Voto Sim ao projecto Soares Franco
Amanhã os sócios do Sporting serão chamados a decidir se permitem ou não, que Soares Franco implemente o seu projecto. Em caso afirmativo, as eleições perderão qualquer importância pois que o vencedor estará, à partida, encontrado. Este método é assim, pouco democrático para os outros candidatos. Tem a virtude de clarificar aquilo que pretende fazer.
Conseguir aliviar os custos da dívida (cerca de ¼ das receitas totais), e, em consequência, libertar fundos para manter uma boa equipa de futebol, resolvendo, de passagem o défice de tesouraria, são as linhas gerais que propõe. À custa da venda de património imobiliário não-desportivo, que foi idealizado para ser fonte de receitas permanentes.
Como qualquer sportinguista, o que pretendo é uma grande equipa de futebol, que esteja presente com regularidade na Champions. Só assim será possível. Doeu-me serem vendidos, sucessivamente grandes produtos da nossa cantera, aqueles que são (seriam) os nossos verdadeiros ídolos.
Hoje vêem-se (lêem-se) muitos críticos à gestão dos últimos anos. Pelo contrário, a gestão do Sporting foi uma lufada de ar fresco; os resultados não foram óptimos? Sem dúvida, mas o método é esse. Penso que a herança Roquette (formação, orçamentos rigorosos e ser sério no futebol) foi extremamente positiva, e desencadeou a alteração de mentalidades em curso, que transformará o futebol português.
Sou contra as revoluções. Embora perceba a dramatização, sei que o Sporting continuará, independentemente do resultado da Assembleia, a ser o nosso orgulho, mesmo não ganhando tantas vezes como desejávamos, o seu percurso nos próximos anos (e décadas) vai ser influenciado pela AG de amanhã.
Apostar mais fortemente na equipa de futebol? Vender o património? O dilema não me levanta questão nenhuma. A resposta é obviamente afirmativa: claro! Naturalmente algumas questões gostaria de ver respondidas: qual a razão de perdermos tantos sócios pagantes nos últimos anos? Temos a garantia de não ser necessário vender Moutinhos e Nanis nos próximos anos? A ginástica e a natação, enorme fonte de atletas e sócios, auto-suficientes no tempo de João Rocha serão apostas? E a construção de um pavilhão para as modalidades como o andebol e futsal (de competição, auto-financiada) tal como para outras modalidades (hóquei em patins e basquetebol, de formação) será uma realidade?
A minha preocupação é o dia seguinte à Assembleia. Com a lavagem de roupa suja, o interesse mediático pelos detalhes (o da obrigação de re-compra é anedótico) não nos pode desviar do essencial. E o fundamental é aquilo que sportinguistas como Miguel Galvão Telles, José Roquette, José Eduardo Bettencourt, Miguel Ribeiro Telles, etc propõe: aliviar a “corda da garganta” que são, o peso da dívida, o passivo, a obrigação de vender os nossos jogadores, tudo para poder construir a tal equipa, que necessita sempre de manter o núcleo duro durante alguns anos.
O resultado da AG vai ser a não aprovação. Lamento. E mais ainda por não haver alternativa conhecida. Ou será que vai surgir alguém com muitos milhões e contratar “unhas e garras” para o nosso Sporting? Desses, já os tivemos, com o resultado conhecido: 18 anos sem ganhar o Campeonato. Agora a decisão é nossa. Viva o Sporting!
Conseguir aliviar os custos da dívida (cerca de ¼ das receitas totais), e, em consequência, libertar fundos para manter uma boa equipa de futebol, resolvendo, de passagem o défice de tesouraria, são as linhas gerais que propõe. À custa da venda de património imobiliário não-desportivo, que foi idealizado para ser fonte de receitas permanentes.
Como qualquer sportinguista, o que pretendo é uma grande equipa de futebol, que esteja presente com regularidade na Champions. Só assim será possível. Doeu-me serem vendidos, sucessivamente grandes produtos da nossa cantera, aqueles que são (seriam) os nossos verdadeiros ídolos.
Hoje vêem-se (lêem-se) muitos críticos à gestão dos últimos anos. Pelo contrário, a gestão do Sporting foi uma lufada de ar fresco; os resultados não foram óptimos? Sem dúvida, mas o método é esse. Penso que a herança Roquette (formação, orçamentos rigorosos e ser sério no futebol) foi extremamente positiva, e desencadeou a alteração de mentalidades em curso, que transformará o futebol português.
Sou contra as revoluções. Embora perceba a dramatização, sei que o Sporting continuará, independentemente do resultado da Assembleia, a ser o nosso orgulho, mesmo não ganhando tantas vezes como desejávamos, o seu percurso nos próximos anos (e décadas) vai ser influenciado pela AG de amanhã.
Apostar mais fortemente na equipa de futebol? Vender o património? O dilema não me levanta questão nenhuma. A resposta é obviamente afirmativa: claro! Naturalmente algumas questões gostaria de ver respondidas: qual a razão de perdermos tantos sócios pagantes nos últimos anos? Temos a garantia de não ser necessário vender Moutinhos e Nanis nos próximos anos? A ginástica e a natação, enorme fonte de atletas e sócios, auto-suficientes no tempo de João Rocha serão apostas? E a construção de um pavilhão para as modalidades como o andebol e futsal (de competição, auto-financiada) tal como para outras modalidades (hóquei em patins e basquetebol, de formação) será uma realidade?
A minha preocupação é o dia seguinte à Assembleia. Com a lavagem de roupa suja, o interesse mediático pelos detalhes (o da obrigação de re-compra é anedótico) não nos pode desviar do essencial. E o fundamental é aquilo que sportinguistas como Miguel Galvão Telles, José Roquette, José Eduardo Bettencourt, Miguel Ribeiro Telles, etc propõe: aliviar a “corda da garganta” que são, o peso da dívida, o passivo, a obrigação de vender os nossos jogadores, tudo para poder construir a tal equipa, que necessita sempre de manter o núcleo duro durante alguns anos.
O resultado da AG vai ser a não aprovação. Lamento. E mais ainda por não haver alternativa conhecida. Ou será que vai surgir alguém com muitos milhões e contratar “unhas e garras” para o nosso Sporting? Desses, já os tivemos, com o resultado conhecido: 18 anos sem ganhar o Campeonato. Agora a decisão é nossa. Viva o Sporting!
4 Comments:
Concordo quanto ao rídiculo da opção de re-compra.
Dito isso, o que o Sporting precisa é de bons gestores. E, para mim, até prova em contrário, Soares Franco faz parte - até com grandes responsabiliades - do grupo dos maus gestores que o Sporting teve nos últimos anos.
Não percebo como é possível continuar a defender a terrível (e talvez mesmo lesiva) gestão dos últimos anos.
Mas até quando será preciso repetir que alienar património é também vender importante fonte de receitas futuras? Esta é, obviamente, a solução mais fácil e imediata. Não me parece de grande mérito. Se a aposta é (e deve continuar a ser) a formação, para que queres tu mais dinheiro para o futebol? Para comprar Rodrigos Tellos?
Há tantas incongruências à solta, que penso que já todos andamos baralhados nas prioridades.
O dinheiro é necessário para manter as nossas vedetas vindas da formação. Só assim podemos construir a equipa para estarmos regularmente na Champions, que é a única forma de sermos "tão grandes como os grandes da Europa". Bons gestores? São aqueles que planeiam mas que têm visão para alterar os planos quando as circunstâncias a isso aconselham. E quando têm essas convicções devem lutar por isso.
Parece que, afinal, não votaste sim nem não...
Estive toda a tarde no veterinário, com o cão com uma mordidela infectada. Mas é verdade que antes resolvi não ir por cansaço e me parecia que o resultado seria a recusa da proposta(com mais de 50% sim), pois a fasquia estava muito alta. Confirmou-se. Mas participei da discussão.
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