiro. Vamos aguentar firmes e hirtos na próxima jornada: crucial, decisivo e, por assim dizer a meta desejada para o tira-teimas, quase final, a visita a Guimarães. Temos de ganhar, e a dificuldade é de grau máximo. Força leões o triunfo final está cada vez mais próximo.
Há certos jogos bocejantes e este foi um deles. Certas atenuantes não podem fazer descer as exigências, é certo, mas o andamento do marcador, (1-0 aos 14’ e 2-0 aos 35’) foi talvez o principal motivo desta inércia colectiva: a vitória não esteve em causa, e a equipa adormeceu. Tudo o que um bom jogo de futebol deve ter, este não o teve, à excepção dos golos.
De positivo (para além do resultado) tivemos a defesa: Tonel e Polga mostram uma autoridade e sobriedade que jogo a jogo se intensifica. Para a Liga temos já 6 jogos consecutivos sem sofrer qualquer golo (sendo os dois últimos de penalty! Setúbal e Benfica). Abel, lateral direito é jogador para se firmar na 1ª equipa durante anos; já se percebeu que a prioridade é garantir a sua contratação; “raçudo a defender, sobe bem criando desequilíbrios na asa direita, compensando o facto do Sporting não jogar com extremos. Do lado esquerdo, o mal-amado R. Tello, que parece ter menos ansiedade e cumpriu sem ser especialmente notado. No meio temos as nossas pérolas, Nani e Moutinho. Não estiveram particularmente bem (como toda a equipa), mas ambos sobressaíram sempre que houve lancess de ataque bem gizados (poucos); são bastante diferentes, Nani é mais “brinca na areia”, mas ganhando maturidade (que já denota) vai ser um caso sério. Moutinho é um médio do antigamente: não é trinco, não é play-maker, é simplesmente um médio que ataca e apoia bem, defende e marca bem, sempre com ritmo forte. É uma mais valia, que mesmo jogando abaixo das suas capacidades (o caso de ontem) representa a alma do jogo do Sporting. João Alves também demora a adaptar-se à equipa. Marcou uma excelente bomba, mas esteve pouco em jogo, acabando por ser substituído. Para quando a sua afirmação? No ataque Liedson teve poucas bolas, e perdeu uma oportunidade para se aproximar (e ultrapassar) da liderança dos goleadores. Também saiu queixoso. Douala, que fez alguns jogos espectaculares na época passada, parece algo desaproveitado. Tem uma característica rara: capacidade de aceleração que deixa todos para trás, nunca consegue o espaço necessário. Penso que deve aparecer mais encostado às pontas em desmarcação. Exibição cinzenta. Ainda jogaram, C. Martins, Koke e Sá Pinto. Vou destacar Koke que deu algumas boas indicações.
O Sporting venceu, com tranquilidade mas apenas com os serviços mínimos, a cumprir calendário. Tantas vezes que jogámos bem e o resultado foi perder pontos. Assim com este pragmatismo (“Cinismo e eficácia”, também já lhe chamaram) garantindo o resultado é bem melhor. A verdade é que a luta continua. Não apenas os dois pontos de atraso mas também a pressão da distância que se mantém do terceiro. Vamos aguentar firmes e hirtos na próxima jornada: crucial, decisivo e, por assim dizer a meta desejada para o tira-teimas, quase final, a visita a Guimarães. Temos de ganhar, e a dificuldade é de grau máximo. Força leões o triunfo final está cada vez mais próximo.
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