Florentino Perez, ascensão e queda do Real Madrid
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Mas finalmente, gostava de falar um pouco do que se passou em Saragoça. Sábado, não sei quantos mil badamecos, resolveram-se armar em broncos e cantaram cânticos ao Samuel Etoo. O excelente avançado do Barcelona, que por acaso até é negro, não esteve com meias medidas e ameaçou abandonar o relvado. Foi persuadido pelos colegas para que não o fizesse e acabou por ficar.
Seria, na minha opinião trágico, se efectivamente abandonasse o relvado. Não para ele, mas para o mundo do futebol, que pelos vistos não tem conseguido passar a mensagem de um futebol sem racismo. A verdade é que, nos últimos anos têm sido mais frequentes as manifestações racistas/ nacionalistas pelos relvados europeus. Não é o laziale Di Canio que se manifesta, de uma forma mais ou menos impune, com a saudação nazi sempre que marca um golo? E quantas vezes não se queixou Roberto Carlos de comentários racistas nos relvados espanhóis (mesmo dos próprios adeptos madrilhistas)? E quem é que se lembra de uma recente visita da selecção inglesa ao Santiago Barnabéu para jogar contra a sua congénere espanhola? Não obstante o esforço da UEFA e das Ligas europeias, com toda uma série de iniciativas, a verdade é que este é ainda um problema que, infelizmente, vamos ter de conviver durante algum tempo. É um questão de mentalidades, que não está circunscrita ao futebol e que deve ser resolvida a partir de nossas próprias casas.
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Mas quero desde já louvar algo que se passou neste jogo, raríssimo de se ver e que revela coragem. O árbitro Carlos Xistra esteve quase a cometer um erro clamoroso: a remate de um jogador do Porto, Williams faz um corte limpíssimo em cima da linha, de cabeça.
O árbitro apita para penalty e mostra o vermelho ao defesa do Marítimo. Mas - ainda não percebi bem porquê -, apercebendo-se que estava a incorrer numa nítida injustiça, Carlos Xistra corrigiu a sua primeira decisão: "retirou" o vermelho a Williams e devolveu a posse de bola ao Marítimo. Atitude corajosa, mas de puro bom senso. Fica o aplauso, até pela raridade da situação.
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Os jornais desportivos publicaram ontem duas entrevistas essenciais para que se perceba o actual momento do Sporting.
Desde logo a de Dias da Cunha, que relata dois factos importantes: o primeiro, que Soares Franco e ele próprio combinaram, aquando da sua demissão, que aquele seria uma mera solução transitória, ficando excluida a possibilidade de se vir a candidatar. Alegadamente, foi o próprio Soares Franco a "exigir" esta condição para aceitar a presidência no período de transição. O candidato natural da "continuidade" seria, para ambos, Ernesto Ferreira da Silva. Entretanto, este anunciou que não se candidataria, o que desde logo Dias da Cunha estranha. E Soares Franco resolve avançar, contra tudo o que ficara estabelecido. Dias da Cunha sente-se traído. Com razão, parece.
Na entrevista, o anterior presidente do Sporting diz também que, no famigerado "project finance" negociado com dois bancos, não está prevista a necessidade de venda de património. Equaciona-se, isso sim, a eventual cedência para exploração do edifício sede e de Alvaláxia a um fundo imobiliário, nunca a sua venda, e só deste património, nunca do multidesportivo, da clínica e do Holmes Place. Dias da Cunha interroga-se porquê, agora, esta urgência de vender o património e logo todo o património...
Já João Rocha, em entrevista a outro jornal, vai ainda mais longe e não deixa pedra sobre pedra em relação ao "projecto Roquette", chegando a afirmar que este "liquidou o Sporting". Segundo o antigo presidente, Roquette recebeu um passivo de 4 milhões de contos, situando-se este, agora, em mais de 60 milhões. Convenhamos que, em termos de gestão, não é famoso.
As ideias com que fiquei:
1 - O ecletismo do Sporting está agonizante. Soares Franco quer matá-lo de vez.
2 - O Sporting, depois de realizar fantásticas receitas extraordinárias, com a venda dos poucos terrenos que ainda tinha, dos melhores jogadores da formação, dos lugares cativos do novo estádio, de receber as ajudas do Estado para a construção das novas infraestruturas, de reduzir (supostamente) despesas de funcionamento e orçamento para o futebol ou de baixar dos 100 mil para os 30 mil sócios, está na penúria. Tem o estádio e infraestruturas adjacentes e a Academia. Nada mais.
3 - Quando se avançou para a construção do novo estádio, justificou-se com a ideia de que a exploração de Alvaláxia e do restante património tornariam toda a infraestrutura lucrativa. É-o, ou não? Se não é, o que falhou? Se é, porque se quer vender? Para reduzir custos com juros? Mas, para a satisfação da dívida, não foi feito um "project finance"? O que mudou? O que se passa?
4 - Sporting, um clube só de futebol, com o fim das modalidades, em que os sócios já não o são mais, passando a ser encarados unicamente como "cash cow"? - Já não seria o Sporting pelo qual sempre estive apaixonado. Não, obrigado.
5 - Sporting dirigido por um tipo que, alegadamente, falha todos os compromissos que assumiu com quem o colocou na posição que hoje ocupa? - A ser verdade, também não, obrigado. Para canalhices, temos exemplos que sobrem noutros clubes.
Uma coisa é estranha: Dias da Cunha retirou, com esta entrevista, toda a confiança em Soares Franco. Por seu lado, José Roquette manifestou publicamente o seu apoio ao candidato a candidato. Afinal, já não se fala a uma voz e em continuidade. Por isso, este é o momento em que o Sporting vai ter que mostrar a sua grande força, a força dos seus sócios. Somos nós que devemos agarrar as rédeas.
Dia 23, em Assembleia Geral, devem-se dicutir todas estas questões. Importantes demais para que qualquer sócio do Sporting fique à margem. Pela primeira vez, na minha vida de associado, estarei presente nesta magna reunião. Espero que, no seu decurso, todos possam exprimir, serenamente, os seus pontos de vista. Civilizadamente. Só assim o Sporting ganhará este desafio. Os arruaceiros do costume podem ir para as roulotes mamar "minis". Não fazem falta. Esta tem de ser uma discussão entre homens civilizados. Eu - modéstia à parte - já sei porque é que, no dia 23, não fico em casa.
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Rui Alves,
Ontem à noite, na Luz, você voltou à carga, descarregando fel sobre o Sporting, ao dizer que não tinha "estofo de campeão", ao mesmo tempo que aproveitava para atacar Paulo Bento e Sá Pinto.
O seu problema com Sá Pinto percebo-o bem. Nunca, no Nacional, terá um jogador que sinta tanto a camisola como ele sente a do Sporting. Quanto a isso, tem que ter paciência e não mostrar tanto despeito. É a vida.
Mas não sei que mal o Sporting lhe fez. O que sei é o mal que você já fez o Sporting, prejudicando-o gravemente nas transferências de Paulo Assunção e Adriano e depois passando ao ataque verbal a esse grande clube, tentando colocar-se ao mesmo nível, primeiro, falando depois em ambiente de terror, quando é você que não hesita em provocar o Sporting e os sportingistas.
Para que perceba bem o que penso de si, devo desde já dizer-lhe que não o vejo nem como nenhum novo Pinto da Costa, nem como um Alberto João do futebol. Já percebi que essas são as suas duas grandes referências, o que já diz muito de si, mas voce é um triste, um pobre coitado, que dirige um pequeno clube que vive à custa do orçamento regional.
O relativo sucesso desportivo subiu-lhe à cabeça e veio demonstrar que você não sabe estar no futebol. O Nacional não tem culpa, o excelente treinador e o plantel também não, os poucos adeptos muito menos, mas você conseguiu que o Nacional passasse a ser o clube que mais detesto na superliga. Mais que Benfica e Porto. Quase humanamente impossível. Será para mim uma grande alegria ver o Nacional descer à Honra, depois à II, III e distritais. Entretanto, o Sporting continuará a ganhar campeonatos.
Para encerrar este assunto, quero que lhe fique muito claro que, para mim, você é merda que tresanda. A partir de agora, sempre que abrir a boca, vou a correr buscar o Brise.