sábado, outubro 31, 2009

A euforia do glorioso IV

O Benfica está a praticar um excelente futebol, marca muitos golos, dá espectáculo e os adeptos têm todo o direito de se sentir eufóricos, ao contrário dos sportinguistas. Cada jogo do Sporting parece mais penoso que o anterior, falta alegria aos jogadores, vê-se péssimo futebol e os adeptos andam macambúzios.
O Benfica é um sério candidato ao título. O Sporting nem por isso.
Tudo isso é verdade. Mas também há outras vertentes que devem ser avaliadas. O Sporting adoptou uma estratégia correcta, quanto a mim, e que se pode resumir na seguinte frase: "Quem não tem dinheiro não tem vícios". Essa é a trave mestra do futebol sportinguista nos últimos anos e tem vantagens e desvantagens. Como principais vantagens, a tentativa de reequilibrar as contas e a aposta séria na formação; como desvantagens, a luta contra adversários melhor apetrechados que nós, o afastamento dos sócios, tudo o que se tem vindo a assistir esta época.
Quanto ao Benfica, enfim, gastou dezenas de milhões de euros nos últimos anos sem grandes resultados desportivos nem financeiros. Este ano renovou a aposta, desta vez aparentemente tem condições de traduzir o investimento em títulos e numa presença na Liga dos Campeões, mas pelas notícias publicadas ontem, anda a puxar muito a corda. A corda aguentará?
Esta diferença de abordagens pode ser vista como a eterna discussão entre o foco na redução de despesas, para equilibrar as receitas, e o foco no investimento, para aumentar as receitas. Ou entre a formiga e a cigarra.
Na minha opinião, continuo a considerar correcta a abordagem do Sporting. Não é por ficarmos em 3º este ano - ou mesmo em 4º! - que isso vai abalar esta minha convicção. O clube é centenário e não deve ser avaliado por um ano, nem mesmo por cinco. Já o resultado da abordagem do Benfica está à vista, milhões de prejuízos. Não é obviamente uma política de longo prazo...
Uma nota adicional - não é por causa disto que a equipa e os jogadores do Sporting não têm de fazer mais e melhor. Respirem fundo, acalmem-se, e não tenham medo de fazer o que fazem melhor - jogar à bola. PAra os adeptos do Sporting, o mesmo conselho - vamos com calma!

A euforia do glorioso III

Luís Filipe Vieira: «Em Janeiro não sai ninguém e haverá reforços»
LÍDER ENCARNADO SÓ ADMITE UMA TRANSFERÊNCIA NO FINAL DA ÉPOCA


O presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, revelou sexta-feira que a SAD só admite vender um futebolista "depois de Dezembro" e que, se tal acontecer, o mesmo "permanecerá no plantel até ao final da época".
Numa reunião informal com vários jornalistas e convidados, no Estádio da Luz, Vieira justificou essa decisão com a "aposta nos resultados desportivos", a "principal prioridade do Benfica", razão pela qual prometeu que a SAD "vai investir no reforço da equipa na reabertura de mercado", em Janeiro de 2010, apesar dos 34,8 milhões de prejuízo entretanto anunciados.
O administrador da SAD, Domingos Soares Oliveira, não identificou o jogador passível de ser negociado depois de Dezembro, mas aludiu a um futebolista do plantel "que valia 20 milhões de euros em Julho e que hoje vale 35 milhões".
Seria Luís Filipe Vieira a fazer alusão ao nome de Di Maria, cuja cláusula de rescisão foi recentemente aumentada para 40 milhões de euros porque a SAD recebeu uma proposta de 30 milhões, que recusou. "Se o Di Maria tem uma cláusula de 40 milhões é porque sabíamos que alguém estaria disposto a pagar os 30 milhões da claúsula anterior", confessou o presidente do Benfica.
Caso surja uma oferta de 35 milhões de euros pelo internacional argentino, Domingos Soares Oliveira admitiu que o Benfica "pode ser obrigado a vendê-lo", apesar da cláusula de 40 milhões, a não ser que "cubra a oferta, pagando 7 milhões, correspondentes a 20 por cento do montante daquela, ou convença os subscritores do Fundo que o jogador "tem um potencial de valorização susceptível de gerar uma proposta superior".
O presidente encarnado desvalorizou o prejuízo de mais de 34 milhões no exercício de 2008/09, na medida em que para ter um resultado positivo "bastaria que a SAD tivesse vendido um jogador", considerando que o Benfica "pode ser um clube rentável e ganhador".
"Se chegar uma proposta de 25 milhões pelo Di Maria, a Espírito Santo Fundo de Investimento Mobiliário SA (ESAF) não quererá, de certeza, vender o jogador", observou Domingos Soares Oliveira, minimizando a perda do direito do Benfica de fazer uma opção estratégica no sentido de manter o jogador.
Argumentou que esse será "um conflito positivo" para a SAD, enquanto Luís Filipe Vieira lembrou que "o Fundo não foi criado numa óptica de especulação".
Questionado sobre qual o valor do passivo global consolidado, Domingos Soares Oliveira disse "não ter esse número", fornecendo um montante de "250 milhões de euros de passivo exigível".
Questionado sobre a dificuldade de valorização e venda de um jogador acima do patamar dos 15 milhões de euros, sem o poder exibir na montra da Liga dos Campeões, Domingos Soares Oliveira contrapôs com as declarações de Luís Filipe Vieira. "Não estamos na Liga dos Campeões e o presidente disse há pouco que recebemos duas ofertas no valor de várias dezenas de milhões de euros por dois jogadores", lembrou o responsável pelas finanças da SAD, desvalorizando a participação na Liga dos Campeões no aumento dos activos do plantel, "neste momento, um dos mais assediados da Europa".
Questionado sobre o caso concreto do médio espanhol Javi Garcia, cujo passe custou ao Benfica 7,5 milhões de euros, mas está avaliado em 17 milhões no Fundo de Jogadores, Domingos Soares Oliveira remeteu para o "comité independente que avaliou e certificou" que o jogador em causa "valia 17 milhões em função do seu potencial de valorização".
O dirigente encarnado revelou que o Benfica já encaixou "22 milhões de euros dos 40" em que o Fundo foi avaliado, como retorno do investimento através da alienação dos direitos económicos dos sete jogadores que o integram.
Para Luís Filipe Vieira o valor de 40 milhões está "abaixo do forte potencial de valorização" do Fundo, o qual, revelou, poderá "vir a ser reforçado em devido tempo", visto que há "várias entidades muito interessadas em fazê-lo".
Quem justificou a ausência do nome do internacional paraguaio Óscar Cardozo no referido Fundo foi Domingos Soares Oliveira: "Fez 26 anos e a idade limite para integrá-lo são 25".
Domingos Soares Oliveira afirmou, em Junho, numa entrevista, que o Benfica teria necessidade de vender dois ou três jogadores no Verão, caso contrário iria debater-se com dificuldades de tesouraria, mas volvidos 4 meses Luís Filipe Vieira não só diz que não vende até Dezembro, como promete ainda "investir mais no reforço da equipa".
"A constituição do Fundo de jogadores resolveu parte do problema", esclareceu Domingos Soares Oliveira, sugerindo que o Benfica enveredou "pela via mais difícil" e que soube "inovar a nível de patrocínios".
O resultado negativo do exercício foi justificado pelo administrador da SAD do Benfica com "os maus resultados desportivos da época 2007/08", traduzidos no quarto lugar no campeonato e a consequente ausência da Liga dos Campeões, que custou ao Benfica um encaixe de 12 milhões de euros, "penalizando os resultados operacionais, agravando o passivo, os encargos financeiros, a massa salarial e baixando as receitas", já para não falar dos "custos com a rescisão de Quique Flores".
in Record

A euforia do glorioso II

SAD regista prejuízo de 34,8 milhões de euros
SOCIEDADE BENFIQUISTA REVELA CONTAS DO EXERCÍCIO 2008/2009

A Benfica SAD apresentou esta sexta-feira, em comunicado enviado à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), as contas do exercício 2008/2009, registando um prejuízo de 34,8 milhões de euros, depois de ter somado lucros de 116 mil euros no ano anterior. Além disso, a sociedade encarnada contabilizou, pela primeira vez, capitais próprios negativos, de 11,8 milhões de euros.
"O resultado líquido de 2008/2009, à semelhança do operacional, apresenta valores significativamente negativos, apenas comparável com o prejuízo superior a 37 milhões de euros apurado em 2000/2001. Desta forma, interrompeu-se uma série de dois anos em que a Sociedade apresentou resultados líquidos positivos, a qual se pretende retomar no mais curto espaço de tempo possível", refere o comunicado enviado à CMVM.
O resultado anunciado hoje reflete o mau desempenho desportivo na passada temporada, tento a SAD registado também um aumento do passivo, que passou de 125 milhões de euros para 178,6 milhões de euros. Por outro lado, "o valor do activo da Benfica SAD equivale a cerca de 166,8 milhões de euros, tendo apresentado um crescimento de 12,7%, impulsionados pelos direitos desportivos de atletas".
"Contrariando a tendência dos dois últimos exercícios, os capitais próprios da Sociedade sofreram um forte recuo no presente exercício por via do prejuízo apresentado. Esta diminuição implicou inclusivamente que, pela primeira vez, a Benfica SAD tivesse atingido um valor negativo [11,8 milhões de euros] nos seus capitais próprios", pode ainda ler-se no comunicado.
Comunicado enviado à CMVM:"Análise às Demonstrações Financeiras Consolidadas
Na análise às demonstrações financeiras consolidadas do exercício de 2008/2009, que compreendem o período de 1 de Julho de 2008 a 30 de Junho de 2009, salientamos que a sua comparabilidade com o exercício anterior se encontra afectada, pelo facto do mesmo compreender o período de 1 de Agosto a 30 de Junho de 2008, situação relacionada com a alteração do exercício social no ano anterior. Desta forma, o exercício de 2007/2008 compreendeu apenas 11 meses de actividade, de forma a ajustar os exercícios económicos à época desportiva.
Os resultados operacionais consolidados correspondem a 29,9 milhões de euros negativos, dos quais os montantes relacionados directamente com passes de atletas representam cerca de 16,9 milhões euros do referido prejuízo, e o EBITDA apresenta um valor negativo próximo dos 5 milhões de euros.
Estes resultados são influenciados por uma série de factores, nomeadamente:
• a não participação na Liga dos Campeões após três anos consecutivos de presença, tratando-se da principal prova de clubes na Europa que permite um encaixe de receitas na ordem dos 10 milhões de euros caso se atinja a fase de Grupos;
• os resultados desportivos da equipa principal de futebol, que se viu arredada da discussão do título nacional a partir do início da segunda parte da época e foi eliminada da Taça UEFA na fase de Grupos, onde o seu desempenho não atingiu os patamares expectáveis;
• o reforço do investimento efectuado no futebol profissional, quer no que se refere à manutenção dos principais atletas que integraram o plantel na época 2007/2008, quer na aquisição de novos atletas, em diversos casos oriundos de clubes europeus com o intuito de reforçar o plantel com qualidade e experiência, tendo também como consequência o aumento da massa salarial;
• a decisão estratégica tomada no final da época 2008/2009 em manter os principais activos naSociedade, com o intuito de voltar a apostar nesses jogadores para obter resultados desportivos e não optar por alienar direitos desportivos de atletas cujo valor de mercado se encontravanegativamente influenciado pela época menos conseguida da equipa.
A estes factores de índole interna, há ainda a acrescentar a crise económica que atingiu a esmagadora maioria das economias mundiais e que implicou um menor poder de compra por parte da generalidade dos consumidores. Naturalmente que existindo um afastamento dos resultados desejados por parte da equipa principal de futebol, a propensão à assistência de jogos de futebol por parte do adeptos tem tendência a diminuir.
Finalmente, outros factores que também contribuíram para os resultados negativos do exercício dizem respeito às diversas indemnizações assumidas pela Sociedade, nomeadamente com a rescisão com a anterior equipa técnica, e o reconhecimento de imparidades referentes aos passes dos atletas que tiveram um desempenho desportivo menos positivo, o qual não é dissociável do desempenho global da equipa.
Os resultados financeiros são negativos em aproximadamente 4,9 milhões de euros, o que corresponde a uma variação negativa de 1 milhão de euros face ao ano anterior. Este decréscimo do resultado foi motivado pelo facto da Sociedade ter aumentado o seu nível de endividamento médio face ao período homólogo, sendo de acrescer que estamos perante um mês adicional de custos quando comparado com o exercício anterior. Assim, a redução da taxa Euribor que se verificou durante este exercício com impacto em alguns dos empréstimos não foi suficiente para compensar o aumento do endividamento, nomeadamente com o recurso à emissão de papel comercial no valor máximo de 40 milhões de euros e à celebração de novos empréstimos intercalares, tendo inclusivamente estes últimos sofrido um agravamento considerável das taxas de spread praticadas pelas instituições bancárias.
O resultado líquido de 2008/2009, à semelhança do operacional, apresenta valores significativamente negativos, apenas comparável com o prejuízo superior a 37 milhões de euros apurado em 2000/2001. Desta forma, interrompeu-se uma série de dois anos em que a Sociedade apresentou resultados líquidos positivos, a qual se pretende retomar no mais curto espaço de tempo possível. No exercício em análise verificou-se um aumento do passivo da Sociedade, que passou de 125 milhões de euros para 178,6 milhões de euros, o que significa um acréscimo de 53,6 milhões de euros. Esta variação está essencialmente relacionada com o aumento ocorrido nas rubricas de empréstimos obtidos, que em termos líquidos (considerando o saldo não corrente e corrente) variaram cerca de 56,1 milhões de euros.
A rubrica do passivo corrente de empréstimos obtidos sofreu um aumento significativo, o qual é explicado pela subscrição de papel comercial no valor de 40 milhões de euros, pela transferência de 20 milhões de euros da rubrica de não corrente referente ao empréstimo obrigacionista e pelo recurso a empréstimos intercalares num valor superior a 19 milhões de euros. Este aumento do endividamento está relacionado com a necessidade da Sociedade em investir com o intuito de obter resultados num futuro próximo, sendo de destacar que as instituições bancárias continuam a acreditar e a apoiar a estratégia da Benfica SAD através da criação de condições que têm permitido à Sociedade financiar a sua actividade.
O valor do activo da Benfica SAD equivale a cerca de 166,8 milhões de euros, tendo apresentado um crescimento de 12,7% e uma variação próxima dos 18,8 milhões de euros essencialmente impulsionados pelos direitos desportivos de atletas.
Naturalmente que os investimentos que têm vindo a ser efectuados pela Sociedade nos últimosexercícios têm permitido aumentar o valor líquido dos direitos desportivos dos atletas, a principal parcela que compõe a rubrica de activos intangíveis. Assim, esta rubrica apresenta no final do exercício corrente um valor de 83,3 milhões de euros, dos quais 70,7 milhões de euros dizem respeito a direitos desportivos de atletas (2007/2008: 53,5 milhões de euros), o que representa um crescimento de 17,2 milhões de euros. De referir que é expectável que o valor actual do plantel da Benfica SAD seja manifestamente superior ao valor líquido contabilístico, tendo o recente desempenho da equipa contribuído para a valorização dos seus atletas.
Contrariando a tendência dos dois últimos exercícios, os capitais próprios da Sociedade sofreram um forte recuo no presente exercício por via do prejuízo apresentado. Esta diminuição implicouinclusivamente que, pela primeira vez, a Benfica SAD tivesse atingido um valor negativo nos seus capitais próprios.
Conforme já foi anteriormente referido, este resultado e a situação dos capitais próprios a 30 de Junho de 2009, apesar de não serem os desejáveis, foram conscientemente obtidos após um exercício de forte investimento, de retracção económica e de resultados significativamente aquém das expectativas e dos objectivos traçados no início da época. A solução mais fácil para evitar os resultados agora apresentados seria a alienação dos direitos desportivos dos principais atletas. Contudo, a decisão tomada foi exactamente a contrária, isto é, não se enveredou pela venda de jogadores, uma vez que se considerou que o seu valor de mercado estava a ser negativamente influenciado por uma época com poucos resultados, mas antes pela manutenção desses atletas, pelo investimento em novos jogadores de qualidade que possam fortalecer o plantel e por mudanças significativas na estrutura técnica do futebol profissional que, naturalmente, teve algumas responsabilidades nos resultados negativos do presente exercício. Estas opções foram tomadas tendo consciência que, apesar do impacto negativo nos resultados económicos imediatos, eram as que melhor defendiam os superiores interesses da Benfica SAD em termos desportivos e económicos a médio prazo.
Paralelamente, a Benfica SAD continuou a trabalhar no sentido de ultrapassar o actual panorama dos seus capitais próprios, sendo para tal fundamentais as operações de criação de um fundo deinvestimento em jogadores e da reestruturação do Grupo Sport Lisboa e Benfica.
Evolução da Actividade no Exercício em Análise
Após um desempenho positivo na primeira metade da Liga Nacional, tendo inclusivamente iniciado o mês de Janeiro na liderança da prova, a equipa acabou por se afastar do primeiro lugar, terminando já no decorrer do mês de Maio a competição no terceiro lugar, detendo ainda o segundo melhor ataque da competição com 54 golos marcados.
Esta classificação deu acesso directo à nova competição europeia que estreou na temporada 2009/2010, a Liga Europa, cujos moldes se assemelham à Liga dos Campeões e que substitui a Taça UEFA. Contudo, à semelhança do ano anterior, ficou comprometido o acesso à Liga dos Campeões de 2009/2010, situação que na época em análise já teve um impacto negativo nos resultados económicofinanceiros da Sociedade, para além da importância em termos de prestígio e notoriedade associada à presença na principal competição de clubes da Europa.
O momento mais positivo de toda a época desportiva ocorreu a 21 de Março de 2009, quando o Benfica conquistou a Taça da Liga, numa final disputada frente ao Sporting no Estádio do Algarve, conseguindo juntar pela primeira vez este troféu ao seu palmarés na sua segunda edição tornando-se na primeira equipa a deter todos os troféus nacionais em competição.
Após o término da época desportiva 2008/2009, foi realizado um balanço rigoroso de toda a temporada e foi tomada a decisão de substituir a equipa técnica da equipa de futebol profissional. Assim sendo, no início de Junho foi alcançado o acordo de rescisão amigável com o Sr. Enrique Sanchez Flores e os treinadores adjuntos, tendo sido posteriormente contratada a nova equipa técnica liderada pelo Sr. Jorge Jesus.
No decorrer do exercício de 2008/2009, os investimentos que foram realizados para reforço do plantel da equipa de futebol profissional ascenderam no seu conjunto ao montante de aproximadamente 41,6 milhões de euros.
O valor do investimento acima referido está essencialmente relacionado com as aquisições de direitos desportivos dos atletas Carlos Martins, Pablo Aimar e Sidnei no início da época 2008/2009 e dos jogadores José Alberto Schaffer, Ramires, Patric e Saviola antes do início da época 2009/2010.
No que se refere a alienação de direitos desportivos, a Benfica SAD realizou transferências de atletas no valor de cerca de 8,9 milhões de euros no decurso do exercício de 2008/2009, tendo estas operações gerado mais valias de aproximadamente 7,1 milhões de euros.
Assim, nos meses de Julho e Agosto de 2008 foram transferidos os atletas José Fonte, João Coimbra e Nélson para o Cristal Palace, Marítimo e Bétis de Sevilha, respectivamente, e, antes de 30 de Junho de 2009, foi transaccionado o direito desportivo do atleta Katsouranis para o Panathinaikos.
No que se refere aos escalões de formação, o Benfica deu mais um passo na evolução que se temverificado nos últimos anos. Depois de na época transacta se ter sagrado campeão nacional na categoria de juvenis, este ano foi a vez de conquistar os títulos de campeão nacional em juniores e iniciados, isto é, em 2 dos 3 escalões.
Na Assembleia Geral realizada a 12 de Janeiro de 2009 foi deliberado autorizar o Conselho deAdministração a proceder à emissão de papel comercial ou instrumento de dívida equiparado até ao montante máximo de 40 milhões de euros nos demais termos e condições do programa apresentado.
A Sociedade apresenta capitais próprios consolidados negativos, mantendo-se a intenção referida em relatórios anteriores da Direcção do accionista Sport Lisboa e Benfica promover um aumento de capital na Benfica SAD, através da entrada em espécie das acções detidas na Benfica Estádio e posterior fusão entre as duas sociedades, como uma das medidas e encetar como forma de cumprir com o disposto no artigo 35º do Código das Sociedades Comerciais. No âmbito desta operação, cabe referir que no decorrer deste exercício a Sociedade obteve o deferimento por parte do Ministério das Finanças ao requerimento do pedido de isenção de IMT e do Selo, bem como emolumentos e outros encargos legais, nos termos e ao abrigo do Decreto-Lei nº 404/90, de 21 de Dezembro, actualmente artigo 60.º do EBF.
Este projecto deverá ser apresentado antes do final do corrente ano civil aos associados do accionista Sport Lisboa e Benfica e a respectiva aprovação em Assembleia Geral permitirá um reforço significativo dos Capitais Próprios desta Sociedade.
Adicionalmente, a Administração está convicta que a geração de resultados económicos e financeiros positivos nos próximos exercícios irá permitir de forma faseada a recuperação dos capitais próprios da Sociedade e complementar a medida anteriormente referida.
O Conselho de Administração - Lisboa, 30 de Outubro de 2009"
in Record

A EUFORIA DO GLORIOSO


Já não escrevo há um ano! Fui rever o último post que tinha por título "O Benfica de Rui Costa". É engraçado rever o que pensava na altura. Um ano depois só posso dizer que a realidade está a ultrapassar o sonho.

Nós somos os campeões das pré-épocas, é verdade. Todos os anos. Mas ao contrário do que pensam , isto acontece porque o Benfica tem sempre uma ilusão, uma ambição, um sonho de querer ser grande e vitorioso. E acreditamos sempre. Não é isso que qualquer clube pretende fazer sentir aos seus adeptos?

E finalmente o sonho torna-se realidade. Eu sei que não ganhámos nada, mas é evidente que esta avalanche de ataque não é por acaso. Jesus operou um milagre. A equipa joga muito. Joga bem. Joga rápido. Defende à frente. É eficaz. Dá espectáculo. Faz muitos golos.

Muitos anti-Benfica esperam pelo momento que o Benfica tropece, mas as semanas passam e o Benfica vai massacrando. E vão agoirando: quanto mais alto subirem, maior é a queda, deixem o balão encher que quando furar esvaem-se em ar. Alguns, ainda mais tortuosos torcem para que as autoridades descubram qualquer marosca financeira para matar o Benfica...
Pois chupem ...e sigam chupando.

A pré-época já acabou (onde arrebatámos todos os torneios em que participámos - só 4) e no campeonato entrámos com tudo mas deparou-se-nos uma equipa que não jogou à bola, mais interessada em pedir para o massagista entrar. E depois de criarmos milhentas oportunidades, e inclusivé falharmos um penalty, apenas empatámos. Quisesse o árbitro marcar o outro penalty e hoje só contaríamos com vitórias. Mas à parte o jogo de Guimarães (em que não jogámos bem, e temos que dar mérito ao Vitória) todos os outros jogos fizemos exibições de luxo Na Europa fomos sobranceiros na 1ª parte com o AEK mas na 2ª parte jogamos para resolver. Não tivemos sorte. Os 5-0 ao Everton é escrever História.

Amanhã é o grande teste. Mais um. Estou convencido que o Benfica vai ganhar tranquilo. Se jogar o que tem jogado, e nada faz prever que o não faça, é mais um cabaz. É um momento chave no Campeonato. É para ganhar.
Olhando para os rivais, temos um Sporting moribundo e o Porto amedrontado. É doloroso ver um clube como o SCP chegar ao nível zero do futebol. Assim não ganham a ninguém! Estou convencido que Paulo Bento tem que sair. Já não há confiança, já ninguém acredita, já deu o que tinha a dar. Já não luta pelo título. O Porto está a jogar muito poucochinho. Vai ganhando quase "por inércia", por ser tão normal ganhar. Mas as equipas vão perdendo esse temor reverencial e começam a ser mais irreverentes. O Belenenses hoje trouxe um pontito do Dragão! Mas não jogou nada de nada. Dá-me gozo recordar os comentadores, depois das goleadas do Benfica dizerem que as equipas são muito fraquitas... O Belenenses empatou em Alvalade e no Dragão... Mas o que me dá gozo a sério é ouvir os assobios ao Sporting e ao Porto nas suas próprias casas. É lindo...

E assim, finalmente, o monstro está desperto.

Com o Estádio, o Campus, a Fundação, a Benfica TV, o Fundo de Jogadores é hilariante ouvir falar alguns comentadores a falar do investimento de "vida ou morte" do SLB.

O Glorioso está muito vivo, está como nunca esteve. Está a nascer uma nova lenda do futebol ,a
de Jesus e os seus Apóstolos.

Saúdinha

quarta-feira, outubro 14, 2009

Será que o pé-frio inverteu a sua sina?

Carloz Queiroz deu a primeira sapatada no seu destino. A ver se ainda vai a tempo de fazer história. Os números dizem que o desempenho da selecção neste apuramento não foi inferior ao anterior.
Parece a equipa do Sporting a jogar, mas quem sabe contra equipas a sério não demonstramos o nosso real valor?

segunda-feira, outubro 12, 2009

Finalmente...

O "puto mimado" ou aquele que se "vendeu por 30 moedas", resolveu dar uma ajuda ao seu país! Dizem as más línguas que ele nem queria cumprimentar o CR9 (ou vice-versa)... a Bola - para quem não sabe, o jornal oficioso do SLB - logo veio em defesa do seu menino e quis compará-lo ao Cantona.




terça-feira, outubro 06, 2009

Ele tem de sair!

O repto foi lançado e aceite... algum tempo depois, regresso às lides "revisionistas"...
Começo pelas cenas tristes... Entendo que o Paulo Bento não tem mais condições para continuar a treinar o Sporting. A equipa está metida num buraco, da qual não vejo como poderá dar a volta por cima.

Até nem creio que o Paulo Bento seja o maior culpado e até muito recentemente apoiava a sua permanência no clube, mas da forma como a coisas estão, não me parece possível dar a volta sem mudar o treinador. É difícil conceber e aceitar que uma equipa que é praticamente a mesma da época anterior apresente um futebol tão desgarrado e ainda sem qualquer entrosamento.

É incontestável que temos um plantel inferior aos mais directos concorrentes, mas nada que justifique os números até agora apresentados! Essa diferença quanto muito deveria reflectir-se ao longo da época e não num início de época tão negativo (em sete jogos, ganhámos três e fomos eliminados da liga dos campeões). Até porque o Braga já leva sete seguidas (com Porto e Sporting pelo meio)!

No meu entender a causa principal foi ter-se instalado no seio do plantel um sentimento de inferioridade perante a euforia que se instalou noutros clubes (euforia essa que não foi bem gerida pelos dirigentes).

Depois, temos o problema de, com Paulo Bento, nunca termos jogado bem… vitórias sempre muito sofridas e pouco entusiasmantes. Os adeptos vão-se desencantando e é difícil esperar um bom jogo do Sporting.

A falta de militância que o Soares Franco referiu em tempos resulta deste desencanto. Resulta também de uma política de aquisições pouco apelativa (no money no honey) mas essa é, uma realidade que não podemos fugir (eu pelo menos acredito que este é o caminho). Não obstante acho que podíamos ter feito melhores aquisições: não contesto - porque também apoiei as suas aquisições - os flopes monumentais Caneira, Postiga e Rochemback, mas custa-me a perceber os milhões gastos no Grimi, um defesa esquerdo absolutamente vulgar.

Os jogadores do Sporting têm também um problema de atitude, pois o Sporting de uma forma geral tem jogado bem – embora nem sempre ganhando – contra equipas teoricamente mais fortes e é contra equipas mais fracas que tem vacilado (responsabilidade deles ou do Paulo Bento?)! Uma importante excepção a esta teoria foi os jogos do Bayern… mas aí o sinal vindo do banco foi claro no sentido em que as baterias estavam todas apontadas ao campeonato. Temos então uma equipa imatura ou um treinador que não consegue passar a mensagem?

O valor de um treinador mede-se pelo valor que acrescenta às equipas em função das individualidades; actualmente, Paulo Bento não acrescenta valor, bem pelo contrário. Para além de tudo, continuamos sem saber marcar e defender cantos, devemos ser a única equipa do mundo em que a marcação de penalties é um suplício, continuamos a ter jogadores medíocres a marcar livres, temos uma percentagem de passes errados muito elevada, não há jogo de equipa… enfim, temos uma mão cheia de jogadores fora de forma: Moutinho, Polga, Liedson, Vukcevic, Caneira, Postiga, já para não falar no ridículo que são os laterais do Sporting.

domingo, outubro 04, 2009

Desesperante Sporting

Futebol devia ser alegria. Emoção, ansiedade, sim, mas uma festa. Confesso que nesta época, os sportinguistas, vivem os jogos com uma tristeza imensa. A equipa não mostra capacidade de jogar futebol, a dinâmica do jogo é em sacrifício, respira medo de falhar, e está nitidamente em depressão.

Não vejo motivos para tantos passes falhados, nem encontro explicação para o fio de jogo nulo. O facto é que Paulo Bento não consegue criar uma verdadeira equipa, com confiança em si própria, que tenha um conjunto sólido que acredite que pode ganhar porque é superior ao adversário. E isso é o mais evidente: a falta de um espírito de equipa. Neste momento parece óbvio que a equipa atingiu o pico mais baixo dos últimos anos. Terá sido um erro continuar com o treinador?

Os resultados são o verdadeiro tribunal, e para já, serão o mal menor. Embora na Liga a distância para os da frente já seja significativa, ainda não se perdeu a esperança de chegar ao título. (na verdade, seria um milagre, tal como estão hoje as coisas). Na Liga Europa, a passagem está quase assegurada.

Mas para quem gosta de futebol, o resultado não é tudo. Nós, no Sporting, temos uma experiência extraordinária. Aos grandes espectáculos proporcionados pela equipa em 2005, com Peseiro, com nulos êxitos, o novo treinador trouxe uma nova abordagem, que simplificadamente é: jogar para o resultado, sem preocupações com a “qualidade exibicional”; a segurança, o controle, o rigor táctico tomaram o lugar do futebol de ataque, de posse de bola, de remates e golos. E a verdade é que se ganharam títulos (2 Taças e 2 Supertaças) e os resultados foram melhores (presença na Champions, 2 x finalistas da Taça da Liga e no Campeonato 2ºs lugares que não satisfazendo, só ficam atrás do campeão) mas, realmente este miserável jogo contra o Hertha Berlim, foi um exemplo daquilo que não nos satisfaz: ganhar 1-0, sem o merecer, e com um jogo que nos envergonha a todos não é aquilo que espero do Sporting.

Quero uma equipa que junte ao pragmatismo da equipa de Bento, a criatividade e alegria do futebol de Peseiro. Mas a espera torna-se desesperante. Quando é que começamos a jogar futebol?