Obra-prima perfeita de Pereirinha e Liedson
Ser do Sporting significa também considerar o Benfica o rival a ultrapassar, o “inimigo a abater”. O Sporting-Benfica vale três pontos mas dá também uma satisfação a dobrar: para além da vitória dos nossos, a derrota deles. O orgulho de ser Sporting transborda neste derby e neles cresce a frustação.
E quando se ganha e convence, mesmo os suspeitos do costume, têm que admitir que o Sporting esteve muito acima, no futebol produzido, relativamente ao Benfica, cheio de superstars. Parafraseando “A Bola”, este ano particularmente inebriada pela equipa encarnada, “as vantagens de Paulo Bento sobre Quique Flores ainda se tornaram mais evidentes pela brutal diferença na qualidade de futebol mostrado pelas duas equipas.” E para que não fiquem dúvidas, segue: “Tão brutal diferença, que é justo dizer-se que o Sporting merecia melhor resultado”. Também para mim foi cristalino: se tivéssemos um pouco de sorte, como tinha pedido, o resultado pela margem mínima, 3-2, teria sido transformado para uma diferença de, pelo menos três golos. Ganhámos, sem espinhas e sem sorte.
O jogo era decisivo para nós. Perdê-lo significava ir ao Dragão, na próxima jornada com o espectro de ficarmos a 10 pontos dos portistas e a 9 do Benfica! Seria o adeus ao título. Assim, com essa enorme pressão, fizemos pela vida. Desde logo o treinador, cujas declarações pré-jogo, faziam adivinhar aquilo que aconteceu: o Benfica resguardado, apostava unicamente no contra-ataque, esperando a perda de bola para partir para ataques rápidos através do seu trio de luxo, Reyes, Aimar e Suazo. O empate servia-lhes, e esperavam marcar num lance de bola parada. Mas nós trocámos-lhes as voltas e jogámos como eles não queriam.
Em qualquer jogo o primeiro golo determina muitas vezes o resultado final. Fundamental e decisivo, mais uma vez, Liedson. A maravilha daquele remate certeiro, que enrola para entrar no ângulo da baliza logo aos 10’, confortava e retirava ansiedade à equipa (e também aos adeptos). A primeira parte foi sempre equilibrada, com o Sporting a ter mais iniciativa mas sem arriscar muito. Poucos remates, muito escassas oportunidades de golo. E o Benfica chegou ao empate aproveitando o único erro de Polga que, surpreendido por Suazo, o derrubou, provocando penalty, que dava empate ao intervalo.
Pedro Silva e Rochemback a titulares, teimosia do técnico, que defende a sua aposta e que lá vai levando a água ao seu moinho. Estiveram ambos bem, mas juntamente com Grimi, longe do nível de todos os outros jogadores. Liedson, será recordado para sempre como um dos melhores avançados de sempre. Melhor que Jardel, que Acosta e Juskowiak, Gomes, Manuel Fernandes e Jordão, mesmo do que Keita e Yazalde. O levezinho tem sido o melhor avançado na Liga Portuguesa nos últimos anos e a sua forma está no melhor nível de sempre. E, especialmente contra o Benfica, Liedson está a criar uma lenda.
Abrindo a 2ª parte com o golo de Derlei (finalmente um passe que resultou de Polga), a equipa do Sporting dominou o encontro, com alto ritmo em busca do golo tranquilizador que por várias vezes esteve à vista. Com o meio-campo a pressionar bem dentro do meio-campo contrário, Izmailov, Moutinho e Vukcevic, estavam insaciáveis a construir jogadas de ataque, que a mobilidade de Derlei e Liedson transformavam em situações de finalização que se sucediam em bom ritmo. O jogo entusiasmava, mas o golo tardava em aparecer. Paulo Bento recorreu à arma secreta, ao trunfo escondido, jogado no tempo certo, Pereirinha.
Foi uma obra de arte: Lançado na direita por Izmailov, em velocidade, Pereirinha passa por David Luis (bola por um lado jogador por outro), e acelera para a linha final. Sidnei faz a dobra, mas, serenamente, Pereirinha senta-o, e tira um cruzamento de pé esquerdo, com peso, conta e medida. Ainda longe da baliza, o felino levezinho, antecipa-se a Maxi, e cabeceia forte, colocado e tecnicamente perfeito para o voo de Moreira, entrando a bola junto ao poste. Simplesmente perfeito. Finalmente, a tranquilidade.
O Benfica, que nunca quis verdadeiramente ganhar (ou disfarçou bem), que, com a colaboração do árbitro apostou quase só nos livres, perto ou longe da área, ainda assim, reduziu para 3-2, já no final do jogo, numa boa cabeçada de Cardozo. O Benfica foi fraco, nas palavras do seu treinador, Flores, e não merecia este golo, que dá a aparência de equilíbrio, que verdadeiramente não existiu; o resultado foi escasso, resumiu, de modo simples, Bento. No confronto de treinadores também uma vitória inapelável do leão.
E quando se ganha e convence, mesmo os suspeitos do costume, têm que admitir que o Sporting esteve muito acima, no futebol produzido, relativamente ao Benfica, cheio de superstars. Parafraseando “A Bola”, este ano particularmente inebriada pela equipa encarnada, “as vantagens de Paulo Bento sobre Quique Flores ainda se tornaram mais evidentes pela brutal diferença na qualidade de futebol mostrado pelas duas equipas.” E para que não fiquem dúvidas, segue: “Tão brutal diferença, que é justo dizer-se que o Sporting merecia melhor resultado”. Também para mim foi cristalino: se tivéssemos um pouco de sorte, como tinha pedido, o resultado pela margem mínima, 3-2, teria sido transformado para uma diferença de, pelo menos três golos. Ganhámos, sem espinhas e sem sorte.
O jogo era decisivo para nós. Perdê-lo significava ir ao Dragão, na próxima jornada com o espectro de ficarmos a 10 pontos dos portistas e a 9 do Benfica! Seria o adeus ao título. Assim, com essa enorme pressão, fizemos pela vida. Desde logo o treinador, cujas declarações pré-jogo, faziam adivinhar aquilo que aconteceu: o Benfica resguardado, apostava unicamente no contra-ataque, esperando a perda de bola para partir para ataques rápidos através do seu trio de luxo, Reyes, Aimar e Suazo. O empate servia-lhes, e esperavam marcar num lance de bola parada. Mas nós trocámos-lhes as voltas e jogámos como eles não queriam.
Em qualquer jogo o primeiro golo determina muitas vezes o resultado final. Fundamental e decisivo, mais uma vez, Liedson. A maravilha daquele remate certeiro, que enrola para entrar no ângulo da baliza logo aos 10’, confortava e retirava ansiedade à equipa (e também aos adeptos). A primeira parte foi sempre equilibrada, com o Sporting a ter mais iniciativa mas sem arriscar muito. Poucos remates, muito escassas oportunidades de golo. E o Benfica chegou ao empate aproveitando o único erro de Polga que, surpreendido por Suazo, o derrubou, provocando penalty, que dava empate ao intervalo.
Pedro Silva e Rochemback a titulares, teimosia do técnico, que defende a sua aposta e que lá vai levando a água ao seu moinho. Estiveram ambos bem, mas juntamente com Grimi, longe do nível de todos os outros jogadores. Liedson, será recordado para sempre como um dos melhores avançados de sempre. Melhor que Jardel, que Acosta e Juskowiak, Gomes, Manuel Fernandes e Jordão, mesmo do que Keita e Yazalde. O levezinho tem sido o melhor avançado na Liga Portuguesa nos últimos anos e a sua forma está no melhor nível de sempre. E, especialmente contra o Benfica, Liedson está a criar uma lenda.
Abrindo a 2ª parte com o golo de Derlei (finalmente um passe que resultou de Polga), a equipa do Sporting dominou o encontro, com alto ritmo em busca do golo tranquilizador que por várias vezes esteve à vista. Com o meio-campo a pressionar bem dentro do meio-campo contrário, Izmailov, Moutinho e Vukcevic, estavam insaciáveis a construir jogadas de ataque, que a mobilidade de Derlei e Liedson transformavam em situações de finalização que se sucediam em bom ritmo. O jogo entusiasmava, mas o golo tardava em aparecer. Paulo Bento recorreu à arma secreta, ao trunfo escondido, jogado no tempo certo, Pereirinha.
Foi uma obra de arte: Lançado na direita por Izmailov, em velocidade, Pereirinha passa por David Luis (bola por um lado jogador por outro), e acelera para a linha final. Sidnei faz a dobra, mas, serenamente, Pereirinha senta-o, e tira um cruzamento de pé esquerdo, com peso, conta e medida. Ainda longe da baliza, o felino levezinho, antecipa-se a Maxi, e cabeceia forte, colocado e tecnicamente perfeito para o voo de Moreira, entrando a bola junto ao poste. Simplesmente perfeito. Finalmente, a tranquilidade.
O Benfica, que nunca quis verdadeiramente ganhar (ou disfarçou bem), que, com a colaboração do árbitro apostou quase só nos livres, perto ou longe da área, ainda assim, reduziu para 3-2, já no final do jogo, numa boa cabeçada de Cardozo. O Benfica foi fraco, nas palavras do seu treinador, Flores, e não merecia este golo, que dá a aparência de equilíbrio, que verdadeiramente não existiu; o resultado foi escasso, resumiu, de modo simples, Bento. No confronto de treinadores também uma vitória inapelável do leão.
Estamos preparados para os desafios que se aproximam: Bayern para a Champions e depois a visita, também decisiva ao Dragão. Peço, que repitam aquilo que de bom se viu ontem em Alvalade: Esforço, Dedicação, Devoção e Glória: Eis o Sporting