Responsabilidade dramática dos sócios do Gil
O que se pede aos sócios gilistas é dramático: apesar de terem a convicção de que a sua equipa, o Gil Vicente, ter conquistado, com mérito indiscutível, dentro de campo o direito a disputar a I Liga (ficaram em 12º lugar), devem aceitar o castigo de serem despromovidos, pelo facto dos seus dirigentes não terem respeitado (conscientemente) uma regra do Futebol aceite por todos os que se integram nele: as condições de inscrição de jogadores profissionais são conhecidas e os órgãos legítimos aplicam os regulamentos. A penalização é também expressamente definida. Tudo isto os dirigentes do Gil Vicente sabiam, mas resolveram arriscar. Não querem agora assumir a responsabilidade, argumentando que não se tratam de aspectos técnico-desportivos e sim de uma questão laboral, pois Mateus não era amador (inscrito no Lixa, que não disputa os Campeonatos profissionais). Esta não é a questão, pois a penalização do Gil Vicente assenta unicamente no facto de ter jogado com um jogador que não estava em condições, de acordo com o regulamento, de jogar. Apelar para os tribunais comuns é licito, com a contrapartida de deixar de poder participar nas competições sob a égide da Federação, que é um “braço” da FIFA. Esta não pode permitir que casos desportivos sejam levados a tribunal comum pois deixaria de haver campeonatos, com equipas à espera de decisões, outras de recursos, etc. Desta forma todo o edifício do futebol profissional tem os seus próprios órgãos, que à luz dos regulamentos deve julgar com celeridade para não pôr em causa a continuidade dos jogos.
Em face disto, a decisão dos sócios do clube de Barcelos, pressionados pelo amor clubista, sentindo a injustiça, mas sabendo que a responsabilidade é, fundamentalmente, dos seus dirigentes é de uma responsabilidade dramática. Se aprovarem o recurso aos tribunais comuns, (que será a opção mais emotiva), o seu Clube será porventura irradiado, e Portugal inteiro sofrerá na pele, com a suspensão da participação de Portugal nas provas internacionais. Se optarem por desistir dos tribunais comuns, (decisão que porventura lhes custará imenso, e cujos benefícios não serão evidentes), o clube será penalizado (disputará a 2ª Liga).
Ser sócio de um Clube é sobretudo uma questão sentimental e emotiva, mesmo irracional, muitas vezes. Seria uma surpresa bastante positiva, que poderia contribuir para a regeneração do futebol português, se o resultado da Assembleia fosse tomado de forma racional, retirando o processo dos tribunais comuns e abrindo a possibilidade de tomada de responsabilidades, que não só dos dirigentes do Gil; que dizer da Liga e Federação que, com tempo suficiente para resolver esta questão, a deixaram arrastar e levar a esta situação extrema?
Talvez haja uma maioria silenciosa que dê um exemplo à classe de dirigentes. É também tempo de o poder politico obrigar o futebol a ser uma actividade respeitável, e deixar de albergar indivíduos pouco honestos. Porque o futebol (dirigentes) já não se consegue regenerar a si próprio.
Em face disto, a decisão dos sócios do clube de Barcelos, pressionados pelo amor clubista, sentindo a injustiça, mas sabendo que a responsabilidade é, fundamentalmente, dos seus dirigentes é de uma responsabilidade dramática. Se aprovarem o recurso aos tribunais comuns, (que será a opção mais emotiva), o seu Clube será porventura irradiado, e Portugal inteiro sofrerá na pele, com a suspensão da participação de Portugal nas provas internacionais. Se optarem por desistir dos tribunais comuns, (decisão que porventura lhes custará imenso, e cujos benefícios não serão evidentes), o clube será penalizado (disputará a 2ª Liga).
Ser sócio de um Clube é sobretudo uma questão sentimental e emotiva, mesmo irracional, muitas vezes. Seria uma surpresa bastante positiva, que poderia contribuir para a regeneração do futebol português, se o resultado da Assembleia fosse tomado de forma racional, retirando o processo dos tribunais comuns e abrindo a possibilidade de tomada de responsabilidades, que não só dos dirigentes do Gil; que dizer da Liga e Federação que, com tempo suficiente para resolver esta questão, a deixaram arrastar e levar a esta situação extrema?
Talvez haja uma maioria silenciosa que dê um exemplo à classe de dirigentes. É também tempo de o poder politico obrigar o futebol a ser uma actividade respeitável, e deixar de albergar indivíduos pouco honestos. Porque o futebol (dirigentes) já não se consegue regenerar a si próprio.
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