Florentino Perez, ascensão e queda do Real Madrid

Etiquetas: internacional
UM BLOG DE FUTEBOL PARA PESSOAS CIVILIZADAS

Etiquetas: internacional



Mas finalmente, gostava de falar um pouco do que se passou em Saragoça. Sábado, não sei quantos mil badamecos, resolveram-se armar em broncos e cantaram cânticos ao Samuel Etoo. O excelente avançado do Barcelona, que por acaso até é negro, não esteve com meias medidas e ameaçou abandonar o relvado. Foi persuadido pelos colegas para que não o fizesse e acabou por ficar.
Seria, na minha opinião trágico, se efectivamente abandonasse o relvado. Não para ele, mas para o mundo do futebol, que pelos vistos não tem conseguido passar a mensagem de um futebol sem racismo. A verdade é que, nos últimos anos têm sido mais frequentes as manifestações racistas/ nacionalistas pelos relvados europeus. Não é o laziale Di Canio que se manifesta, de uma forma mais ou menos impune, com a saudação nazi sempre que marca um golo? E quantas vezes não se queixou Roberto Carlos de comentários racistas nos relvados espanhóis (mesmo dos próprios adeptos madrilhistas)? E quem é que se lembra de uma recente visita da selecção inglesa ao Santiago Barnabéu para jogar contra a sua congénere espanhola? Não obstante o esforço da UEFA e das Ligas europeias, com toda uma série de iniciativas, a verdade é que este é ainda um problema que, infelizmente, vamos ter de conviver durante algum tempo. É um questão de mentalidades, que não está circunscrita ao futebol e que deve ser resolvida a partir de nossas próprias casas.

A nossa defesa resolvia os casos mais críticos, mas nem Polga nem Custódio fizeram um bom jogo. Quando os treinadores mexeram (Nelo Vingada arriscando tudo, Paulo Bento reforçando o meio campo, João Alves vindo de lesão, por Romagnoli, dos melhores) aconteceu o momento mágico de Liedson que resolveu com um remate potente e colocado de pé esquerdo, num golo de levantar o Estádio. A vitória já não fugia. O jogo estava ganho. Ainda se perdeu a ocasião mais flagrante de todo o jogo, quando num contra ataque rápido, Liedson isolado “chapelou” P. Roma mas a bola saiu ao lado. Há que reconhecer que a Académica fez um jogo excelente (desejo que permaneçam na Liga, e têm equipa para isso) e o resultado final foi pesado. Douala entrou para o lugar de Deivid (que tinha desaparecido) e ainda usou a sua velocidade. A equipa do Sporting mostrou argumentos sólidos, onde já se verifica o dedo de Paulo Bento. Agressivos, a ocupar os espaços, mostra uma coesão que a liberta de “angústias”. Quando é chamada a defender e quando constrói jogadas de ataque, aqui com um estilo muito agradável de triangulações rápidas e perigosas. Em resumo, equipa altamente competitiva que sabe o que quer. Paulo Bento afirma-se como um treinador de sucesso. Ainda fez entrar Hugo para terceiro central (saiu Moutinho) e retirou quaisquer veleidades à Académica. No final ainda um penalty, e expulsão de Pedro Roma, pois dá um estalo (inesperado) em Liedson quando este o “importunava”. Nani não falha, e repetimos o 3-0 da semana passada. Correu bem, e a corrida rumo ao título continua com um ritmo acelerado na 5ª vitória seguida, quando temos agora dois jogos seguidos em casa; Gil Vicente e Boavista. Amanhã, “de cadeirão” vamos registar a quem vamos ganhar pontos, e, se possível aos dois no caso de empate.Etiquetas: Sporting



FC Porto
Sporting
O golo surgiu quando não se esperava numa entrada de Moutinho e o guarda-redes o abalroou. 1-0, por Sá Pinto. Numa primeira parte de muita luta a meio-campo e poucos remates à baliza fomos para intervalo a ganhar. Paulo Bento deu ordem de entrada a Deivid (tinha esperança em ver Koke) para fazer a dupla mais goleadora: Liedson e Deivid. Os pacenses procuraram o empate, mas o nosso sistema defensivo deu conta do recado. Perdemos o meio-campo mas a equipa nunca perdeu estrutura, mostrou sempre tranquilidade e confiança. Os laterais Abel e Caneira deram outra dimensão ao jogo. Fortes a defender, apoiam o ataque e pressionam os adversários, fazendo com que o Sporting preencha bem todo o campo. Alguns cruzamentos sem perigo, com os centrais apoiados por Custódio a resolverem. Sai C. Martins por Nani que se posicionou à esquerda. Seria mais tarde quando Tello entrou para a sua posição (tantas vezes reclamada) de interior esquerdo e Nani subiu para o vértice superior no lugar de Romagnoli. E foi Nani que em duas acelerações desenhou na assistência o 2-0 por Deivid à boca da baliza e o 3-0 por Tello (de pé direito), curiosamente as opções de P. Bento que deram um “colorido” ao resultado que o Paços de Ferreira não merecia. O que fica é que cumprimos o objectivo (não se podia falhar) mesmo sem grande brilho. Jogos em que se ganha categoricamente sem jogar bem, é uma normalidade nas equipas campeãs. Próxima semana a visita a Coimbra (obviamente, jogo crucial, pois é o seguinte) onde a vitória nos abre excelentes perspectivas de aproximação ao primeiro lugar. Oxalá…Etiquetas: Sporting
O jogo ainda não acabou e, infelizmente, o Porto, graças a uma grande exibição de Helton, lá vai ganhando por 1-0.Mas quero desde já louvar algo que se passou neste jogo, raríssimo de se ver e que revela coragem. O árbitro Carlos Xistra esteve quase a cometer um erro clamoroso: a remate de um jogador do Porto, Williams faz um corte limpíssimo em cima da linha, de cabeça.
O árbitro apita para penalty e mostra o vermelho ao defesa do Marítimo. Mas - ainda não percebi bem porquê -, apercebendo-se que estava a incorrer numa nítida injustiça, Carlos Xistra corrigiu a sua primeira decisão: "retirou" o vermelho a Williams e devolveu a posse de bola ao Marítimo. Atitude corajosa, mas de puro bom senso. Fica o aplauso, até pela raridade da situação.

Etiquetas: jornalismo



Os jornais desportivos publicaram ontem duas entrevistas essenciais para que se perceba o actual momento do Sporting.
Desde logo a de Dias da Cunha, que relata dois factos importantes: o primeiro, que Soares Franco e ele próprio combinaram, aquando da sua demissão, que aquele seria uma mera solução transitória, ficando excluida a possibilidade de se vir a candidatar. Alegadamente, foi o próprio Soares Franco a "exigir" esta condição para aceitar a presidência no período de transição. O candidato natural da "continuidade" seria, para ambos, Ernesto Ferreira da Silva. Entretanto, este anunciou que não se candidataria, o que desde logo Dias da Cunha estranha. E Soares Franco resolve avançar, contra tudo o que ficara estabelecido. Dias da Cunha sente-se traído. Com razão, parece.
Na entrevista, o anterior presidente do Sporting diz também que, no famigerado "project finance" negociado com dois bancos, não está prevista a necessidade de venda de património. Equaciona-se, isso sim, a eventual cedência para exploração do edifício sede e de Alvaláxia a um fundo imobiliário, nunca a sua venda, e só deste património, nunca do multidesportivo, da clínica e do Holmes Place. Dias da Cunha interroga-se porquê, agora, esta urgência de vender o património e logo todo o património...
Já João Rocha, em entrevista a outro jornal, vai ainda mais longe e não deixa pedra sobre pedra em relação ao "projecto Roquette", chegando a afirmar que este "liquidou o Sporting". Segundo o antigo presidente, Roquette recebeu um passivo de 4 milhões de contos, situando-se este, agora, em mais de 60 milhões. Convenhamos que, em termos de gestão, não é famoso.
As ideias com que fiquei:
1 - O ecletismo do Sporting está agonizante. Soares Franco quer matá-lo de vez.
2 - O Sporting, depois de realizar fantásticas receitas extraordinárias, com a venda dos poucos terrenos que ainda tinha, dos melhores jogadores da formação, dos lugares cativos do novo estádio, de receber as ajudas do Estado para a construção das novas infraestruturas, de reduzir (supostamente) despesas de funcionamento e orçamento para o futebol ou de baixar dos 100 mil para os 30 mil sócios, está na penúria. Tem o estádio e infraestruturas adjacentes e a Academia. Nada mais.
3 - Quando se avançou para a construção do novo estádio, justificou-se com a ideia de que a exploração de Alvaláxia e do restante património tornariam toda a infraestrutura lucrativa. É-o, ou não? Se não é, o que falhou? Se é, porque se quer vender? Para reduzir custos com juros? Mas, para a satisfação da dívida, não foi feito um "project finance"? O que mudou? O que se passa?
4 - Sporting, um clube só de futebol, com o fim das modalidades, em que os sócios já não o são mais, passando a ser encarados unicamente como "cash cow"? - Já não seria o Sporting pelo qual sempre estive apaixonado. Não, obrigado.
5 - Sporting dirigido por um tipo que, alegadamente, falha todos os compromissos que assumiu com quem o colocou na posição que hoje ocupa? - A ser verdade, também não, obrigado. Para canalhices, temos exemplos que sobrem noutros clubes.
Uma coisa é estranha: Dias da Cunha retirou, com esta entrevista, toda a confiança em Soares Franco. Por seu lado, José Roquette manifestou publicamente o seu apoio ao candidato a candidato. Afinal, já não se fala a uma voz e em continuidade. Por isso, este é o momento em que o Sporting vai ter que mostrar a sua grande força, a força dos seus sócios. Somos nós que devemos agarrar as rédeas.
Dia 23, em Assembleia Geral, devem-se dicutir todas estas questões. Importantes demais para que qualquer sócio do Sporting fique à margem. Pela primeira vez, na minha vida de associado, estarei presente nesta magna reunião. Espero que, no seu decurso, todos possam exprimir, serenamente, os seus pontos de vista. Civilizadamente. Só assim o Sporting ganhará este desafio. Os arruaceiros do costume podem ir para as roulotes mamar "minis". Não fazem falta. Esta tem de ser uma discussão entre homens civilizados. Eu - modéstia à parte - já sei porque é que, no dia 23, não fico em casa.


Etiquetas: Sporting
Académica-Boavista 0-2
O Boavista continua a trilhar o caminho das vitórias: foi a 5ª seguida, desta vez em Coimbra. João Pinto, o" grande artista", tem sido peça fundamental desta boa campanha.
1. FC Porto 48
Reconheço que não sou grande autoridade em termos de leis da bola. Mas será que o lance que provocou o penalty em Setúbal é mesmo mesmo para assinalar? A bola foi aliviada para fora da grande-área e esbarrou na mão de Sá Pinto. Repito: aliviada PARA FORA. Julgo que Sá Pinto não conseguiria desviar a bola da trajectória da bola, mesmo que tentasse. Aliás, nem ele nem ninguém! 
Etiquetas: Sporting



Rui Alves,
Ontem à noite, na Luz, você voltou à carga, descarregando fel sobre o Sporting, ao dizer que não tinha "estofo de campeão", ao mesmo tempo que aproveitava para atacar Paulo Bento e Sá Pinto.
O seu problema com Sá Pinto percebo-o bem. Nunca, no Nacional, terá um jogador que sinta tanto a camisola como ele sente a do Sporting. Quanto a isso, tem que ter paciência e não mostrar tanto despeito. É a vida.
Mas não sei que mal o Sporting lhe fez. O que sei é o mal que você já fez o Sporting, prejudicando-o gravemente nas transferências de Paulo Assunção e Adriano e depois passando ao ataque verbal a esse grande clube, tentando colocar-se ao mesmo nível, primeiro, falando depois em ambiente de terror, quando é você que não hesita em provocar o Sporting e os sportingistas.
Para que perceba bem o que penso de si, devo desde já dizer-lhe que não o vejo nem como nenhum novo Pinto da Costa, nem como um Alberto João do futebol. Já percebi que essas são as suas duas grandes referências, o que já diz muito de si, mas voce é um triste, um pobre coitado, que dirige um pequeno clube que vive à custa do orçamento regional.
O relativo sucesso desportivo subiu-lhe à cabeça e veio demonstrar que você não sabe estar no futebol. O Nacional não tem culpa, o excelente treinador e o plantel também não, os poucos adeptos muito menos, mas você conseguiu que o Nacional passasse a ser o clube que mais detesto na superliga. Mais que Benfica e Porto. Quase humanamente impossível. Será para mim uma grande alegria ver o Nacional descer à Honra, depois à II, III e distritais. Entretanto, o Sporting continuará a ganhar campeonatos.
Para encerrar este assunto, quero que lhe fique muito claro que, para mim, você é merda que tresanda. A partir de agora, sempre que abrir a boca, vou a correr buscar o Brise.

Reconheço que não simpatizo com Luisão, o “zagueiro” do Benfica - particularmente depois do lance em que esteve envolvido na época passada com Ricardo, na Luz (na verdade, o lance mais importante do ano passado...). No entanto, devo confessar que o considero o melhor defesa central a actuar em Portugal, neste momento.

