Transferências
Tello no Besiktas.
Tello é um caso estranho. Esteve uns sete anos no Sporting com um ordenado principesco, que só neste última época mostrou merecer. Sai pela porta do cavalo estupidamente - há cerca de um mês tinham surgido notícias do interesse do Besiktas em contratar o chileno, aumentando-lhe o salário. O Sporting preparava-se para renovar com ele, reduzindo-lhe o ordenado. Faz sentido que ele tenha optado pelos turcos. Mas porquê prestar-se a esta palhaçada, de comprometer-se com o Sporting, desaparecer no dia da assinatura do contrato e deixar toda a gente pendurada? Mais uma vez encaixa naquela descrição do maradona (julgo que foi ele) - qualquer coisa do género "Tello alia a estupidez de um electrodoméstico a um pé esquerdo beckamiano". E desta vez isto não é um elogio ao pé esquerdo dele...
A saída de Anderson é natural. Este jogador é de outro planeta, e não cabe no Campeonato português. Vai ser o próximo Maradona. O puto faz-se.
O caso de Nani é diferente. Surpreendeu-me completamente, não estava a contar minimamente com esta saída. Devo dizer para já que estou convencido que a SAD do Sporting se comportou de forma excelente em todo o processo - assegurou a renovação, estabeleceu uma cláusula de rescisão de 20 milhões, negociou com o United e no fim vai encaixar 25,5 milhões de euros. Muito bom! Em termos desportivos, estou convencido que Paulo Bento irá encontrar um substituto à altura. Não sei se já será altura de chamar Fábio Paim, ou qual será o coelho que o Treinador irá tirar da cartola. Falar de Paredes ou de Farnerud pode parecer ridículo nesta altura, talvez tanto como quem fizesse o vaticínio, há um ano atrás, que Rodrigo Tello iria ser titular e um dos pilares da equipa. O que é certo é que o Sporting conseguiu um encaixe financeiro importante que deverá utilizar no reforço do plantel. O facto de Soares Franco ter garantido tantas vezes que não iria deixar sair Nani não me perturba minimamente - todos sabemos que, se um jogador quer sair, mais vale deixá-lo ir. E, por 25,5 milhões, porra, né?