sexta-feira, dezembro 29, 2006

O melhor jogador de 2006


Em fim de ano estamos em época de balanço. Nesta altura costuma-se eleger o melhor jogador do ano e Cannavaro foi uma escolha invulgarmente unânime. Um defesa central que nem me parece estar ao nível de Ricardo Carvalho, talvez seja a minha opinião enviesada, acabou por ser eleito como o melhor.
Na minha humilde opinião o melhor jogador do mundo em actividade é Drogba. Quem vê os jogos do Chelsea, a forma como ele joga e faz jogar. A força, o arranque, a magia que sai daquele fenómeno da natureza não pode deixar de se maravilhar. Drogba sentou no banco Shevchenko. Simplesmente aquele que foi eleito futebolista do ano em 2004. Além do talento formidável que Drogba tem é capaz de, com a humildade dos grandes homens, assumir que está disponível para jogar a central se isso fôr melhor para a equipa. Drogba tem um jogo de cabeça temível, remata bem com o pé esquerdo e com o direito, marca livres, remata em corrida, de primeira, com uma capacidade de recepção quase mágica tira os defesas das costas, enfim, é um avançado completo. Mas, é mais do que isso, com Drogba não vão ver reviengas, fintas apalermadas ou desperdícios de energia. Drogba joga futebol. No máximo. E é por isso que ele é o melhor!

segunda-feira, dezembro 18, 2006

NA LUZ, NINGUÉM PÁRA O BENFICA!


Mais uma vitória na Luz sem margem para discussão, perante 30 767 adeptos. Foram 3 podiam ser 5. Mas foi o V.Setúbal que entrou melhor no jogo. A primeira grande oportunidade é deles e que só não foi golo porque Deus nosso Senhor não quis. Depois, na 1ª jogada do Benfica, e após um ressalto Nuno Gomes atirou a contar. O resto da 1ª parte foi um bocejo. O Benfica falhava sempre o último passe e o V. Setúbal não tinha capacidade para ameaçar a baliza de Quim.
A segunda parte foi completamente diferente. O Benfica muito mais rápido ía criando situações atrás de situações mas a bola não entrava! Kikin finalmente dava um ar da sua graça. Parece-me que não é jogador para estar plantado na área, mas de vir atrás pegar na bola e fazer jogadas para depois aparecer a finalizar. E esteve à beira de facturar com um grande remate de cabeça.
Simão está numa forma soberba e marcou um grande golo (assim como falhou, inacreditavelmente outro) e Nuno Assis também já merecia um golo. Luisão é uma parede intransponível e toda a equipa parece ter um bom entrosamento. Como explicar então a desvantagem que já tem dos seus rivais? É futebol. Se nos lembrarmos de como perdeu 3 pontos em Paços de Ferreira e 1 no Dragão podemos perceber a classificação actual. Mas a verdade é que o Porto está muito forte e o Sporting também está a fazer um grande campeonato.
O Benfica neste momento ainda pode sonhar com o título, mas todos os jogos são autênticas finais. Perder qualquer ponto agora é o adeus definitivo ao título. A começar já na quinta feira frente ao Belenenses. Tenho a certeza que o Porto e o Sporting vão perder pontos, por isso resta ao Benfica ir ganhando os seus jogos, fazendo uma segunda volta soberba. E espero que Rui Costa seja um grande reforço para essa 2ª volta!
Saúdinha

Porto é favorito, mas a luta é até ao fim

Os três grandes venceram, acontecimento que não tem sido, nas últimas duas épocas, muito vulgar. Cumprida (quase) a primeira metade da Liga, o grande favorito é indiscutivelmente o FC Porto. Não só pela vantagem pontual (que não é grande, 5 pontos para o Sporting, 8 para o Benfica, caso este ganhe o jogo em atraso), mas sobretudo pela solidez evidenciada: em 15 jogos apenas não venceu dois, uma derrota em Braga e um empate em Alvalade. No Dragão só vitórias. Criatividade na ofensiva, uma defesa rápida em antecipação e o ataque a aproveitar com eficácia, eis um resumo daquilo que se tem visto. Treinador experiente, Jesualdo Ferreira transmite à equipa uma confiança que lhe permite não tremer, e com tranquilidade chegar ao golo. Grande destaque para Quaresma e Anderson que regressará após longa lesão. Pepe confirma e supera tudo o que de bom já se lhe conhecia. Helton é o digno sucessor de Vítor Baía. Postiga no ataque tem sido positivamente surpreendente. Se juntarmos Lucho, Meireles e Ibson no meio-campo vemos a quantidade e qualidade de opções. Aspectos negativos? Talvez no ataque, Bruno Moraes seja escasso. Não sei se Sokota poderá vir a ser um reforço. A pressão da Liga dos Campeões pode também ser um handycap.

O Sporting caminha em 2º lugar. Um futebol mais sofrido vale sobretudo pela garra e espírito de equipa que Paulo Bento incute. Baseado num meio campo jovem que trabalha muito, e por uma segurança defensiva que permite posse de bola, está demasiado dependente da inspiração de Liedson, que parece agora reaparecer. Os melhores jogadores têm sido Moutinho e Polga, enquanto Liedson e sobretudo Nani fizeram um Campeonato apagado. Tello, surpreendentemente apareceu na sua melhor forma, enquanto as desilusões são Martins (que raio é que lhe passa na cabeça?) e Paredes. Revelações da cantera, Veloso e Yannick prosseguem com a tradição da excelente formação leonina. Para chegar ao título, Paulo Bento terá que ultrapassar as dificuldades de ter um plantel curto (que tem também aspectos extremamente positivos) e fazer com que a equipa ganhe experiência para resolver os problemas com menos ansiedade. Estamos sempre à espera que a equipa se supere, mas emocionalmente levou uma “tareia” com a eliminação da UEFA, e agora, pouco a pouco, há que aumentar a confiança, essencial, mas que depende das vitórias. Sobretudo, lutar pelo título até ao fim, garantindo, se possível, o 2º lugar, que significa o acesso directo, fundamental, à Champions.

O Benfica tem sido, sobretudo fora de casa, uma equipa altamente irregular. Tem bons sectores no ataque e na defesa, mas o meio campo não tem correspondido às exigências. Petit e os gregos, não sendo maus jogadores, não se adaptam bem às alterações tácticas ensaiadas por Fernando Santos. Nuno Assis não é Rui Costa. Vedetas da equipa Simão e, sobretudo Miccoli, que tem sido fustigado por lesões. Luisão é o patrão da defesa e um verdadeiro líder dentro de campo; os encarnados contam também com laterais que são muitas vezes a chave que abre defesas contrárias: Nelson e Léo, demoraram a encontrar a forma, mas estão neste momento a subir. O Benfica está ainda na corrida do título, e naturalmente também pela corrida ao 2º lugar. Desilusões, para além de jogadores que eram esperança e não confirmaram (Anderson, o “velho” Mantorras, Miguelito) também Kikin Fonseca e mesmo Nuno Gomes não “apareceram” ao nível esperado. As apostas em Manu e Paulo Jorge têm sido intermitentes…

Nas últimas temporadas o título decidiu-se já na ponta final. Espero e desejo que este também tenha o mesmo interesse, com final diferente, obviamente…

Digam o que disserem...

Este gajo tem de jogar sempre. Seja no centro da defesa, seja no meio-campo, ou até a lateral. Defende bem, sabe rematar e, acima de tudo, sabe lançar jogo.
Não sei se é coincidência, ou não, mas o melhor período do Sporting está ligado à fase em que ele, por lesão de Custódio e Paredes, era titular.


sexta-feira, dezembro 15, 2006

Ai ai... eles aí vêm

Realizou-se hoje o sorteio da Champions e da UEFA. Ditou a sorte que nos sai-se o Chelsea de Mourinho, não havia muito por onde escolher, nesta fase qualquer daquelas equipas seria um osso duro de roer, sai-nos um dos mais duros. Apesar de esta época o Chelsea andar mais pressionado na liga inglesa e de não estar porventura no seu melhor, Ballack e Shevshenko ainda não justificaram o investimento, o Chelsea é claramente favorito a passar aos quartos de final. Mas até lá ainda há muito tempo para melhorar as equipas, vão com certeza ser bons jogos.

Quanto a Benfica e Braga, sortes diferentes, o Benfica tem um clube mais fácil, e logo romenos para ver se os deitamos abaixo de vez para não ameaçarem o lugar de Portugal no ranking :).
Ao Braga saiu o Parma, italianos nunca são fáceis, mas vamos esperar para ver, pode ser que este Braga seja capaz de ir mais a frente um pouco.
Força para todos, vamos a eles. :)

quarta-feira, dezembro 13, 2006

Futebol

Quando se vai ao futebol o que queremos ver? Suor, dedicação, amor à camisola. Homens a exceder-se a si próprios em nome de algo mais do que eles próprios. Um jogo, simples, honesto e que reflicta o que há de mais bonito no ser humano.

Quando jogo com os meus amigos o que mais gosto é da simplicidade do Jogo. Da pureza cristalina e da verdadeira honestidade daqueles cinquenta minutos. 1 bola, cinco para cinco e a melhor equipa vence. A melhor equipa é a que tem os melhores jogadores? Nem sempre. A melhor equipa é aquela cuja soma seja superior. Nestes jogos todos são importantes. Se um falhar a equipa ressente-se. Se um falha os outros apoiam-no. Nestes jogos o Jogo é lindo.

Quando vemos homens que estão no futebol como Pinto da Costa ou Valentim Loureiro que vivem do futebol. Que movem influências para que o jogo deixe de ser tudo aquilo que eu mencionei acima. Bom, estão a estragar algo que não devia ser estragado.
Quando vemos homens destes temos direito à indignação.
Não compreendo como, estando mais que provado que há corrupção. Que há tráfico de influências. Que há intimidação física e todo o tipo de baixarias para vencer um simples jogo, não compreendo com é que ainda estão nos seus cargos!
Porque é que não se demitem? AH! Porque eles não têm um pingo de dignidade. Certo. Desculpem a pergunta. São umas bestas e estragam o Jogo.

P.S. - Lembram-se do àrbitro que apitou uma final da super-taça Porto-Benfica em 1996 e que anulou um golo limpinho ao Amaral de fora da área no último minuto de jogo nas Antas? Está explicado. O Benfica foi sonegado dessa Taça. Ela foi para o clube que não a merecia.

Carolina Salgado: o que dizer desta treta toda?

Não me apetece dizer muito. Já nada me espanta. Serei surpreendido se no fim disto tudo chegarmos a algo de "palpável" (e não me refiro à senhora dona Carolina).
O polvo é tal que mete os tentáculos por todo o lado. E, pelos vistos, vale tudo. E assim, andamos nós felizes e contentes, assobiando para o ar e esperando que um dia as coisas melhorem.

Regresso a casa?

Fala-se no regresso do Roca. Não joga no seu clube, foi feliz no Sporting e a vontade de regressar até pode existir. Pois seja bem vindo!
Espero que ainda sejas mais feliz que da primeira vez.

QUEM NÃO MARCA...



A esbanjar pontos assim, não vamos lá! Quem não marca não ganha, é uma máxima absoluta. O Benfica está agora mais longe do título. Perdemos todo o balanço que conseguimos com o jogo de Alvalade. É incrível como no futebol o ego se enche para logo de seguida se esvaziar. É futebol. É esse a beleza do futebol. A imprevisibilidade do futebol. A magia do futebol.
De certeza que o Benfica vai continuar a lutar, e é melhor que contem connosco. Não podemos é continuar a esbanjar pontos. Se contarmos com 2 pontos em Paços de Ferreira, 1 ponto no Dragão mais 2 pontos ontem na Figueira fazem 5 pontos! Se isto continua, não chegamos lá. Acredito que vamos fazer uma 2ª volta muito melhor e lutar pelo título.
Ontem, não entrámos bem no jogo, não conseguimos ligar o futebol, não fizemos 3 passes seguidos, mas a partir dos 15 minutos começámos a jogar melhor organizados, a ter posse de bola e empurrámos a Naval para a sua área. Atacámos, contruímos jogadas e oportunidades suficientes para chegar ao intervalo a vencer.
Na segunda parte fomos todos para a frente, tivemos várias ocasiões, mas ontem era dia de não marcar… Na segunda metade o jogo foi mais aberto, a Naval também tentou sair para o ataque e o jogo foi mais aberto. Katsouranis, Karagounis, Kikin, Simão, Petit tiveram hipóteses de marcar mas foram falhando sucessivamente. A todo o minuto se esperava o golo, mas os minutos foram passando e o zero continuou. É futebol, não há nada a fazer, quem não marca…
Que falta fez Miccoli e Nuno Gomes? É possível que com os dois habituais avançados tivéssemos ganho, mas não vou por aí.
Simão está em grande forma. Joga que se farta. Kikin, mais uma vez, não agarrou a oportunidade.
Esperemos pelos próximos capítulos.
Saúdinha

segunda-feira, dezembro 11, 2006

Tranquilidade...

Não vi o jogo Setúbal–Sporting. O resultado foi excelente, desta vez calhou-nos ter a sorte de marcar no inicio e por Liedson, o que foi óptimo. Como escrevia Rantas, os estados de alma no futebol variam de semana a semana. Com a nossa vitória tranquila, pressionamos o Benfica que escorregou na Figueira da Foz, e passou a estar na mó de baixo.

Ricardo apelava durante a semana anterior, a que os adeptos do Sporting apoiassem a equipa, sobretudo os jovens. Pôs o dedo na ferida. O Sporting é uma equipa que aposta na formação. Para ter sucesso é absolutamente necessário que estes jovens valores se integrem na equipa, e contem com apoio dos sócios para, tranquilamente, completarem a sua formação, e se transformem em grandes jogadores. Na alegria das vitórias todos elogiam a os leõezinhos. Convenhamos que é a parte fácil; difícil é continuar a apoiar quando os resultados são negativos. E, todos percebemos que é nessas alturas que esse apoio é mais importante.

Compreendo, e também sinto, a desilusão e mesmo a revolta sentida quando se perde. Mas nunca devemos confundir a árvore com a floresta. E a floresta é o Campeonato e é o futuro do clube. Ouvi sportinguistas no dia seguinte à derrota com os russos a exigir demissões (treinador, presidente, Carlos Freitas) e até a afirmar que se não há dinheiro para termos uma equipa de “milionários” então o melhor é acabar com tudo. Até onde chega a desilusão! O facto é que o nosso orçamento é o possível (bastante inferior aos nossos rivais directos) com o objectivo de diminuirmos substancialmente o passivo, afim de podermos ter uma equipa altamente competitiva e mantendo os melhores produtos da cantera. Tudo isto só é viável desde que estejamos regularmente presentes na Champions League. Tudo isto é claro e não muda de um dia para o outro.

Este projecto do Sporting, com pequenos passos atrás, mas uma passada larga e constante no sentido correcto, é coerente, tem objectivos bem definidos e sem alternativa. Mas há um caminho a percorrer. Pôr tudo em causa, quando as coisas correm mal (porque estamos a falar de um jogo, onde há sempre duas equipas com interesses naturalmente conflituantes), apelando “à revolução” é uma atitude demagógica e altamente prejudicial para o interesse do Sporting. Ninguém gosta de perder, mas há que saber ter a serenidade nos momentos de desilusão para conseguir ver mais além.

O Sporting esteve presente nos momentos decisivos das últimas temporadas: há dois anos na final da UEFA e no jogo do título na Luz. O ano passado o jogo que decidiu o campeão foi em Alvalade com o Porto; infelizmente todos estes encontros decisivos saldaram-se por derrotas. Por isso sentimos que há uma qualquer fatalidade que nos persegue. Por outro lado estamos lá, estamos presentes. E durante as últimas décadas não foi o caso. Acredito que a história está a mudar. Após a época de ouro dos “5 violinos” (40-50) o Benfica dominou os anos 60-70 e as décadas de 80 e 90 foram do FC Porto. O futuro é nosso. E o futuro já começou. Agora, haja tranquilidade…

sábado, dezembro 09, 2006

Dia D

Paulo, é hoje que vais mostrar que és um grande treinador. Que sabes motivar uma equipa e que aprendes com os teus erros. Boa sorte para logo!
Não obstante ter feito algumas criticas às tuas actuações mais recentes, continuas a ser o meu treinador!

sexta-feira, dezembro 08, 2006

Mudanças de calendário das Ligas

Caros colegas do RDJ, vou lançar aqui para debate um tema que foi falado, uma sugestão do Sr. Blater da FIFA, que sugeriu a mudança das datas das Ligas europeias, para que fossem jogadas de Março a Novembro a exemplo do que acontece já nalguns países como a Rússia por exemplo.
Será isso possível? Como se faria a transição? Vantagens e desvantagens?

Bom eu para começar, devo dizer que este senhor não me inspira muita confiança para o lugar que tem, não sei porque mas nunca fui muito com a cara dele e sempre que o oiço falar o que me parece é que é bom um candidato ao troféu "pato bravo".
Mas sobre esta ideia, em termos de harmonização de calendários seria bom,
para os países com invernos mais rigorosos também, mas no nosso caso se calhar não seria tão bom, uma coisa é começar a pré-época em Julho e fazer treinos no inicio da manhã e final da tarde outra coisa é fazer estar a época a decorrer e a meio ter um calor infernal como normalmente temos por cá nos meses de verão...

Está lançado o tema, agora venham daí as ideias. :)

quinta-feira, dezembro 07, 2006

Leão a lamber as feridas

O leão sofreu, de uma assentada, dois rudes golpes na sua majestade.
Primeiro os trolls, depois os spartako-moscovitas, vieram a Alvalade demonstrar que o sonho não comanda a vida.
Com a vitória de pré-época ante o Benfas e, depois, com o épico triunfo frente ao poderoso Inter, a que se somaram dois bons jogos contra o Bayern Munique, os sportinguistas sonharam que já tinham uma grande equipa de futebol. Viamos já nos Moutinhos, Nanis, Yannicks, Velosos e demais, promessas de possíveis "champions league winners". Doce engano.
Os recentes desaires vieram colocar as coisas em seu devido lugar: o Sporting tem muito trabalho pela frente. Trabalho de formação de uma equipa, trabalho de recuperação física e moral dos jogadores, trabalho de reconquista da confiança dos adeptos. Trabalho, trabalho, trabalho. É nisso que devemos insistir. O caminho há muito está traçado: com a aposta num jovem treinador (nessa condição, mais um produto da Academia), desenvolve-se um grande esforço de dar a jogadores muito novos estaleca competitiva e internacional. Não se equeçam: Paulo Bento nunca tinha participado numa Champions como treinador. A maioria dos jogadores (as excepções serão, creio, Paredes e Farnerud) também não. Só captando os melhores jovens, formando-os, dando-lhes experiência e MANTENDO-OS o Sporting alcançará o sucesso.
Atirar agora a toalha ao chão, clamar por cabeças que devam rolar, inflectir a estratégia, desatar a comprar jogadores em Dezembro, vender as mais fortes pormessas, tudo isso será um erro.
O plantel é curto e não permite grandes rotatividades. A saída das competições europeias tem, como factor positivo, acabar com esta tentativa de Paulo Bento de pôr a jogar quem ainda não provou merecer.
A partir de agora, devem jogar só os melhores, e quem não está em forma, procure-a nos treinos e no banco. Ricardo à baliza, Caneira na esquerda defensiva, Tonel e Polga, Abel à direita. Custódio ou Miguel Veloso como trincos. João Moutinho no meio, com Nani à esquerda e Carlos Martins à direita. Lá a frente, Liedson e Alecsandro. Não há que inventar.
Liedson arrasta-se em campo e já nada resolve? Pois que se troque por Djaló ou Bueno.
Carlos Martins não engrena? - Pois que se dê oportunidade a Farnerud ou João Alves.
Nani julga que é vedeta e só faz merda nos últimos jogos? Tello, em grande forma, não enjeitará mais uma oportunidade para jogar.
Ainda sobram Miguel Garcia, Ronny, Paredes e Romagnoli, para além dos guarda-redes Tiago e Rui Patrício.
É isto. É curto. Não dá para milagres.
Quem mais falhou no Sporting, nesta época, foi Carlos Freitas. As aquisições nada trouxeram de novo, pouco valor acrescentaram. De facto, Farnerud, Paredes, Romagnoli, Bueno e Alecsandro são fraquitos. Ainda nem sequer conseguriam provar que merecem vestir as camisolas verdes e brancas com o leão ao peito. Se forem todos embora, não lhes sentirei a falta (tenho sempre uma réstia de esperança que me surpreendam, mas até agora...)
Noutras ocasiões, Carlos Freitas já provou que sabe. Este ano, até agora, falhou rotundamente.
E nem falo de ter deixado sair Rui Fonte, o mais promissor ponta-de-lança português, directamente dos escalões de formação para o Arsenal. Tem na renovação de Nani um grande desafio.
As principais desilusões que sinto com os jogadores têm a ver com Liedson, que nada tem resolvido e falha quando antes tal seria impensável; Nani, que pensa que é uma estrela quando ainda pouco fez. Agarra-se à bola, tenta fintas que não saem, perde bolas, falha passes, cruza displicentemente...; Carlos Martins é, será sempre, um "caso". Que tem futebol que chegue, lá isso tem. Mas aquela cabeça, aquela atitude...
Quanto a Paulo Bento, mantenho nele toda a confiança. Espero que abandone agora a ilusão de que tem um plantel que permite "rotatividades". Não tem. É forçoso que se concentre, com os seus adjuntos, na recuperação de Liedson e de Nani, jogadores que podem ser a chave deste Sporting. Quanto ao resto, já disse lá em cima: nada há para inventar. Jogam só e sempre os melhores.
O próximo jogo, em Setúbal, é para ganhar. Nada mais pode acontecer. Para que esta equipa tenha um futuro de glória. Daqui a dois, três anos, mantendo as jovens promessas, recuperando os melhores, despachando os que não fazem nada, comprando um ou dois de real classe. Força Sporting.

Porto continua na Champions

O Porto garantiu ontem a continuidade na Champions ao empatar em casa com o Arsenal. Sem ter sido um grande jogo, serviu os objectivos das duas equipas que era passar aos oitavos, o Arsenal veio claramente para não perder e sem vontade de se esforçar muito para ganhar. O empate chegava para os dois e portanto sabendo isso ninguém queria correr riscos desnecessários, mas o Porto pegou no jogo e foi tentando chegar à baliza do Arsenal que se ia defendendo bem, as jogadas de perigo foram do Porto e as principais de Quaresma que rematou duas vezes ao poste. De resto não há muito ais a dizer sobre isto, nos últimos minutos assistiu-se a uma "peladinha" no meio-campo onde os jogadores iam trocando a bola aguardando o final do jogo.

Neste grupo o mais emocionante nesta última jornada foi mesmo o jogo de Hamburgo onde o CSKA ia fazendo para ganhar e esteve na frente por 2 vezes, mas o Hamburgo com vontade de acabar bem a participação na Champions conseguiu dar a volta e ganhar o jogo.

O Porto foi a equipa que começou pior esta Champions ao empatar em casa (na altura escrevi aqui, que equipa que não ganha em casa tem de ir buscar aqueles pontos fora e tornava mais difícil a sua qualificação) , agora somos nós que seguimos em frente. O Benfica começou bem a empatar em Copenhaga mas não conseguiu depois resistir ao poderio do Manchester, tem a Uefa que ás vezes poderá até ser melhor. O Sporting foi o que começou melhor, ao ganhar em casa ao Inter mas também não conseguiu depois resistir ao poderio dos italianos e alemães do Bayern, uma coisa que me salta à vista são as lesões na defesa em Milão e a lesão, numa escorregadela, neste jogo com os Russos acaba por ser também azarado este Sporting é pena que nem na Uefa consigam estar.

Aguardamos agora pelo sorteio para ver o que nos dita a sorte. Daqui até aos próximos jogos da Champions é ainda muito tempo, o Porto tem demonstrado um bom futebol mas precisa agora de planear bem os próximos tempos de modo a estar em bom nível para esses jogos, espero que a paragem da nossa Liga em Dezembro não prejudique muito a forma dos jogadores.

quarta-feira, dezembro 06, 2006

TCHAU CHAMPIONS. ATÉ PRÓ ANO!



E pronto, acabou-se. Não há drama. Era, nesta última jornada, o resultado mais normal. Mas chegámos a sonhar. Com aquele golo do outro mundo do Nelson, parecia possível a passagem aos oitavos de final. E, de facto, o Benfica portou-se muito bem, na 1ªparte, defendendo com bastante concentração e, quando podia, ameaçava. Apenas nos minutos finais a equipa, perante um Manchester demolidor, se desuniu e sofremos muito.
Foi pena não aguentarmos o 0-1 até ao intervalo. Aquele golo aos 45’ mudou a história do jogo.
Na 2ª parte nunca conseguimos discutir o jogo. O Manchester ganhou 3-1 e ganhou bem. Para o Benfica fica a experiência e até pró ano.
Duas notas: se houvesse dúvidas, Simão demonstrou que é um jogador de classe mundial e foi bonito, durante alguns períodos da 1ª parte, ouvir-se os benfiquistas a puxar pela equipa.
Ainda temos muito que fazer na UEFA. Ainda vamos ter muitas alegrias com esta equipa!
Saúdinha

Dar pérolas a porcos!

Digam lá se não dá pena ver jogadores nados e criados em Alvalade, como Simão, mas sobretudo Ricardo Quaresma, esbanjar talento por outros relvados? OK... eu sei que de vez em quando também o vêm fazer ao nosso relvado. :(


COM ESTA CAMISOLA NÃO!



Que a Deusa esteja connosco. Só peço que não joguem com esta camisola!

Saúdinha

Adeus, UEFA

Não é fácil compreender este jogo. Não me lembro de ver o Sporting com tanta falta de confiança, para iniciar o jogo com medo e sem determinação. Aos 16’, já perdíamos por 0-2, a jogar em casa, num jogo decisivo e, teoricamente, perfeitamente ao nosso alcance. Foi mau de mais e deixa-nos a todos preocupados e apreensivos. Aplicando, mais uma vez a “teoria da rotatividade” (que apesar de vantagens – todo o plantel é titular – rouba também automatismos que se ganham quando se mantém um onze estável), Paulo Bento apostou em Paredes a trinco, Yannick atrás dos avançados, e fez entrar Ronny para lateral esquerdo fazendo subir Tello para médio. Na frente de ataque Bueno fez, mais uma vez, companhia a Liedson.

A fragilidade da equipa foi tão evidente, com passes falhados (sobretudo Yannick), jogando longe uns dos outros, e uma ansiedade não disfarçada de meter a bola na frente, que era difícil de acreditar que marcaríamos um golo. Nesse aspecto, foi pior que o jogo contra o Benfica. Com o meio campo a avançar no terreno e Paredes demasiado recuado, os contra ataques do Spartak com muito espaço, foram sempre perigosos e resultavam em lances de finalização, ao contrário de nós. Ainda assim chegámos ao golo por Bueno, o que dava boas perspectivas para o 2º tempo. Garcia sofrera lesão infeliz, tendo sido substituído por Veloso (finalmente o regresso).

No 2º tempo exigia-se o assalto à baliza dos russos e, se é verdade que o jogo decorreu quase em exclusivo dentro do meio campo adversário, também se deve dizer que as oportunidades de empate foram demasiado escassas. As entradas de Nani e Alecssandro melhoraram um pouco, (saíram Paredes – um jogador que teima em passar completamente despercebido, e Bueno – só vontade não é suficiente) mas o ambiente desesperado e falta de lucidez manteve-se. A estocada final (1-3), castigo impiedoso fez recordar a amarga final da UEFA e a maldição de Moscovo.

O mais grave é o abismo que separa o Sporting de há 3 semanas (“está bem e recomenda-se”) com o actual, de duas derrotas seguidas e, mais grave, a ideia que transparece da própria equipa não acreditar que consegue fugir à fatalidade: os resultados, no futebol, ditam sempre as sentenças, mesmo quando o caminho é bem traçado e executado. Por isso Paulo Bento acabou o seu estado de graça. O porquê desta súbita quebra de forma? Não sei. Imaturidade, cansaço psicológico (demasiados pontos perdidos com sabor a “castigo desproporcionado”, reveja-se o Beira-Mar, Porto, os dois jogos do Bayern), o que causa maior dificuldade em reagir às adversidades. O remédio é só um: ganhar, ganhar e ganhar. Já em Setúbal, jogo que ganha uma importância transcendente. Foi o adeus à UEFA, sem brilho, mas ainda há muito para ganhar.

terça-feira, dezembro 05, 2006

Alerta II

Outros títulos que também ficavam bem:
  • "Onde é que eu já vi isto?"

ou,

  • "Mister, acabou-se o estado de graça!"


Como o Rantas bem lembra, que é feito daquela equipa que na pré-época desancou todos os que lhe apareciam à frente?
Por norma, no que diz respeito ao Sporting sou pessimista. Mas a verdade é que não quis ir ao estádio porque temia que algo do género acontecesse. Pois é... são muitos anos!

Acreditar

O Sporting estava a fazer uma boa época. Depois de um início fulgurante (3-0 com o Benfica, 4-2 com o Sevilha), começou a Liga com dificuldades mas a arrecadar os 3 pontos (Boavista, Nacional). A derrota em casa à 3ª jornada, com um golo de andebol, soube mal, mas a equipa soube reagir com 3 vitórias seguidas (Aves, Leiria, Amadora). O empate com a tripeirada foi um mal menor, agravado com um jogo fabuloso com um péssimo resultado (Aveiro). Com Braga, Marítimo e Naval voltou aos eixos, com mais 3 vitórias seguidas.
Entretanto, na Champions, arrancou com brilhantismo, contra o Inter. Depois veio um empate em Moscovo, para pormos os pés na terra. Os jogos com o Bayern saldaram-se por um mísero ponto, muito aquém do futebol desenvolvido pelos dois conjuntos no conjunto das duas partidas. Em Milão, a derrota esperada.
Até aqui a época ia bem, dizia eu. Qualificação para a UEFA praticamente assegurada, 2º lugar na Liga, em perseguição apertada ao Porto. Benfica lá muito mais para baixo, a permitir até uma certa galhofa e uma saudável reinação. Do "lado de lá", os podres, os Veigas, os patuscos de sempre. Do nosso lado, profissionalismo, seriedade, a aposta na cantera, um treinador incontestado, os putos a fazerem-nos sonhar alto, um plantel enxuto, a rotatividade, uma estratégia bem delineada e bem conduzida, o 442 losango capaz de todos os milagres, a solidez defensiva, a criatividade do meio-campo, a equipa mais rematadora.
Em menos de uma semana, em dois jogos em Alvalade, as perspectivas risonhas desapareceram e adensam-se as nuvens para esta época. Derrotados sem apelo nem agravo, em jogos muito semelhantes, em que a defesa faz recordar os piores momentos de Peseiro e o ataque parece um puto cheio de acne a querer fazer "coisas bonitas" mas a padecer de uma irremediável impotência. Será mesmo importante começar os jogos por dar um ou dois golos de avanço? O que me pareceu não ter passado de um dia mau, contra o Benfica, configura-se agora como uma ganda crise, depois de se confirmar o menor apuro de forma com o Spartak.
Esta é a beleza do futebol - um dia somos os maiores, no outro dia parece que nos caiu um martelo em cima. O que vale é que isto vai alternando, e parece que nos esquecemos que isto é um jogo, não passa da porra de um jogo, não é uma ciência exacta, até o Benfica ganhou em Manchester, no ano passado, e isso só significa que tudo é possível, neste jogo.
Eu, por mim, continuo a acreditar como antes. Acredito em Paulo Bento, na rotatividade, na estratégia, nos miúdos. É já nopróximo sábado, em Setúbal, que se tem de acreditar. Acreditar até ao fim - Spoooorting!

Os amigos de Alex

Há cerca de um mês, o Alex opinava aqui que a Selecção não é o cabaret da coxa, e que por isso não deveria acolher nem o Liedson, nem o Pepe, nem o Bruno Moraes nem ninguém que não fosse português.

Hoje à noite, Nuno Pombo publicou uma crónica no Record Online, que decerto será publicada na edição de amanhã em papel, onde opina que a Selecção não é o cabaré da coxa, pelo que não deveria acolher nem Derlei, nem Pepe nem outro qualquer.

Revisão da Jornada, um mês à frente da imprensa desportiva!

segunda-feira, dezembro 04, 2006

OK, é verdade: Foi um ganda melão!

O jogo de sexta foi um verdadeiro derby. Não no sentido de um jogo fabuloso, emocionante até ao último minuto (como foi o Benfica-Sporting há 2 anos, para a Taça, por exemplo), mas no sentido em que o resultado foi totalmente imprevisto. Nestes jogos, por estranha magia, muitas vezes quem está na mó de cima tipicamente faz o pior jogo da época, quem está moribundo vence com uma exibição brilhante.
Enfim, este jogo não foi propriamente brilhante. Na realidade, foi um imenso bocejo, na maior parte dos 90 minutos.
O Benfica viu-se à frente do marcador logo no início da partida, tendo feito o que se esperava numa situação dessas - jogou cautelosamente à defesa, lançando ataques rápidos que acabaram por se revelar mortíferos. O Sporting atacou, atacou, atacou, mas de uma forma tão inconsequente que se tornava confrangedor. Pareciam mosquitos, chatos, rápidos, mas que não passam disso, de simples mosquitos, muito longe das vespas em que os lampiões se tornaram de tempos a tempos - remate do Miccoli, golo do Simão, etc. Na verdade, se descontássemos os dois golos, as duas oportunidades de golo mais flagrantes - que digo eu! - as três oportunidades mais flagrantes de golo pertenceram às papoilas saltitantes!
Isso para dizer que, acontecesse o que acontecesse, o Sporting nunca na vida iria ganhar aquele jogo. Podemos falar do penalty aos 18 minutos (que de facto existiu), mas mesmo assim não íamos lá - não estava escrito.
Parabéns ao Benfica pela vitória. Para o Sporting, há que não desistir. E repare-se: Quando olhamos para trás, vemos uma camisola vermelha, e é do Braga!
Uma nota final - o jogo foi correcto, é de lamentar as duas expulsões (Polga e Nuno Gomes). Considero mais lamentável ainda a agressão estapafúrdia de Quim sobre Liedson, já o jogo estava a terminar. Que é que é isso, ò meu?!

Alerta!

Não vi o jogo, mas vi o resumo. Entendo que o Benfica ganhou e ganhou bem!
Fiquei preocupado. Com o nosso défice ofensivo. Com a dificuldade do Paulo Bento em ganhar os jogos importantes em casa (e até os menos importantes). Com o apagamento de jogadores como Nani, Martins, Liedson, Custódio, Veloso onde a única nota positiva é sistematicamente a de Moutinho, apenas porque “não sabe jogar mal”. Com os jogadores que tardam em aparecer: Alecsandro, Bueno, Paredes, Farnereud, Romagnoli. E Tello até pode ser bom rapaz, mas numa equipa em que ele tem sido dos melhores…

Fizemos uma liga dos campeões, onde em cinco jogos, marcámos dois golos. No campeonato, com um campeonato claramente mais acessível (jogámos em casa contra Benfica, Porto, Braga, Leiria e Boavista), já estamos com cinco pontos de atraso para o FCP (que perdeu pontos em Alvalade e em Braga, jogos em que até é aceitável que isso aconteça). Antes do Benfica, ganhámos ao Marítimo e à Naval, com dois golos de livre. As exibições? Diria que neste último jogo fizemos uma exibição deplorável.
Paulo Bento começa a perder a aura que o acompanhava. E é essa aura que acrescenta valor à equipa! Nada está perdido, mas é necessário perceber o que está mal. E corrigir. O caminho para a frente faz-se também olhando para trás!
P.S.: Não é demais lembrar que Paulo Bento tem gozado de uma tolerância que outros não tiveram. Lembro apenas o caso do Peseiro.

Como Quem Limpa o Cu a "Leozinhos"

Desculpem-me a rudeza do título deste post mas perante as patéticas reacções dos adeptos Sportinguistas à vitória do Benfica não lhe consegui resistir.

O Benfica ganhou 2-0 e teve pelo menos mais três flagrantes oportunidades de golo. O Sporting teve no máximo duas boas oportunidades. O resto foi um jogo de futebol pouco interessante em que nenhuma das equipas sobressaiu.

Aqui pelo RdJ vieram os lagartos denunciar a forma como o Benfica jogou e tal que não é bonito e tal autocarros e hinos ao futebol e tal....nem o Manolo, esse farol da objectividade resistiu à alfinetadazinha! (e o Ranys e o Rantas, que estão muito ocupados com outros afazeres, ainda não deixaram aqui faladura – imagine-se quando o fizerem!)

Oh meus amigos, parece que a tenra idade da maioria dos jogadores da vossa equipa vos infantilizou um pouco as reacções às derrotas. Eu lá em casa tenho solução fácil para as birras da canalha... vejam lá não vá aqui também ser preciso pôr-vos de castigo!

domingo, dezembro 03, 2006

Derby da invicta: Porto vence Boavista

O Porto venceu o Boavista em mais um derby da invicta, disputado no Dragão. Não foi nem de perto nem de longe um grande jogo, o Porto entrou bem a tentar chegar á frente mas sem grande consequência, o Porto não conseguiu incomodar verdadeiramente o Boavista na primeira parte com excepção de um remate de Postiga que ainda deu a ilusão do golo, aos poucos o Boavista foi impondo o seu jogo (duro) e como não havia velocidade o jogo foi morrendo até ao intervalo.

Após o intervalo Jesualdo rectifica a equipa e faz entrar Lizandro para o lugar de João Paulo, a equipa ganahva mais um elemento ofensivo, e o Porto voltava a entrar melhor na segunda parte e aos 50 minutos Quaresma remata de fora da área Khadim tenta desviar a bola com os olhos achando que esta vai para fora mas a bola bate no poste e entra, estava feito o primeiro golo. Como estamos em época natalícia ja se matou o primeiro peru para a consoada.

O Porto estava instalado no meio campo do Boavista e continuava a tentar chegar lá à frente, e aos 73 minutos na area do Boavista Pepe da para Bruno Alves que remata e na pequena área Postiga faz o desvio para a baliza, estava feito o 2-0 e o resultado final. Por momentos ainda ficou a dúvida se seria golo ou não uma vez que o árbitro assistente levantou a bandeira mas após uma troca de palavras com o seu assistente o árbitro validou o golo.

Até final foi mais do mesmo, o Porto a tentar, Lizandro quase fez o terceiro mas Khadim saiu ao lance e bloqueou o remate, do outro lado assistia-se a uma nova modalidade de Linz avançado do Boavista que tentava pontapear os jogadores do Porto, devia estar a tentar bater algum record, aliás já se nota o "efeito Pacheco" no Boavista, jogadores duros a entrar duro nos adversários.
O jogo acabava com a vitória do Porto por 2-0, o Boavista nunca incomodou verdadeiramente a baliza de Helton.

Nota final para um aspecto, por vezes algumas substituições podiam ser evitadas pelos treinadores, ontem o professor Jesualdo escusava de ter feito a substituição João Paulo -Lizandro, não entendi o propósito da entrada do primeiro a titular, se calhar faria mais sentido primeiro fazer para ganhar o jogo e depois fazer descansar os jogadores.

O Porto continua na frente, agora ainda mais mercê da vitória do Benfica em Alvalade.
Venha o Arsenal.

SEM ESPINHAS!



Vitória valiosíssima em Alvalade. Vitória sem espinhas, da equipa que, tendo beneficiado de um golo madrugador, soube gerir o jogo, nunca dando quaisquer chances ao adversário de poder ameaçar a vitória do Benfica.
Sabíamos todos quais os antecedentes desta partida. A derrota dos encarnados significava o adeus ao título, deixando a discussão aos dois rivais, cenário aterrador para o clube da águia, reforçado quando se sabia que, logo de seguida haveria esse mata-mata com o Manchester. O Sporting estava super confiante, com a vantagem pontual, a jogar em casa e jogando com a pressão no Benfica (de poder ficar a dez pontos).
Mas o futebol nunca é Razão.
O Benfica bafejado pela vantagem aos dois minutos, embora a primeira ocasião tivesse sido antes do golo, soube e pôde jogar o jogo como queria, e já a ganhar! Tapando todos os espaços ao Sporting, pressionando sempre o jogador, recuperava a bola e ía directamente para a baliza, em dois, três passes, para o golo.
O Sporting tinha mais bola, fazia-a girar e, invariavelmente tentava o cruzamento. Apenas me lembro de uma vez que Rogmanolli isolou Tello, na jogada que rasgou a defesa do Benfica. De resto… cruzamentos para Luisão e Rocha. Na minha opinião o Sporting falhou porque não soube fazer uma transição rápida para o ataque. Sempre que tinha a bola esperava que a equipa do Benfica se posicionasse.
É verdade que podia ter surgido o empate, numa cabeçada de Nani e, caso o árbitro tivesse assinalado um penalty de Simão sobre Miguel Garcia (na minha opinião o árbitro podia ter marcado), mas eu vi sempre mais perto o 0-2 do que o 1-1.
Lá surgiu o 0-2 e ainda houve tempo para Miccoli, sempre brilhante – se aquela tesoura tem acertado, era o Deus do Estádio!- fazer uma sublime jogada e finalizá-la com aquele remate soberbo à trave e Nuno Gomes proporcionar a Ricardo a defesa da noite.
Ao intervalo, o resultado lógico seria de três a zero.
A segunda parte foi muito pior jogada. O Benfica limitou-se a defender, a jogada era só uma: pontapé de Quim para os nossos altos Simão e Miccoli…Apenas quando o joga estava resolvido é que F. Santos alterou, para tentar acabar com o jogo. Até lá o “engenheiro do penta” sujeitou-se, sem necessidade, a sofrer um golo que poderia modificar o jogo todo.
P. Bento tirou bem Custódio, pois João Moutinho deu outra velocidade ao Sporting (de facto, faziam falta mais 3 Joãos Moutinhos para os lugares do meio campo do Sporting), e o Sporting carregou. Mas sem ameçar a defesa do Benfica. E o jogo na 2ª parte foi muito mais influenciada pelo nervosismo que vinha das bancadas. Surgiram os sururus, os assobios e a pressão sobre o árbitro, o queimar tempo do Benfica… O jogo ficou muito pior até à expulsão de Polga. O Sporting e o seu público desesperaram… Com a entrada de Paulo Jorge os jogadores do Benfica humilharam, em algumas jogadas os jogadores do Sporting ( aquela do Nelson, é uma maldade…).
Estamos na corrida. Continuo a pensar que o Porto é o principal favorito mas o Benfica é a equipa que mais vai discutir o campeonato.
Liga dos Campeões na quarta-feira europeia, o velho conhecido Manchester United. Só a vitória nos interessa. Mas é um jogo fácil. Se não ganharmos estamos na UEFA. Portanto, não há estratégias. É só jogar à bola…
Saudinha.

sábado, dezembro 02, 2006

Ingloriamente

Em cada jogo de futebol há sempre duas maneiras de ver o jogo: a da nossa equipa e a do adversário. Os sportinguistas dirão que foi uma derrota imerecida, os benfiquistas uma vitória gloriosa. Mais uma vez a equipa que mais confiança tinha na vitória (antes da partida) foi aquela que perdeu; será isto o sortilégio do derby?

O golo inicial marcou irremediavelmente o jogo. Ninguém aos 2’ justifica já estar à frente do marcador. A sorte do jogo sorriu aos encarnados. O Sporting sentiu o golo, mas arregaçou as mangas e foi à procura do empate. Jogando deliberadamente ao ataque, exerceu forte domínio encostando o Benfica na sua área. Mas raras foram as vezes que chegou com perigo à baliza contrária. Nani de cabeça, e, uma jogada de entendimento Romagnoli – Tello, causou sensação de empate.
Ao caudal de jogo ofensivo do Sporting, respondeu o Benfica com um “autocarro” à frente da sua área, defendendo bem, espreitando a possibilidade do contra-ataque, que no final da primeira parte, resultou no 0-2 e numa bola à barra de Miccoli. A exibição do Benfica foi, na 1ª parte, “saber e inteligência”, ou seja fazer render o golo madrugador, ocupar o espaço todo atrás e deixar correr o tempo; quando, na ressaca de ataques do Sporting, apanhava o Sporting em contra pé, com espaço, “matou” o jogo. Sem roubar mérito ao jogo do Benfica, convém dizer que a exigência desta atitude é bem diferente daquela que o Sporting teve (e não foi capaz) de ultrapassar; com isso o mérito da vitória perde fulgor, embora, naturalmente arrecade os 3 pontos, que é aquilo que conta.

A 1ª parte teve melhor futebol, e o Sporting como equipa, não tendo jogado mal, faltou-lhe o ataque: Liedson jogou parado (bem diferente do habitual) e Bueno (teoria da rotatividade…) é um trapalhão. Nani está a atravessar um mau período e atingiu ontem o seu ponto mais baixo. A maioria das bolas que lhe chegaram, foram “estragadas”; ora passes com força de menos, cruzamentos com força a mais, perdas de bola “por distracção”, enfim, espero que o Nani esteja de volta rapidamente. Gostei do meio-campo, Romagnoli (outra surpresa) fez muito jogo, tem criatividade, Moutinho foi simplesmente o melhor, logo seguido de Tello que, incrivelmente é actualmente o melhor lateral esquerdo a jogar em Portugal. Custódio insosso, a defesa quase sempre bem.

Na 2ª parte, P. Bento mexe: coloca Moutinho no vértice recuado, entram Martins e Yannick para os lugares de Custódio e Romagnoli. O Benfica “desistiu” pura e simplesmente de jogar: tudo atrás a aguardar o final de jogo. Ao Sporting restava lutar pelo golo que poderia dar ânimo à reviravolta. Mas este não apareceu, infelizmente. Alecsandro substituiu Bueno, e alteramos para 3 centrais, (Tello subiu para médio) a reagir à saída de Miccoli e passagem para 4-2-3-1 por Fernando Santos. Mas claramente, foi faltando, a força anímica, e nos últimos 10’ sentiu-se mesmo alguma revolta, natural, pelo resultado tão castigador para o Sporting. Os últimos minutos, com o resultado feito, foram usados pelo Benfica para tentar a humilhação que não conseguiram. Polga, e depois Nuno Gomes viram o vermelho nesta fase final.

Findo o jogo, e apesar da derrota, continuo a pensar que o Sporting tem melhor equipa para o Campeonato, e gostei de ouvir as declarações do treinador e presidente no final do jogo. Foi uma derrota, chateia sempre, reconheço que estamos numa fase má, mas não dou razão ao Miguel Sousa Tavares; acertou no resultado mas não pelas razões apontadas: “a qualidade de jogo, a qualidade do futebol”; aí não nos foram superiores. Estamos em 2º, e ainda falta muito Campeonato. Agora é reagir para garantir a UEFA.

sexta-feira, dezembro 01, 2006

A quente

Sporting 0 - Benfica 2

SLBêêêê!!! SLBêêêê!!! SLBêêêê!!!
Ninguém para o Benfica ninguém para o Benfica oêôÔ!!

Foi bonito. A lagartagem ainda não se tinha sentado nos seus lugarzinhos e já estavam a papar um. O Ricardo Rocha, que até ao jogo da semana passada nunca tinha marcado pelo Benfica, repetiu a dose e marcou um belo golo de cabeça num canto apontado por Simão. Bonito.
Continuámos uma primeira parte em bom estilo e antes desta terminar Miccoli descobre Simão solto na direita. O Capitão dá um nó ao Côxódio e no frente a frente com Ricardo, de ângulo apertado, faz a alegria do povo Benfiquista. 0-2 e vamos para intervalo!
Na segunda parte a maturidade do Benfica veio ao de cima. O jogo continuou môrno sem nunca aquecer como convinha ao Benfica. O Polga é expulso num lance sintomático da falta de inteligência dos jogadores de futebol. Agride infantilmente Nuno Gomes por trás. O àrbitro viu e dá-lhe um amarelo o que ainda indica maior falta de coordenação visualização-decisão. Em seguida Nuno Goms faz uma falta por trás sobre Moutinho e é expulso, isto da estupidez deve ser contagioso. Enfim o que se salva é que o jovem deve ficar dois jogos na bancada.
Deixa jogar o Mantorras!
No Sporting notou-se a ausência de Liedson na frente de ataque. Isto de vender os melhores jogadores no fim da época dá nisto. Depois nos grandes jogos fazem falta.
Uma nota para o que Nélson fez. Nélson foi mauzinho...cruel mesmo, no entanto pedagógico para com Tello. Deu-lhe um nó. Ele não percebeu. Então voltou atrás e deu-lhe outro nó. E continuou nisto o jogo todo. Aposto que o Tello irá contar aos netos que jogou contra grandes clubes na sua carreira e que inclusivé o Nélson lhe partiu os rins irremediávelmente num derby. Talvez o departamento médico do Sporting o consiga recuperar.

Agora quarta-feira há mais. Que a Deusa esteja connosco.