Tudo em aberto!
Jogámos q.b. Foi uma exibição bem conseguida, mas algo inconsequente. Sobretudo se a compararmos com a do Bayern: futebol prático, com transições defesa-ataque demolidoras. Mesmo desfalcado, vê-se que o Bayern é uma equipa de futebol na verdadeira acepção da palavra.
Moutinho confirmou, uma vez mais, que é um jogador demasiado grande para esta equipa do Sporting. Gostei também de Tello, Custódio e dos defesas centrais. Não gostei particularmente de Paredes e Caneira.
Ao contrário do que os comentadores disseram na televisão, não concordo que o Sporting esteja obrigado a vencer em San Siro. Se a equipa italiana não ganhar ao Sporting, fica obrigada a ganhar, em Munique, ao Bayern o que, convenhamos, não é fácil. Em caso de empate contra o Inter, é certo que o Sporting fica dependente de terceiros, mas no fim, o empate em casa face ao Spartak até pode ser suficiente, se o Inter perder o último jogo.
posted by Dever Devamos at 11:10 da manhã
4 Comments:
A verdade é que a exibição do Sporting calou os adeptos do Bayern, que chegou a ser assobiada por não se conseguir livrar do dominio leonino. Mais uma vez o Sporting nos enche de orgulho pela atitude do seu futebol. A verdade é que o resultado foi penalizante e nos deixou frustrados, pois queríamos e fizemos por ter mais. Falta perceber isso do post: o q.b. significa que nos contentámos com o empate ou que fizemos "o suficiente" para a vitória?
Tivesse o Sporting a experiência e a matreirice das grandes equipas e talvez hoje pudesse estar a disputar a liderança do grupo teoricamente mais difícil para as equipas portuguesas nesta edição da Liga dos Campeões. Foi a falta desses suplementos essenciais nas equipas de futebol de alta competição que impediu o Sporting de ganhar em Moscovo (onde empatou 1-1), de ganhar hoje em Munique (onde empatou 0-0) e de empatar ou ganhar ao Bayern em Alvalade (onde perdeu por 0-1). Independentemente disso, a equipa leonina está a fazer uma excelente campanha nesta Liga dos Campeões, pois já facturou quatro pontos em jogos com os gigantes Inter de Milão e Bayern, dando uma boa imagem externa do futebol português do presente e, sobretudo, do futebol português do futuro, mostrando novos valores que, no início da época, não estariam equacionados, como são os casos de Miguel Veloso e Yannick Djaló. Um Sporting que pratica um futebol positivo, um “futebol honesto”, tão honesto que revela a falta de tal “matreirice”, que as grandes equipas exploram em muitas situações de jogo, em particular nas jogadas de bola parada. Um futebol que em Munique vulgarizou o Bayern, mas a que faltou sempre uma pontinha de qualquer coisa – ora um pouco mais de força física, ora um pouco mais de velocidade sobre a bola, ora um pouco mais de discernimento, ora um pouco mais de gente na área adversária... – para fazer o golo tão desejado. Ainda assim um Sporting pouco feliz, que nos dois jogos com os alemães chutou a bola contra a barra e o poste adversários. E se esses dois pontapés tivessem resultado em golo, as contas desta Liga dos Campeões estariam agora muito favoráveis à equipa portuguesa. Mas, como diria o célebre Malcolm Allison, “em futebol, o ‘se’ é apenas uma palavra”. E não adianta exaltar vitórias morais. Adianta, isso sim, continuar a aplaudir esta equipa, que, ainda este ano, vai dar muitas alegrias a todos os sportinguistas. De resto, continua tudo em aberto nesta Liga dos Campeões.
Ontem, o Sporting fez-me (mais uma vez) orgulhar de ser sportinguista. Grande jogo que os miúdos fizeram!
E se antes se dizia (por exemplo, Alex, há uns dias) que era praticamente impossível fazer um ponto que fosse em Munique e em Milão, o pontinho de ontem sab-enos a pouco. Porque o Bayern deixou de ser o Bayern? Não - porque o Sporting ontem apoucou os alemães, que estavam estarrecidos de espanto. Como era possível ver os campeões alemães a serem manietados, dominados e (quase...) derrotados por um bando de portugas, (ainda) sem estatuto internacional?
A exibição foi q.b. Jogámos um futebol em que dominámos o adversário, mas foi um domínio em certa medida consentido mas que foi sobretudo inconsequente.
Os assobios à equipa alemã não foram por os termos encostado às cordas. A verdade é que a equipa alemã tem estado pressionada por maus resultados feitos na bundesliga.
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