quarta-feira, dezembro 13, 2006

Futebol

Quando se vai ao futebol o que queremos ver? Suor, dedicação, amor à camisola. Homens a exceder-se a si próprios em nome de algo mais do que eles próprios. Um jogo, simples, honesto e que reflicta o que há de mais bonito no ser humano.

Quando jogo com os meus amigos o que mais gosto é da simplicidade do Jogo. Da pureza cristalina e da verdadeira honestidade daqueles cinquenta minutos. 1 bola, cinco para cinco e a melhor equipa vence. A melhor equipa é a que tem os melhores jogadores? Nem sempre. A melhor equipa é aquela cuja soma seja superior. Nestes jogos todos são importantes. Se um falhar a equipa ressente-se. Se um falha os outros apoiam-no. Nestes jogos o Jogo é lindo.

Quando vemos homens que estão no futebol como Pinto da Costa ou Valentim Loureiro que vivem do futebol. Que movem influências para que o jogo deixe de ser tudo aquilo que eu mencionei acima. Bom, estão a estragar algo que não devia ser estragado.
Quando vemos homens destes temos direito à indignação.
Não compreendo como, estando mais que provado que há corrupção. Que há tráfico de influências. Que há intimidação física e todo o tipo de baixarias para vencer um simples jogo, não compreendo com é que ainda estão nos seus cargos!
Porque é que não se demitem? AH! Porque eles não têm um pingo de dignidade. Certo. Desculpem a pergunta. São umas bestas e estragam o Jogo.

P.S. - Lembram-se do àrbitro que apitou uma final da super-taça Porto-Benfica em 1996 e que anulou um golo limpinho ao Amaral de fora da área no último minuto de jogo nas Antas? Está explicado. O Benfica foi sonegado dessa Taça. Ela foi para o clube que não a merecia.

12 Comments:

Blogger Rantas said...

Creio que vai ser desta que o forrobodó e a vergonha vão acabar. Apesar de considerar que as motivações da Srª D. Carolina Salgado são tão rasteiras quanto ela, "Deus escreve direito por linhas tortas", certo?

O tráfico de influências é um polvo que afecta seriamente o futebol em Portugal. Engana-se quem pensar que isto é apanágio do FC Porto, ainda mais quando estamos em pleno "caso Nuno Assis"...

quarta-feira, dezembro 13, 2006 11:55:00 da tarde  
Blogger El Coelhone said...

pois, então acho que o Sr APulo Costa árbitro do jogo Nacional-Porto da passada segunda-feira não terá ido tomar o café e comer lá os chocolatinhos, e se calhar ficou chateado, e vai daí não marcou os dois penaltys a nosso fazer... ou então foi só a excepção que confirma a regra se calhar... :)

quinta-feira, dezembro 14, 2006 6:54:00 da tarde  
Blogger Redus Maximus said...

Rantas,
no caso Nuno Assis parece-me que o Benfica usou um suberfúgio legal. Talvez pouco ético mas que a lei permite. De qualquer modo quem não for honesto deve sair do futebol. Ponto final!

Caro Coelhone
Felizmente algumas coisas andam a mudar. Não vi o jogo com o Nacional mas parece-me que o Porto terá ganho bem. Este ano e na época do Mourinho o Porto foi campeão bem. Com mérito.
Eu recordo é épocas em que o Benfica com plantéis indubitávelmente melhores que os do Porto ficava a 20 pontos de distância.
Em que pululavam Secretários e outros que tais e mesmo assim o Porto era campeão.

quinta-feira, dezembro 14, 2006 10:10:00 da tarde  
Blogger manolo said...

A questão é que o futebol em Portugal nos últimos 30 anos tem sido palco de vigarices, "combinações debaixo da mesa", favores, "subterfúgios legais", etc, e é revoltante que quem mais contribui para este estado de coisas é quem mais beneficiou. De há uns 10 anos a esta parte, o Sporting acreditou que valia a pena lutar para que o sector de futebol fosse uma actividade de "pessoas de bem", em que as regras fossem iguais para todos e apenas o valor desportivo valesse para as competições. Gozado durante anos, por ter acusado o "sistema", e as suas caras, Pinto da Costa e Valentim Loureiro, é consensual agora que o dirigismo português precisa de uma varridela geral. A luta é dura e longa. Mas quem vê o futebol em Portugal e o compara com outros países da Europa vê a diferença abissal (assistências, suspeição, arbitragem, etc); a responsabilidade é dos dirigentes, mas também da opinião pública (imprensa e público) porque é clubista e prefere ganhar com batota do que não ganhar. No Sporting somos acusados de ser "cordeirinhos" inocentes, que devíamos ser como os outros (mafiosos) pois assim nunca ganharemos nada. Mas o nosso caminho foi escolhido, e é com orgulho que hoje se ouvem comentários como os de M. Sousa Tavares que disse aquilo que todos sabemos: "Os únicos dirigentes sérios, que são pessoas de bem, são os do Sporting"; mas espero que não estejamos sózinhos. É preciso transformar o futebol em Portugal, aquilo que Roquette chamou "o 25 de Abril" do futebol.

sexta-feira, dezembro 15, 2006 10:40:00 da manhã  
Blogger Rantas said...

Redus,

No lugar de "subterfúgio legal", eu diria que foi utilizado um subterfúgio, apenas. A demonstração de que não foi legal está na reclamação que o sec. Estado, Laurentino Dias, fez chegar à UEFa (ou à FIFA, ou a outra entidade qualquer), que poderão originar uma suspensão de 2 anos para Nuno Assis e eventuais penalizações para o futebol português.

Os senhores juizes que estão no futebol (tanto na FPF como na Liga) parecem miúdos inconscientes - tornam-se em instrumentos das suas preferências clubísticas no lugar de serem juízes. Já no caso Mateus isso se tornou óbvio.

Um sinal de que as coisas vão finalmente mudar (espero que sim!) é a nomeação de Maria José Morgado para o Apito Dourado. Que corte a direito e que sirva de exemplo.
25 de Abril sempre! A reacção não passará! Fascimo (Pintismo/Valentinismo/Frutismo/Putedo) nunca mais!!

sexta-feira, dezembro 15, 2006 1:59:00 da tarde  
Blogger Redus Maximus said...

Mai nada!! É isso mesmo!

sexta-feira, dezembro 15, 2006 2:25:00 da tarde  
Blogger Alex said...

O que me impressiona mais é os corruptos não terem um pingo de vergonha! Ninguém duvida hoje de qual era o esquema, entre Pinto da Costa, Valentim Loureiro e Pinto de Sousa, que chegou à alteração da classificação dos árbitros. Como é possível estas pessoas continuarem nos seus cargos como se não se passasse nada? A que ponto é que chegou a merda? E os outros agentes do futebol, dirigentes, treinadores, jogadores, árbitros, público, jornalistas ficam passivos? Continuam a dar-se, a comentar, a entender-se com os pulhas? É muito triste que isto só altere quando de fora do futebol limparem a merda toda. O Futebol não consegue.
Comparar esta pulhice, de comprar árbitros e observadores, capangas e detectives com a defesa de um atleta que deu positivo no controlo anti-doping não é sério.
É verdade que a Direcção do Sporting é imaculada nesta luta contra o "sistema". O mesmo já não digo da sua massa adepta.
Saúdinha

sábado, dezembro 16, 2006 1:21:00 da manhã  
Blogger El Coelhone said...

Em defesa do FCP, o que vos digo é jogai a bola e ganhai e assim podereis chegar lá.
- Redus não podemos ser culapdos de nos ultimos 10-15 anos, no Benfica se andar a desbaratar dinheiro em jogadores, uns medianos outros mal aproveitados.
- Toda a gente neste país acha que problema do nosso futebol é o Pinto da Costa e outros que tais, têm ódios de morte aos jogadores do Porto e à equipa (e é mesmo assim não adiante dizer que não), pois muito bem a serem culpados sejam eles, dirigentes, irradicados do nosso futebol, que sejam presos e paguem pelos crimes que cometeram, eu por mim digo que isto nunca vai acabar, haverá sempre quem "patrocine" alguém e quem seja corrompido, se se alguns agora são a cabeça do tal sistema outros há estão à espreita do lugar...
Eu não tenho receio do futuro do FCP com ou sem Pinto da Costa o Porto é e continuará a ser uma grande instituição e uma grande equipa, e faltando Pinto da Costa outros virão que reunirão consenso, para comandar a instituição. E tenho dito :)

sábado, dezembro 16, 2006 12:46:00 da tarde  
Blogger Redus Maximus said...

coelhone,
o Porto é odiado (o que é verdade) porque as suas vitórias são, de facto, ajudadas. E isso, por muito que custe, tira mérito às vitórias portistas de 1990 para cá. Tirando as épocas do genial Mourinho em que o Porto teve aquela super equipa que ganhou UEFA, Champions e campeonatos com todo o mérito, na dúvida e mesmo nessas épocas o Porto era sempre favorecido. Houve tantas situações em que o Porto foi ajudado de forma inacreditável que é óbvio que os adeptos do futebol não podem respeitar uma equipa dessas da mesma forma que respeitam as outras. O Sporting foi campeão com o Mário Jardel com todo o mérito. Com Beto Acosta com muito suor e uma época maravilhosa do Pedro Barbosa.
O Benfica foi campeão sem saber muito bem como uma vez que foi a época em que os grandes mais pontos perderam. O Porto foi campeão o ano passado com mérito. Mas isto tem ficado mais limpo de há 4 anos para cá. As épocas em que o Paulinho Santos partia pernas e queixos a torto e a direito impunemente, ou em que o Aloísio cortava as bolas com as mãos sem levar um amarelo que fosse. Essas épocas têm que causar vergonha ao Futebol Português.
Quanto à gestão do Benfica é óbvio que foi muito má nas épocas do Manuel Damásio, menos má na de Vale e Azevedo e desde então muito tem melhorado. Neste momento tem o melhor plantel. Não tem é o melhor treinador.

domingo, dezembro 17, 2006 10:06:00 da tarde  
Blogger Rantas said...

Alex,

Por muito que te custe, são faces do mesmo sistema.
O Porto comprava árbitros - enfim, é triste dizer "comprar", porque umas das formas de pagamento era uma noite passada com uma ou mais putas, o que dá bem ideia da pequenez dos intervenientes...
Outros, apoiaram-se numa rede de adeptos para subverterem a legalidade. Falo dos casos mais recentes e mais flagrantes - o Belenenses no caso Mateus, o Benfica no caso Nuno Assis.

Com isto não estou a dizer que as direcções desses clubes tomaram parte activa nisto, o que estou a afirmar é que um dos aspectos do sistema é de facto o clubismo assumir o lugar da cabecinha, e isso é evidente quando pessoas normais, que na sua vida profissional são ou foram juízes, deixam as suas simpatias clubísticas tomar as decisões, por mais ilegais que sejam.

O caso Nuno Assis é também sinal de algo que está podre - tanto é assim que o Governo português fez queixa (algo que creio que é inédito!), Nuno Assis corre o risco de ser suspenso por 2 anos e poderão existir penalizações para o futebol português. Tão só isso.

Isso, no mínimo, é sinal de uma profunda incompetência dos órgãos reguladores do futebol português, se não sinal de compadrio, de cumplicidades veladas - enfim, do "sistema". E negá-lo, dizer que não se compara às malandrices do "Papa", é ajudar a perpetuar o maldito sistema.

segunda-feira, dezembro 18, 2006 12:41:00 da tarde  
Blogger Alex said...

Rantas, repito. Comparar as trafulhices do PC com o caso Nuno Assis não é sério.
Recordo casos anteriores: Rui Jorge, Veloso, Kennedy. Tudo casos de análises positivas em que os clubes defenderam os seus atletas. É normal. Se neste caso de Nuno Assis houve uma incompreensível incompetência das autoridades é outra coisa. É uma tristeza e sinal de má organização. Mas não é batota, não é trafulhice, não é ilegitimo. (Não estou a falar de N.Assis, mas da actuação do Benfica).
Pergunta: o que é isso de se basear na massa adepta? A que te referes?
Saúdinha

terça-feira, dezembro 19, 2006 12:08:00 da manhã  
Blogger Rantas said...

Alex,

Concordo contigo em como as duas situações de trafulhice são incomparáveis em termos de grau. No entanto, é trafulhice na mesma.

E repara, eu digo que a Direcção do Benfica não tomou parte activa nisto. Quando refiro que se basearam na massa adepta, quero dizer que os juízes dos órgãos jurídicos da FPF e/ou da Liga, quando tomam as decisões, não as tomam como juízes, mas sim como adeptos - ou seja, com o coração e não com a cabeça. Isso é uma das faces do "sistema", do polvo. É batota, mesmo que não tenha sido instigada pela Direcção do Benfica!

Há uma diferença substancial entre um clube defender os seus atletas ou serem os próprios órgãos competentes (?) a tomarem decisões penalizadoras do futebol português.

Mais - com isto, não quero dizer que este tipo de situações ocorra só para benfiquistas. Estas acontecem independentemente das cores envolvidas, mas é uma das coisas que está mal no futebol português - as decisões tomadas por "partes interessadas". Se há alguma responsabilidade dos clubes nisto é pela luta que sucede em todos os actos eleitorais para colocar "agentes" nos órgãos decisores, para serem parciais. É assim na arbitragem, na disciplina, no deptº jurídico. É uma mafia - e lá por não envolver nem putas nem relógios não é muito melhor que a outra...

quarta-feira, dezembro 27, 2006 1:51:00 da tarde  

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