sexta-feira, março 31, 2006
quinta-feira, março 30, 2006
Dessas conversas resultou este "O último cartão". Nas entrevistas promocionais, o antigo árbitro e o autor prometeram revelações sobre o obscuro mundo dos bastidores da arbitragem.
quarta-feira, março 29, 2006
Chauvinismos à parte...
Não vou entrar em detalhes, deixo isso para os lampiões (se estiverem para isso). Mas irritou-me o chauvinismo dos comentadores do canal 1. O Benfica até foi prejudicado (um penalty e um fora de jogo), mas aqueles néscios conseguiram sempre defender que todo e qualquer lance era a favor do Benfica, mesmo quando as repetições demonstravam que isso era falso. Isto é serviço público?
Nostalgia
Dou comigo nostálgico, num dia em que o desportivamente correcto me diz devia estar a celebrar um empate a zero...
A racionalizar muito, ontem surpreendi-me a desejar que o tempo passasse, a ver se eles não marcavam, tal adepto apaixonado de equipa menor. Surpresa o Benfica passar a eliminatória com o Barcelona? Ao estado a que chegou o futebol português... Talvez a lei Bosman tenha muito a ver com isto (e sobre o assunto me debruçarei futuramente), mas não haverá outros responsáveis?
O jogo ele próprio teve duas partes distintas (passe o lugar comum): a primeira, onde N. Senhora da Luz teve grande intervenção, e a segunda onde o Benfica conseguiu equilibrar o jogo e foi espoliado pelo árbitro (a deferência pelos grandes é um mal de que nem só os árbitros portugueses padecem, e o Benfica europeu actual já se afastou desse estatuto). Moretto foi simultâneamente o melhor e o pior em campo (mais uma vulgaridade), pelo que a distinção tem que ir para Ricardo Rocha, que, qual Moisés, abriu passagem pelo enorme rio chamado Ronaldinho, secando-o quase completamente. Do conjunto das duas partes, acabaria por não ter surpreendido a vitória do Benfica, mesmo que com a (muita) sorte do jogo.
Mas eu vou estando velho, agarrado ao sempre maior clube do Mundo, não consigo exultar com um empate. Defeitos de quem se habituou ao melhor... E a evolução da «consciência de não temer ninguém» para «o bom seria não sofrer golos» ainda não a consegui fazer...
Por isso, como Benfiquista já entradote, não posso deixar de gritar aos ventos todos que o Benfica só não ganhou porque fomos roubados, em Camp Nou é que eles vão ver como elas lhe doem!!!
Leão viu lampiões
Liga Portuguesa, 28ª Jornada
Nacional-Rio Ave 1-1
Benfica-Sp. Braga 1-0
Marítimo-Belenenses 1-0
Gil Vicente-V. Guimarães 1-1
V. Setúbal-Naval 4-1
P. Ferreira-E. Amadora 2-1
Académica-FC Porto 0-1
Sporting-Penafiel 2-0
Sporting derrotou o Penafiel num jogo com dois grandes atractivos: um golão de Nani e um golaço de João Alves. O resto foi um imenso bocejo.
O Benfica venceu o Braga num jogo em que, depois de marcar no 1º minuto, se limitou a um jogo de contenção. Pouco atractivo.
Em resumo, os jogos em que participaram os 4 primeiros classificados (nem vale a pena falar do 0-0 em que o 5º foi cúmplice) foram simplesmente repelentes. Não é com vinagre que se caçam moscas...
A Zona dos Aflitos
Surpreendentemente, a situação não se clarificou. Continua tudo enrolado “lá em baixo”.
1. FC Porto 63
2. Sporting 61
3. Benfica 56
4. Sp. Braga 51
5. Boavista 46
6. Nacional 44
7. V. Setúbal 42
8. U. Leiria 36
9. Marítimo 34
10. Belenenses 34
11. Académica 33
12. E. Amadora 33
13. Naval 31
14. P. Ferreira 31
15. Rio Ave 31
16. V. Guimarães 30
17. Gil Vicente 29
18. Penafiel 13
Antecipação da próxima jornada (16 de Janeiro):
terça-feira, março 28, 2006
Passeio pela FBF
No Tudo à estalada, uma conversa perfeitamente desinteressante e parvinha sobre o mesmo tema. Por pouco, os co-bloggers não acabavam todos à estalada uns com os outros.
Nos Cepos dos Anos 90, homenagens a dois grandes vultos do futebol indígena: Paulinho Santos e Steve Harkness.
No Estádio Vazio, mais uma rodada da Copa Libertadores 2006.
No Futebloguês, uma palhaçada com os palhaços do costume, sobre o diferendo construído entre Baía e Ricardo. Um LINK oportuno para as imagens do FC Porto-Sporting, na RTP1. O lance entre Pepe e Liedson fica algures na 1h13m do ficheiro.
No Futebol ao rubro continuam as análises às jornadas das principais ligas europeias.
O destaque desta semana é para a Malta da Tropa...; além de continuar a série sobre os Campeonatos do Mundo (desta vez foi Itália 1934), iniciou uma nova série sobre jogos inesquecíveis, começando com a final da Taça dos Campeões Europeus de 1960, o Real Madrid - Eintracht Frankfurt 7-3. Ainda tiveram tempo de prosseguir com uma análise do léxico utilizado por Jorge Jesus. Este treinador esteve em foco na blogosfera, além da Malta da Tropa, também lhe abriram um Processo Sumaríssimo.
Na Bancada Central, o calendário que falta ao FC Porto e ao Sporting.
Na Poente Coberta, um estudo sobre as assistências médias em Portugal e noutros países. Esclarecedor.
No Sector B32, uma antevisão do Benfica-Barcelona, uma acha para a fogueira sobre o episódio da bola arremessada por Baía a Ricardo e uma provocação de Peyroteo, que infelizmente não passou disso...
Para terminar com chave de ouro, o Mãos ao ar: O segundo álbum, sobre João Moutinho. Um post inesperado sobre Carlos Lisboa, Isaías e ... João Moutinho. E ainda um grito pungente de Bulhão Pato, no seguimento do golão de João Alves.
segunda-feira, março 27, 2006
BERNA. 1961
O certo é que de eliminatória em eliminatória, o Benfica ia fazendo sensação. Começou por ganhar em Edimburgo, ao Hearts por 2-1. Na Luz, na noite em que foi inaugurada a primeira fase do terceiro anel , aumentando a lotação para 70 mil, o Benfica ganhou por 3-0.
Seguiu-se a famosa equipa húngara do Ujpest. Na 1ª mão numa tarde memorável, em meia hora o Benfica ganhava por 5-0 ! O jogo acabou com um tranquilo 6-2. Na segunda mão, em Budapeste derrota por 2-1.
Terceira eliminatória, a Europa já temia o Benfica. O fraco Aarhus defendeu com 9 homens à frente da sua baliza. Resultado final 3-1. Na Dinamarca, apesar do frio o Benfica despachou-os com 4-1. José Augusto esteve tão endiabrado que foi considerado pelo jornal L’Equipe como o melhor extremo-direito da Europa.
E o Benfica chegava às meias-finais. O adversário : Rapid de Viena. Na Luz houve mais uma vez casa cheia. Os preços dos bilhetes variaram entre os 15 escudos para a geral (atrás da baliza) e os 45 escudos para a bancada central, com os sócios a pagarem apenas 10 escudos. Foi mais uma grande noite europeia. Resultado final 3-0, feito na 1ª parte.A deslocação ao estádio do Prater não foi fácil. O Benfica inaugurou o marcador, já na 2ª parte e a agressividade passou a imperar, com os jogadores e público do Rapid de cabeça perdida. Ainda empataram, e perto do fim os austríacos reclamam um penalty que o árbitro não concede. O jogo acabou praticamente aí. De tal forma que o árbitro deu o jogo como terminado a 2 minutos do fim. E a comitiva do Benfica esteve depois largos minutos encerrada nas cabinas, enquanto a polícia se mostrava impotente para reprimir a violência dos austríacos...
E estávamos na final !
31 de Maio de 1961. Berna.
Final com o Barcelona, no já demolido Estádio Wankdorf, em Berna. O Benfica fez deslocar a equipa com uma semana de antecedência, estagiando numa pequena povoação suiça, Spiez, à beira de um lago.E foram em grande número os portugueses presentes, uns idos de Portugal, outros emigrantes. Em Portugal, a RTP fazia a sua estreia em transmissões da Eurovisão. Mas os portugueses, que naquela época viam televisão essencialmente em cafés, mal puderam seguir o desafio. As interrupções eram constantes (ficou célebre a frase “o programa segue dentro de momentos”) e, na segunda parte, a RTP acabou mesmo por desistir da transmissão. Os ouvidos ficaram então colados ao relato de Artur Agostinho na antiga Emissora Nacional.
O Barcelona era nitidamente favorito. Eliminara o Real Madrid e tinha uma linha avançada temível : Kubala, Kocsis, Czibor (três húngaros), um brasileiro, Evaristo e o espanhol Suarez. O Benfica não tinha Eusébio (estreava-se nessa altura, em Portugal), nem Simões ainda júnior. Mas tinha um excelente guarda-redes, Costa Pereira, que terá feito a exibição da sua vida, um central de classe europeia, Germano, um meio campista poderoso, Coluna, um extremo rapidíssimo, José Augusto, um fino interior, Santana, um grande cabeceador e grande goleador, Águas, e um grupo de jogadores, menos dotados tecnicamente mas com muita raça e ambição e uma óptima condição física, Mário João, Ângelo, Neto, Cruz e Cavém.
Aos 20 minutos, Kocsis fez o primeiro para o Barcelona, confirmando o favoritismo dos espanhóis. Mas num só minuto, entre os 30 e os 31, o Benfica virou o resultado. Águas e Ramallets na própria. O Benfica vencia ao intervalo. Talvez demasiado confiantes, os jogadores do Barcelona deram muita liberdade aos jogadores do Benfica, nomeadamente a Coluna e começava a surgir a surpresa. Aos 10 minutos desta 2ª parte, Coluna, com um potente remate faz o 3-1 ! O Barcelona, desesperado foi para a frente e o Benfica a defender. O Barcelona massacrou cada vez mais. Aos 30 minutos, Czibor reduziu para 2-3. Os minutos finais foram de sufoco total ! Costa Pereira e os postes defendiam tudo . Num dos lances, a bola bateu num poste, passou por cima da linha, bateu no outro poste (eram quadrados os postes, nessa altura) e ressaltou para as mãos de C. Pereira !...
Bem distribuído, esse azar dava para perder 10 jogos, lamentava-se o treinador Orizada.
O Benfica era, para surpresa do mundo, Campeão Europeu !
Que a Deusa esteja connosco, como em 61. Que seja o melhor espectáculo de futebol jamais visto. É muito belo, um jogo destes. Sorte daqueles que o presenciarem ao vivo.
Lá estarei, no meu lugar, torcendo, lutando, gritando até que a voz me doa !
Saúdinha
Amor entre os Homens
oh meus amigos, amor entre os homens parece-me bem, mas no natal, não? Pois, pois...o natal é quando um homem quer, mas, quer she dijer...oh shôr Wender tá bem que o Evander Holyfield é feio como ò caraças e o Petit também, mas dá para distinguir as partes...!!
Futebol espectáculo
Serviços mínimos...
Há certos jogos bocejantes e este foi um deles. Certas atenuantes não podem fazer descer as exigências, é certo, mas o andamento do marcador, (1-0 aos 14’ e 2-0 aos 35’) foi talvez o principal motivo desta inércia colectiva: a vitória não esteve em causa, e a equipa adormeceu. Tudo o que um bom jogo de futebol deve ter, este não o teve, à excepção dos golos.
De positivo (para além do resultado) tivemos a defesa: Tonel e Polga mostram uma autoridade e sobriedade que jogo a jogo se intensifica. Para a Liga temos já 6 jogos consecutivos sem sofrer qualquer golo (sendo os dois últimos de penalty! Setúbal e Benfica). Abel, lateral direito é jogador para se firmar na 1ª equipa durante anos; já se percebeu que a prioridade é garantir a sua contratação; “raçudo a defender, sobe bem criando desequilíbrios na asa direita, compensando o facto do Sporting não jogar com extremos. Do lado esquerdo, o mal-amado R. Tello, que parece ter menos ansiedade e cumpriu sem ser especialmente notado. No meio temos as nossas pérolas, Nani e Moutinho. Não estiveram particularmente bem (como toda a equipa), mas ambos sobressaíram sempre que houve lancess de ataque bem gizados (poucos); são bastante diferentes, Nani é mais “brinca na areia”, mas ganhando maturidade (que já denota) vai ser um caso sério. Moutinho é um médio do antigamente: não é trinco, não é play-maker, é simplesmente um médio que ataca e apoia bem, defende e marca bem, sempre com ritmo forte. É uma mais valia, que mesmo jogando abaixo das suas capacidades (o caso de ontem) representa a alma do jogo do Sporting. João Alves também demora a adaptar-se à equipa. Marcou uma excelente bomba, mas esteve pouco em jogo, acabando por ser substituído. Para quando a sua afirmação? No ataque Liedson teve poucas bolas, e perdeu uma oportunidade para se aproximar (e ultrapassar) da liderança dos goleadores. Também saiu queixoso. Douala, que fez alguns jogos espectaculares na época passada, parece algo desaproveitado. Tem uma característica rara: capacidade de aceleração que deixa todos para trás, nunca consegue o espaço necessário. Penso que deve aparecer mais encostado às pontas em desmarcação. Exibição cinzenta. Ainda jogaram, C. Martins, Koke e Sá Pinto. Vou destacar Koke que deu algumas boas indicações.
O Sporting venceu, com tranquilidade mas apenas com os serviços mínimos, a cumprir calendário. Tantas vezes que jogámos bem e o resultado foi perder pontos. Assim com este pragmatismo (“Cinismo e eficácia”, também já lhe chamaram) garantindo o resultado é bem melhor. A verdade é que a luta continua. Não apenas os dois pontos de atraso mas também a pressão da distância que se mantém do terceiro. Vamos aguentar firmes e hirtos na próxima jornada: crucial, decisivo e, por assim dizer a meta desejada para o tira-teimas, quase final, a visita a Guimarães. Temos de ganhar, e a dificuldade é de grau máximo. Força leões o triunfo final está cada vez mais próximo.
Desde novo que o Manolo demonstra esta capacidade de cometer excessos comedidamente. É como se ele tivesse adquirido prematuramente “aquela” sabedoria que é própria da idade.
Parabéns Manolo.
domingo, março 26, 2006
sábado, março 25, 2006
Quando é o próximo jogo?
Não me consigo lembrar do primeiro jogo a que assisti ao vivo, mas foi certamente na década de 70. O que me fez encaminhar nessa altura para um estádio de futebol? Bem, não faço a mínima idéia, estes neurónios já não são o que eram dantes. Influências paternas, algum colega de turma? Talvez. Aquilo que ficou porém, foi este bichinho, esta ansiedade mal contida a cada fim de semana, a necessidade de estar defronte daquela mancha verde, sentir o ar fresco na cara, a emoção no ar.
Naquela altura os jogos realizavam-se à tarde, e como era difícil arranjar um bom lugar sentado na superior sul! Ao entrar no estádio sentia-se de imediato o entusiasmo da multidão, um frenesim generalizado, os gritos, os assobios. Olhe desculpe, podia dar um jeitinho?
Há uma jogada em que o Sporting ataca pela direita em direcção à superior sul, dois jogadores tabelam entre si e há um terceiro que se desmarca aparentemente num movimento desligado. A sequência contudo não foi aleatória, eis que a bola lhe aparece à frente como que por magia, o resultado de uma dança espontânea e desconcertante.
Não sei porquê mas esta imagem ficou para sempre bem impressa na minha memória. Talvez a seguir tenha aparecido um centro para a área e o encosto para o golo, com direito a entrar pela baliza a dentro e tudo. Ou talvez não, mas que interessa? O que mais me marcou foi o movimento, a coordenação, o espectáculo, a beleza. Ficou o vício.
Bolas, quando é o próximo jogo?
Contra a corrente
Os árbitros não são anjinhos, são sujeitos a grandes pressões, há muitos interesses envolvidos e mesmo os melhores cometem erros. O que tenho de reconhecer é que hoje a situação é melhor do que era. Lembro-me ainda da luta dos Pintos, das “suecadas” das Associações que ganhavam o único lugar que interessava: Presidente da Arbitragem. A tacanhice era idolatrada, o recurso à corrupção, constante. Um grupo de dirigentes era a cara do sistema, e iniciaram a sua perda de poder, imediatamente a seguir a atingirem o apogeu. Para isso contribuiu a tal “lufada de ar fresco”, da seriedade dos clubes como parceiros económicos, que orgulhosamente, posso dizer, contribuiu como nenhum outro, o meu clube, pioneiro de quase toda a mudança. Para que o ambiente ao redor da Arbitragem seja saudável deve-se tornar eficaz um sistema que (à falta de melhor) se pode chamar de profissional, mas sobretudo deve ser um sistema que seleccione os melhores árbitros. Não é necessário inventar nada, e o Manifesto (iniciativa do Sporting e Benfica) define os passos a serem dados.
O resto depende de nós, público, sendo o papel da imprensa como uma alavanca; seria pedir demasiado que, quando se fala em árbitros, todos aceitassem dois pontos prévios?
1. respeitar o homem-árbitro-juiz e
2. Não dar demasiada importância aos erros de arbitragem.
Quem não consegue aceitar estes pontos prévios pode e deve deixar de ler.
Na excelente meia-final da Taça, vi um Sporting a impor-se, a discutir o jogo, que inclusivamente só não ganhou a 8 minutos do final do prolongamento, quando houve uma desconcentração causada pela inexplicável expulsão de Caneira. O Porto jogou muito bem mas nós chegámos a dominar grande parte do jogo, forçando o Porto a encolher-se. Pensei nas palavras de Rantas, “Cínico e Eficaz” e já só faltava a eficácia. O golo foi espectacular (falha do defesa deles e Nani num passe com mel, ao grande Liedson, um dos melhores avançados que vi no Sporting). Moutinho foi o azarado. Tenho a certeza que todos os sportinguistas desculparam a mais este diamante (a pensar e executar futebol). Vi também o penalty (a meio da primeira parte), que mudaria por certo o decorrer do jogo. Um erro grosseiro, pensei. Agora parece haver dúvidas. (El Ranys, “É manipulação e cheira muito, muito mal. Haja vergonha”, acho um exagero).
A verdade é que os erros, a existirem, são parte do jogo. Não somos sempre beneficiados nem sempre prejudicados. As equipas pequenas sim, são quase sempre, no balanço geral, prejudicadas. Tenho pena de sermos criticados (pelos do Benfica e do Porto), por nos queixarmos constantemente dos árbitros.
Um qualquer jogo de futebol do Campeonato de Inglaterra, da Premier, é sempre melhor do que qualquer jogo de futebol da Liga Portuguesa. Isto não é verdade, mas podia ser. E qual é a maior diferença? É o público do futebol. Não olham para o jogo focando-se na equipa de arbitragem. O futebol é muito mais interessante que isso. O meu desejo, e nesse sentido a minha fraca contribuição, é que os adeptos portugueses de futebol das próximas gerações evoluíam, e tendam a ser à maneira dos ingleses, que “ignoram”, no bom sentido, o árbitro, e apoiam o seu clube, mesmo quando o resultado é adverso e as coisas não estão a correr bem. Tanta diferença! Evidentemente não me inibo de criticar e há árbitros maus e bons. Mas não entendo os que consideram todos os árbitros maus, vigaristas e com o desejo insaciável de nos prejudicar dolosamente. Já se puseram no lugar do árbitro?
A equipa está bem e recomenda-se. Mas pode não ganhar. Duas coisas são certas: É difícil e lutaremos até ao fim. E, quando, depois do “chato” Penafiel, do “último” grande obstáculo Guimarães, recebermos o Porto, …. seremos campeões. Mas, mesmo não o sendo, quisemos, e tivemos uma equipa a suportar com brilho o desejo de vencer, independentemente dos árbitros.
O MÍNIMO OBRIGATÓRIO
Amanhã, na Luz, o Benfica joga uma cartada decisiva no seu futuro imediato. O mínimo obrigatório, para o Glorioso, é a presença na Liga dos Campeões na próxima época. Disso depende a continuação do crescimento como grande clube na Europa.
Assim, e desgraçadamente, uma derrota amanhã coloca-nos numa situação desesperada.
Jesualdo Ferreira já demonstrou por várias vezes a sua ambição, e a sua equipa não precisa de provar a sua qualidade pois temos diversos exemplos onde esta ficou bem patenteada. Basta dizer que o Braga ainda não perdeu com nenhum dos grandes, esta época.
Para Jesualdo e o seu Braga este é o jogo supremo. É a oportunidade da Champions ! Vão lutar com todas as suas forças até à exaustão.
Como já escrevi, gostava que o Braga chegasse à Champions, mas nunca à custa do Benfica !
Por outro lado, já tivemos várias experiências em que na véspera de um jogo da Champions, a equipa pareceu sonolenta. Contra a Naval na 1ª volta, só acordou quando já perdia. Contra o Guimarães, contra o Estrela ! Espero que os jogadores do Benfica interiorizem que este é que é o jogo mais importante. O Barcelona é só para jogar à bola, sem pressão de ter de ganhar. É muito mais fácil . Não temos nada a perder. Amanhã temos muito a perder. Amanhã só podemos ganhar !
Quero que Koeman ponha Geovanni à frente, Simão e Manduca nas alas e Karagounis a apoiar. A Nuno Gomes um pouco de banco fazia-lhe bem. Mantendo a atitude dos últimos jogos e ... concretizando as oportunidades, vamos ganhar !
Não me apetece nada ter uma noite gelada, amanhã.
Saúdinha
O OUTRO FINALISTA
Também uma palavra para o Vitória de Guimarães e o seu treinador. Também está a ter uma recuperação fantástica, apoiado pelos seus apaixonados adeptos e por um grupo de bons jogadores muito bem organizado pelo seu treinador. Depois do histórico afastamento do Benfica na Luz, Vitor Pontes sonhou alto. E a verdade é que esteve perto de lutar pelo seu primeiro título nacional. Do que vi, apesar de ser um jogo pobre, ao contrário da outra meia-final que foi um belo jogo, o Guimarães tem mais futebol que o Setúbal, mas... é futebol.Força Vitória !
KOEMAN : DE MALAS AVIADAS
Mas dizia eu que Ronald Koeman deve abandonar neste final de época. E porquê ? Concordo com muita gente que diz que Koeman teve opções estranhas e erradas, não corrigiu a tempo, insistiu em escolhas inexplicáveis... A equipa teve jogos em que falhou rotundamente. Alvalade, em Braga e voltou a falhar contra o Sporting. Mesmo jogos que não ganhámos, não falhámos tão rotundamente. Por exemplo na 2ª jornada contra o Gil Vicente em casa jogámos muito bem mas não marcámos e perdemos. Aliás nesse jogo, Koeman colocou o sistema que com certeza tinha pensado, o 3x4x3 que, caso resultasse nesse jogo podia alterar muita coisa. Mas portanto, nem é pelos resultados que não quero a continuidade de Koeman.
De alguém que chegue ao Benfica, nós esperamos, nós exigimos que essa pessoa sinta que chegou ao topo. E ele nitidamente não sente isso. E é essa falta de empatia com o Clube que me faz pensar que ele não é treinador para o Benfica. Camacho, apesar de toda a gente saber que era Madrilista, encarnou como ninguém esse modo de ser e existir.
sexta-feira, março 24, 2006
Falta de vergonha...
Baía rasca
quinta-feira, março 23, 2006
Esperem para ver...
Déjà Vu
Realizou-se à noite um grande jogo de futebol. O estádio estava cheio e o ambiente claramente adverso à equipa do Sporting; devido ao equilíbrio de forças – mas não só – das equipas, acabou por ser decidido nos penalties. O Sporting foi eliminado, quando um seu jogador, por sinal oriundo das camadas jovens, falhou o penalty decisivo. O Sporting até se colocou em vantagem já no prolongamento. Parecia uma vantagem decisiva, mas eis que sofre empate já no final do prolongamento, numa fase em que contava com um jogador a menos, dado que foi expulso um jogador do Sporting. Trata-se de um jogador emprestado ao Sporting (pertence actualmente aos quadros do Valência, mas curiosamente foi formado nas camadas jovens do Sporting).
O Sporting foi uma equipa personalizada, mas efectivamente prejudicada pela equipa de arbitragem.
Continuamos mal
Que Malquerença
Desabafo
Hoje ninguém deve escrever...Benfiquistas estão na expectativa...os Sportinguistas ... bom...ainda devem estar a pensar porque é que o Ricardo cortou nos Danoninhos...
O Vítor Baía lá defendeu o Pénalti do Moutinho e ajudou a resolver um jogo que eu não vi mas onde aconteceu aquilo que eu desejava...o prolongamento.
Ora bem! Estava a ler no record a notícia da expulsão do Sérgio Conceição e fiquei estupefacto. Abismado. Como diria a minha irmã em vez de perplexo...fiquei repleto! Então não é que o personagem, que até é capitão de equipa, chefe de família e com mais de 30 anos depois de ter sido expulso por ter cuspido num adversário, equivalente a agressão, lançou a camisola à cara do árbitro! Não contente com isto, ao sair do relvado ainda foi pedir explicações ao quarto árbitro.
...
Faltam-me as palavras para classificar este acto. Um jogador que já ganhou campeonatos em Portugal em Itália, tacas, super taças, jogou uma meia final de um campeonato da Europa, esteve na fase final do campeonato do mundo e até foi considerado o melhor jogador do campeonato belga o ano passado perde assim a cabeça ao ser expulso...mas...porquê? O que é que ele ganhou? O que pode ter gerado tanta indignação? Há justificação para um comportamento destes?
Não percebo. Simplesmente não percebo.
quarta-feira, março 22, 2006
terça-feira, março 21, 2006
Liga Portuguesa, 27ª Jornada
Naval-Nacional 3-1
Boavista-Belenenses 0-2
FC Porto-P. Ferreira 3-0
Sp. Braga-Marítimo 2-0
E. Amadora-V.Setúbal 1-0
Penafiel-Gil Vicente 1-1
V.Guimarães-Académica 1-1
Rio Ave-Benfica 0-1
U. Leiria-Sporting 0-1
Recordando o prognóstico avançado aqui em 16 de Janeiro, referente a esta jornada:
«FC Porto vence, os outros dois empatam? Porto 58, Benfica 55, Sporting 54.»
A realidade: Porto 60 (+2), Sporting 58 (+4), Benfica 53 (-2) (ainda Sp. Braga com 51, Boavista com 45 e Nacional com 43).
FC Porto
O Porto é a equipa que actualmente pratica o futebol mais vistoso e mais espectacular em Portugal. Aparenta estar em grande forma e a imagem que se cola mais à equipa é um rolo-compressor no ataque.
Sporting
O Sporting é a equipa que actualmente pratica o futebol mais eficaz e mais cínico em Portugal. Aparenta estar em grande forma e a imagem que se cola mais à equipa é... o quê? Muralha defensiva? Ataque mortífero? Não, nem uma coisa nem outra - meio-campo, ou melhor, a equipa toda como um bloco único. Paulo Bento anulou os "vícios" das individualidades para colocar todas as virtudes de cada peça no jogo de equipa.
Benfica
Finalmente um golo! Mais uma vitória "à Benfica", a fazer lembrar as jornadas gloriosas da época passada, com Trapattoni, que renderam um título e escreveram páginas épicas do nosso futebol. Jogo emocionante até ao fim, com Mantorras como que a justificar a bipolaridade de que padecem os benfiquistas. Fez recordar também velhas glórias do clube, a começar pelo famoso agente secreto Calabote, tão incompreendido e injustiçado.
A Jornada
O resultado mais surpreendente, para mim, foi o do Bessa. O Belenenses fugiu (definitivamente?) da zona escorregadia da tabela classificativa. É curioso verificar que os adversários directos do Benfica (Braga, Boavista e Nacional) começaram a perder jogos de seguida, permitindo aos encarnados poupar uma vergonha. Enfim, o Braga desta até venceu tranquilamente um Marítimo que corre o risco de descer - o que seria uma excelente notícia, só obscurecida pelo facto de o Nacional ainda continuar na Liga.
A Zona dos Aflitos
A prudência não recomenda prognósticos, mas considero que Paços de Ferreira e Gil Vicente vão descer, para além do inevitável Penafiel. Para preencher a 4ª vaga que falta, alinham-se vários candidatos. Julgo que o Marítimo é quem reúne mais condições para entregar os papéis a tempo. O outro candidato potencialmente mais forte para esse lugar (a Naval) aparenta já ter (re)encontrado o seu rumo. Estou convencido que Rio Ave, V. Guimarães, Estrela e Académica se safam - isto para além de Belenenses e Leiria.
Classificação Geral:
1. FC Porto 60
2. Sporting 58
3. Benfica 53
4. Sp. Braga 51
5. Boavista 45
6. Nacional 43
7. V. Setúbal 39
8. U. Leiria 35
9. Belenenses 34
10. Académica 33
11. E. Amadora 33
12. Naval 31
13. Marítimo 31
14. Rio Ave 30
15. V. Guimarães 29
16. Gil Vicente 28
17. P. Ferreira 28
18. Penafiel 13
Antecipação da próxima jornada (16 de Janeiro):
«28ª jornada: Académica-FC Porto, Benfica-Sp. Braga, Sporting-Penafiel
Académica precisa desesperadamente de pontos e surpreende Porto. Benfica é impotente em casa contra prof. Jesualdo - PORTO perde, BENFICA empata e SPORTING ganha».
Bom, não creio que a Académica esteja assim tão desesperada neste momento, mas ainda assim acredito que o FC Porto vá a Coimbra perder pontos. Vamos a ver...
De qualquer modo, o prato principal desta semana é o jogo grande de quarta-feira, onde se vão defrontar duas equipas completamente antagónicas nos seus processos de jogo e nas suas abordagens. O FC Porto com um poder de fogo avassalador, a fazer lembrar o lado positivo de Peseiro do ano passado ("marcar mais um que o adversário"), contra um Sporting compacto, com uma equipa de artistas a jogar em bloco e que já vai na oitava vitória consecutiva para a Liga, curiosamente a fazer lembrar Trapattoni pelo cinismo e matreirice - e indubitavelmente com muito mais pinta! ("sofrer menos um que o adversário"). Let the games begin!
segunda-feira, março 20, 2006
O "quanto baste" na oitava vitória seguida
(A interminável discussão, sempre polémica, entre o jogar bem, o futebol bonito e jogar para o resultado, no futebol de contenção e aproveitamento dos erros está como sempre na ordem do dia. Quantas vezes, nós, sportinguistas, fizemos grandes jogos de domínio intenso e de ataque continuado, e no final sofremos golos que nos abalaram a confiança no futebol e nos Deuses da justiça? Após tanto tempo a ver futebol, sei que a única coisa que conta verdadeiramente é o resultado. Para tal, marcar golos é fundamental, na mesma medida que os não sofrer. É no equilíbrio e na complementaridade destas dinâmicas, que as boas equipas ganham Campeonatos).
Gosto mais de ganhar jogando ao ataque e dominando os adversários, mas, como Paulo Bento tem vindo a mostrar na prática, muitas vezes não é possível dominar o jogo todo. E o tal lado pragmático, como muito bem diz o Dever Devamos, tem sido altamente eficaz. O meio-campo continua a ser a nossa mais-valia, sobretudo no que toca a preencher e roubar os espaços aos adversários. Moutinho é a batuta de uma pauta que determina o ritmo, que surpreende nos lances em profundidade, Custódio é o pronto socorro, ganha os lances pelo posicionamento não permite ao adversário nem tempo nem espaço e joga simples. Nani é a fantasia ingénua, respira futebol e Carlos Martins, o rompedor, capaz do melhor (remates) e do pior (não fecha bem). A defesa está “intratável”: Tonel antecipa-se, chega primeiro, impõe a sua presença nas alturas. Polga está com uma confiança nova: adivinha os lances, com a bola nos pés é intencional e não se precipita; ambos, quando é necessário também jogam feio. Os laterais foram as grandes alterações positivas de Janeiro; uma equipa sem extremos precisa absolutamente de bons laterais. Abel é duro, rápido, forte com e sem bola; o Sporting tem se assegurar a sua continuidade. Ontem jogou Tello; invariavelmente um jogador pouco “simpático” aos adeptos fez um jogo bem conseguido (é dele a boa assistência para Nani), mas pode render mais como interior esquerdo. Ricardo está o gigante que precisamos. Fazendo com que a bola lhe viesse, irresistivelmente, ter às mãos, parecendo ter alguma espécie de magneto, esteve seguro e dali já estamos despreocupados (que transformação…). O ataque, ontem muito apagado, Liedson jogou muito sozinho, mas cansa só de ver a sua entrega, como disputa cada lance, e o pânico que gera na defesa contrária. Sá Pinto tem a titularidade pela sua garra. Na sua última época, o capitão quer ser feliz e vencer o Campeonato do Centenário. Na 2ª parte, entrámos com mais agressividade, e surgiu o golo (com alguma felicidade) por Nani, numa jogada em que colado à linha de fundo, entra pela área, e já em plena zona do guarda-redes remata, tendo a bola desviado num defesa, e enganado o guardião. Nunca a vitória esteve em dúvida a partir daí. E esta é a grande mudança do Sporting actual: respira confiança, serenidade, coesão; ontem não empolgou, não foi brilhante, mas quem vê a equipa jogar, facilmente verifica estar em presença de um campeão, que, embora díficil, só depende dele. Ainda jogaram Deivid (Sá Pinto), João Alves (Carlos Martins) e no final Miguel Garcia (Nani).Próximo jogo da Liga é “chato”: Penafiel, lanterna vermelha, já despromovido visita Alvalade. Depois de tudo o que disse atrás… espero que não haja surpresas. Entretanto, 4ª feira jogamos a presença na final da Taça e medimos forças com o nosso grande adversário: F.C. Porto. Boa sorte, e acredito que façam um grande jogo. O resultado é, mais que nunca, imprevisível.
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A mensagem
Ainda a AG do Sporting - razões para a derrota
Por isso são maus gestores. Eu trabalho numa empresa de consultoria. Somos obrigados a satisfazer 3 interesses por vezes antagónicos: os Clientes (quem contrata os nossos serviços), as Pessoas (quem trabalha, os recursos humanos, o nosso activo mais valioso) e os Accionistas (quem investe e aguarda retorno desse investimento). Eu posso corresponder mais ou menos a cada um dos interesses envolvidos, mas se um deles ficar insatisfeito, não faço negócio. Se vender barato, o cliente rejubila, mas o Accionista não. O contrário também é verdadeiro. Se obrigar as Pessoas a trabalhar todos os fins-de-semana, o Cliente fica satisfeitíssimo pela rapidez com que lhe resolvo problemas; as Pessoas começam a ler o Expresso Emprego com mais cuidado... se não existir uma harmonização entre as 3 forças envolvidas, o projecto falha, forçosamente.
Relatos de uma não ida à AG...
Contrariamente ao que pretendia, não pude ir à AG. Foram vários motivos, nenhum tão forte que me impedisse de ir, mas a conjunção de todos eles foi razão suficiente para ter optado por ausentar-me.
No dia seguinte ainda me pus a fazer contas. Quantos votos seriam 2,1%? Rapidamente conclui que não foi pela minha ausência que o projecto foi chumbado. Seria um fardo demasiado pesado para carregar.
Mas passando a assuntos sérios. Correndo o risco de dizer o que já foi dito, o resultado foi mau. Não só porque o (único) projecto em votação tenha sido chumbado, mas pelo vazio que se pode criar em virtude dos resultados obtidos; senão vejamos:
- Filipe Soares Franco obteve uma maioria absoluta confortável, mas falhou a maioria qualificada por uma margem muito pequena; só com a maioria qualificada poderia avançar com o seu projecto de alienação do património imobiliário;
- Em virtude de ter visto chumbado o seu projecto e tomando em consideração o que vinha dizendo relativamente ao resultado da AG, Filipe Soares Franco não deverá avançar para eleições; o que para mim faz todo o sentido; é certo que ele foi “legitimado” por uma larga maioria dos sócios mas se não pode por o seu plano em prática, vai candidatar-se a quê? E para fazer o quê? Sucessivas AG’s até ver o seu plano aprovado? Lutar por um projecto que não é o seu?
- E porque foi chumbado o seu projecto? Porque estava “colado” às anteriores administrações? E que dizer do seu maior opositor, Dias da Cunha, o maior responsável por todo este pântano, que defendia precisamente a solução oposta? Porque Soares Franco teve um projecto falhado no Estoril? Mas não conseguir rentabilizar um clube de segunda divisão é uma falha assim tão grave?
- Quem “pregou” pela manutenção do património imobiliário deve agora ter coragem para assumir a gestão do clube, como disse e bem, Miguel Galvão Teles no final da AG;
- Mas quem quer que venha a assumir a gestão do clube não será um presidente de todos os sportinguistas, nem sequer de uma maioria, pois representará menos de 40% dos sportinguistas, a não ser que alguém do “grupo” de Soares Franco avance (teoricamente ninguém que defenda a venda de património deverá avançar, a não ser que tenha um projecto alternativo credível);
- E mesmo que alguém avance, de que alternativas estamos a falar? Guilherme Lemos (?), Abrantes Mendes e Dias Ferreira. O primeiro, confesso que desconheço, ao passo que os outros dois me parecem demasiado ortodoxos. Do que eu tenho acompanhado ao longo dos anos, tem evidenciado as suas posições de uma forma demasiado radical.
Gostava ainda de fazer uma referência ao “produto Sporting”, um pouco na sequência do que Rantas comentou ao longo destes dias pós-AG. É certo que estamos perante um “produto” sem concorrência, um monopólio – ou se é do Sporting ou não se é de mais nenhum –, mas isso não é razão para sermos mal tratados enquanto sócios e adeptos. Posso dar o meu caso, que é um, entre outros.
Sou um simples sócio, com lugar na superior sul – um dos que chama nomes aos guarda-redes adversários na segunda parte – desde a inauguração do novo estádio. No início e numa iniciativa (até) inovadora, começaram a facilitar a aquisição dos bilhetes de época e bilhetes fora do pacote de época (taça e competições europeias) via referência Multibanco. Que maravilha. Não precisava mais de ter que aturar as bilheteiras e a compra de bilhetes passou a ser tão simples!
Mas eis que na última época isso acabou. Não se tivesse dado o caso de um sócio me ter avisado do prazo para a renovação dos lugares de época e teria simplesmente perdido o meu lugar, sem que tivesse recibo uma carta, um telefonema, um mail. Nada.
Mandei então um mail a reclamar, à espera de uma justificação, algo que explicasse esta falha inadmissível. Mas debalde, nunca me responderam. Fui ignorado.
Posso ainda acrescentar que aquando da inauguração do estádio éramos seis sócios com presença assídua. Neste momento, somos cinco, mas só três aparecem com frequência. Se calhar para o ano só já somos três. Quem sabe? Ou melhor, quem está preocupado?
Leiria 0 - 1 Sporting
domingo, março 19, 2006
Glorioso?
sábado, março 18, 2006
Parar, escutar, olhar
Mes Horribilis
No principio do mes estavamos a lutar em tres frentes.... num curto espaço de tempo saiu-nos a equipa mais dificil na Champions, ficamos praticamente arredados da luta pelo campeonato e fomos eliminados da Taça!
Para os meus companheiros Benfiquistas deixo aqui um pouco de consolo para lembrar que ha vida depois destes desaires; para os outros que ainda tem o topete de andar para aqui a perguntar porque é que nao postamos, vao badamerda!
PS: so nao postei antes porque me embebedei na quinta-feira e na sexta estive o dia todo de ressaca (ja nao tenho idades para estas coisas)
PS: o badamerda foi so porque isto é um blog para homens civilizados (e porque se escrevesse o que queria o Ranys apagava-me o post).
AG Sporting: O pior resultado possível
O dia seguinte
sexta-feira, março 17, 2006
Os bipolares
quinta-feira, março 16, 2006
Voto Sim ao projecto Soares Franco
Conseguir aliviar os custos da dívida (cerca de ¼ das receitas totais), e, em consequência, libertar fundos para manter uma boa equipa de futebol, resolvendo, de passagem o défice de tesouraria, são as linhas gerais que propõe. À custa da venda de património imobiliário não-desportivo, que foi idealizado para ser fonte de receitas permanentes.
Como qualquer sportinguista, o que pretendo é uma grande equipa de futebol, que esteja presente com regularidade na Champions. Só assim será possível. Doeu-me serem vendidos, sucessivamente grandes produtos da nossa cantera, aqueles que são (seriam) os nossos verdadeiros ídolos.
Hoje vêem-se (lêem-se) muitos críticos à gestão dos últimos anos. Pelo contrário, a gestão do Sporting foi uma lufada de ar fresco; os resultados não foram óptimos? Sem dúvida, mas o método é esse. Penso que a herança Roquette (formação, orçamentos rigorosos e ser sério no futebol) foi extremamente positiva, e desencadeou a alteração de mentalidades em curso, que transformará o futebol português.
Sou contra as revoluções. Embora perceba a dramatização, sei que o Sporting continuará, independentemente do resultado da Assembleia, a ser o nosso orgulho, mesmo não ganhando tantas vezes como desejávamos, o seu percurso nos próximos anos (e décadas) vai ser influenciado pela AG de amanhã.
Apostar mais fortemente na equipa de futebol? Vender o património? O dilema não me levanta questão nenhuma. A resposta é obviamente afirmativa: claro! Naturalmente algumas questões gostaria de ver respondidas: qual a razão de perdermos tantos sócios pagantes nos últimos anos? Temos a garantia de não ser necessário vender Moutinhos e Nanis nos próximos anos? A ginástica e a natação, enorme fonte de atletas e sócios, auto-suficientes no tempo de João Rocha serão apostas? E a construção de um pavilhão para as modalidades como o andebol e futsal (de competição, auto-financiada) tal como para outras modalidades (hóquei em patins e basquetebol, de formação) será uma realidade?
A minha preocupação é o dia seguinte à Assembleia. Com a lavagem de roupa suja, o interesse mediático pelos detalhes (o da obrigação de re-compra é anedótico) não nos pode desviar do essencial. E o fundamental é aquilo que sportinguistas como Miguel Galvão Telles, José Roquette, José Eduardo Bettencourt, Miguel Ribeiro Telles, etc propõe: aliviar a “corda da garganta” que são, o peso da dívida, o passivo, a obrigação de vender os nossos jogadores, tudo para poder construir a tal equipa, que necessita sempre de manter o núcleo duro durante alguns anos.
O resultado da AG vai ser a não aprovação. Lamento. E mais ainda por não haver alternativa conhecida. Ou será que vai surgir alguém com muitos milhões e contratar “unhas e garras” para o nosso Sporting? Desses, já os tivemos, com o resultado conhecido: 18 anos sem ganhar o Campeonato. Agora a decisão é nossa. Viva o Sporting!