quinta-feira, outubro 23, 2008

Subir ou a cair?


Ganhar a jogar mal! Não são muitas vezes que podemos dizer isto, mas é realmente preferível a suspirar, jogámos bem, mas perdemos…

A certa altura deu a ideia que o mal do Sporting era simplesmente não saber jogar “à bola”. Os ucranianos são boa equipa e lutaram bem para ganhar. Podem queixar-se de injustiça? Concedo sem dúvida que fizeram mais que o Sporting para ganhar. Jogaram melhor e, nesse sentido, a derrota é injusta.

Que passada larga para a fase final da Champions! Mesmo o empate cá é capaz de chegar. Os resultados foram o melhor possível (derrota em Barcelona é normal). Como o Paulo Bento diz, mais 3 pontos (em 3 jogos) podem ser suficientes. Após 2 anos a ser eliminados (e a jogar bem…) desta vez é que é!

Esta “experiente equipa”, com o mesmo treinador há 3 anos, está a evoluir, a crescer, ou está já numa fase decrescente, atingido já o pico, sem nunca ter sido campeã? Esta, senhores a questão! Estamos a subir ou a cair, como equipa de futebol? That’s the question.

Acho que não atingiu ainda o pico. Mal seria, com uma equipa tão nova! Jogadores temos. Tem a palavra o treinador. Claro que estou completamente com Paulo Bento quando este põe o resultado à frente de tudo. Claro que houve muito mérito no jogo de Donetsk. Defendemos como um todo, afastámos o perigo, entusiasmei-me com o Polga, que grande central, cerrámos os dentes e tornámos o jogo intragável para o Shakhtar. “Ou ganhávamos, ou obrigávamos o adversário a perder” declarara o treinador leonino na véspera. Claramente a 2ª hipótese triunfou.

O que realmente todos nós gostamos é de ganhar e jogar bem, muito bem se possível com muitos golos. É nesta escala, em que o resultado não é tudo, que Paulo Bento não me enche as medidas. Quero mais futebol com bola, em construção, de passe rápido e bola rasteira. É raro ver este perfume no futebol na equipa do Sporting.

O potencial está lá, o principal é ganhar, nunca há tempo, este ano a exigência é maior. Campeões no final da época. Mas temos um grande trabalho pela frente.

Na Taça, Liedson regressou aos golos decisivos, e fez o 0-1 agora (melhor leão-goleador de sempre na Europa) que levou ao último quarto-de-hora, em que se vislumbrou um Sporting mais tranquilo, senhor do jogo, coisa que não se tinha visto durante os primeiros 75’. Liedson já está na História do Sporting.
Cada jogo é um risco, pois existe sempre a probabilidade de um mau resultado. Mas é um risco que merece ser vivido. Vitória em Paços exige-se. Na Taça receberemos o Porto. Melhor assim, se formos eliminados, paciência, mas se os derrotarmos o caminho fica livre (ai! Penafiel) para a tri Taça. Vamos a eles.

quinta-feira, outubro 09, 2008

Problema Rochemback


Aconteceu-me noutro dia; senti náuseas quando vi “A Bola”! Nunca tal me tinha acontecido, mas fiquei verdadeiramente agoniado, enjoado, não sei bem que termo usar. Deixei de ler. E sou leitor antigo. O bolo da cereja foi a vitória ao Nápoles. Sucessivas capas de intenso vermelho, culminaram com o que parece ter sido uma exibição perfeita. Não posso confirmar (não vi o jogo…) mas pergunto-me se o Nápoles terá jogado bem?

Claro que a “azia” vem dos resultados contra os grandes portugueses e espanhóis. Por cá, tenho que nem lampiões nem tripeiros fizeram mais que nós para ganharem e o facto é que do arranque de 3 vitórias (e a expectativa de ser campeão tranquilamente), já fomos ultrapassados e trazidos à realidade de um campeonato que deve ser disputado jogo a jogo até ao fim.

A questão é que o Sporting não está a jogar, muito parado na construção, dificuldade na posse de bola, numa palavra, rígido. Todos, incluindo sobretudo Bento e os jogadores, estamos insatisfeitos. Temos que ser melhores que isto. E somos. Temos obrigação de ter uma equipa mais sólida que os outros. Também já os vencemos esta época. Quero acreditar que sim e apoio totalmente a equipa, o treinador e os dirigentes. Máxima confiança no clube.

Mas devo criticar. A não-solução Stoykovic, o sai-não-sai do Moutinho e do Veloso, o desejo do adeus do capitão (ainda bem que não saiu), a birra Vukcevic-Paulo Bento, e o anúncio do jogador da saída em Janeiro, os velhos assobios do Alvalade, enfim, o divórcio Soares Franco – Carlos Queiroz, com a exclusiva parvoíce do nosso presidente.

Será que a equipa vai recuperar a confiança e fazer uma época brilhante? Como sou optimista, os meus olhos vêm tudo o que é positivo e está lá: um ataque com opções, a chegada de Liedson em grande, a competir com um animal-avançado como Postiga, e a experiência e querer do Derlei, temperado com a explosividade de sangue na guelra de Yannick. A defesa mantém a muralha Tonel-Polga, e tem laterais que atacam e defendem, Abel e Grimi, embora sem concorrentes a não ser um maduro Caneira, parece que com a mística leonina.

O meio-campo é, no caso dos sistema usado, o verdadeiro centro nevrálgico. Quando não consegue parar a bola no chão, pô-la a rodar rapidamente de pé para pé, descobrir espaços para entrar de forma controlada, e criar situações de finalização, aí a equipa não funciona. Quando em simultâneo, não encontra ânimo para fechar e roubar espaço-tempo ao adversário, de forma global, no campo todo e sempre, temos o Sporting que esteve em Barcelona. Ao contrário dos jogos de boa memória, contra o Inter, Bayern, Manchester e Roma, este em Camp Nou foi na 1ªparte mau de mais. Diferente do de Madrid em que a exibição com bola da equipa se salvou do naufrágio defensivo (suicídio do Pedro Silva).

Pois é o meio-campo. O problema Rochemback. Bento apostou nele de caras, mas continua o mesmo de quando de cá saiu. Pesado e parado, a maioria das vezes quebra jogadas, passando mal e perdendo bolas; raramente abre a rasgar e o seu posicionamento e concentração é abaixo do admissível. Os seus famosos remates e livres deram… zero. Uma cura no banco deverá ser remédio santo.

Moutinho e Veloso a adquirirem forma tardiamente, só Romagnoli e Izmailov estão a render aquilo que devem ser. Falta o vulcão Vukcevic, e espero um Pereirinha a explodir de vez. Paulo Bento tem material para desenvolver e construir uma boa equipa. Assim o consiga, pois pode não ter mais oportunidades. Os sportinguistas, já de natureza, zangados e infelizes com os resultados não perdoam.

Mesmo ganhando duas Taças (incluindo a inesquecível meia-final dos 5-3) e duas Supertaças, a consecutiva presença na Champions, mesmo a orgulhosa aposta na formação (Patrício, Pereirinha, Carriço, Caneira, Adrien, Veloso, Moutinho eYannick) não chega. Eu quero ser campeão, verdadeiramente só isso conta, mas estou do lado da equipa. Acredito na capacidade de resolver os problemas e construir uma equipa sólida que vá a qualquer lado para dominar, mesmo sabendo que temos que fazer mais com menos; não assobio, nem espero a saída do treinador. Seria pedir muito ter o estádio cheio a puxar pela equipa, a ajudá-la, a “meter medo” ao adversário?
O que vale é “os Leixões” deste campeonato existem, logo, sonho.

domingo, outubro 05, 2008

FINALMENTE! JÁ MERECÍAMOS UM MOMENTO ASSIM.

Depois de vários anos de desilusões eis-nos de novo fortes e confiantes!
A Era Rui Costa promete devolver o Benfica às vitórias e aos títulos. E acima de tudo: ao futebol espectáculo!
Finalmente! Já merecíamos um momento assim.
Saúdinha