Uma bola perdida a meio-campo. F consegue ficar com a bola e corre em direcção à baliza. Do banco grita-se “faz um passe!”. O passe é feito mas sai frouxo e a bola fica a meio caminho. O guarda-redes antecipa-se e consegue afastar a bola. A ocasião de golo estava perdida. Do banco o treinador salta como uma mola “oh minha Maria-alice, então isso é passe que se faca?! Tás aqui para jogar futebol ou para fazer festinhas à bola!? vê lá mas é se começas a jogar como tu sabes ou então vens para aqui aquecer o banco!”*
Escuto com admiração. Isto é que é o papel do treinador: intervir na altura própria com critica assertiva e incentivo através do desafio. O jogador tem que se sentir acossado. O treinador aguça-lhe os instintos através de um misto de enxovalhamento e reconhecimento das suas qualidades.
Ao meu lado uma adepta comenta: “bruto!”. Tento explicar-lhe o meu raciocínio. Responde-me com desdém: “oh senhor, as crianças tem apenas cinco anos!”. …
PS: aproveito para anunciar que iniciei actividade como empresário de futebol. Ainda não estou acreditado na FIFA mas já meti os papéis.
* este texto não é literal. Foi adaptado do original. Assim como uma tradução do francês “a la Ranys”.
5 Comments:
Mais, cet quoi, ça, la tradution "a la Ranys"? Tu est fou, ou quois? Mon français cet parfait. Tu me ècoute? Parfait. Connard.
Bon, je veus dire, "mon français est parfait".
Ai a porra.
Veux, gaita!
Il's sont fous cettes Portugais!
Acompanhei as Escolinhas (até aos 10 anos) de Azeitão durante uma temporada. Ai que dramas e paixões. Desde os treinadores até aos pais (e mães, sobretudo as mães) transformam-se nos maiores fanáticos e empedernidos treinadores de bancada, para não falar dos insultos ao árbitro. Isto sim é "amor à camisola".
Enviar um comentário
<< Home