Portugal sub-21

Portugal sofreu hoje a sua segunda derrota.

Depois de uma qualificação sem nódoas (10 jogos, 10 vitórias), os jogadores acharam injusto terem de jogar um play-off, como se fossem comuns mortais. Passaram a Suiça, com um empate e uma vitória, se não me engano. O Europeu parecia talhado para a selecção portuguesa - a jogar em casa, com uma selecção forte - que Scolari deixou reforçada, ao não convocar Quaresma e Moutinho para o Mundial.

Depois de uma derrota por 0-1 com os franceses, no jogo inaugural - e, mais do que a derrota, o massacre da primeira parte, com a bola a embater no poste por duas ocasiões, deixam recordações - a derrota hoje com a Sérvia-Montenegro (um país que deixou de existir esta semana, curiosamente) por 0-2.

É uma enorme desilusão.

É verdade que o futebol não passa de um jogo, sendo por isso o seu resultado imprevisível e aleatório. Mas é acima de tudo um jogo de equipa, de "estados anímicos", de querer, de raça e de atitude. E há situações concretas que se passaram no jogo e dados estatísticos que abrem espaço a conclusões...

Portugal não conseguiu ainda marcar nenhum golo. Tanto poder de fogo, tanto pontapé de trivela, e népias! Zut, rien de rien. Zero. Não se queixem da defesa (Bruno Vale, és um herói!), porque apesar de ter sido fraquinha, não consegue ganhar jogos se não se marcam golos.

O que mais me marcou neste jogo de hoje - Ricardo Quaresma, o Mustang, o Grande Artista, o Maior, El Gran Capitan, o Grande Injustiçado, o Harry Potter ... deveria ter sido sumariamente expulso por volta dos 66 minutos, por agressão feia a um colega de profissão.

Quaresma mais uma vez demonstrou que não tem cabeça para isto. E mostrou que de facto Scolari acertou ao não o chamar. Não por ser teimoso, não por Quaresma ter participado num anúncio publicitário, mas sim porque Quaresma - ao contrário de Ronaldo, por exemplo, que até é mais novo - ainda é um sub-21. Na sua cabeça, nas suas atitudes.

Agora, só resta que os seniores aprendam algo com os putos e não deixem o pássaro fugir. Ao contrário da maioria das selecções mais fortes, nós temos jogadores sem ritmo (o caso de Costinha é sintomático). Cansados não hão-de estar, com certeza! Temos a possibilidade de (re)ganhar uma equipa nos jogos contra Angola e Irão. Mas sem sobranceria - lembrem-se dos putos e lembrem-se do último Mundial!